segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

TLP 2025-1 - COM PARTICIPAÇÃO DE F-16 PORTUGUESES [M2586 - 10/2025 ]

"O Curso de Voo TLP 2025-1 teve início na quinta-feira, 23 de janeiro, e terminou na última sexta-feira, 14 de fevereiro, com um novo horário no qual foram acrescentados mais 2 dias de atividade académica ao contrário dos cursos das últimas edições.

O número estimado de participantes do curso gira em torno de 650, dos quais 36 se formaram, incluindo 24 tripulantes, 6 oficiais de inteligência e 6 controladores de tráfego aéreo tático (GCI).

Os voos ocorreram durante a semana de segunda a sexta-feira à tarde, com início na última segunda-feira, 3 de fevereiro, sendo os dias anteriores dedicados à parte académica do curso e missões no simulador MACE.

As nações da Blue Air participantes neste curso de voo contribuíram com 22 aeronaves, entre as quais pudemos destacar o Eurofighter da Aeronáutica Militare, o EF-18 do Exército do Ar e do  Espaço, o Rafale da Armée de l'Air, o F-16 da Força Aérea Grega, o F-18C da Suíça e o F-16 da Força Aérea Portuguesa, sendo esta a sua primeira participação num curso de voo TLP como novo país membro. Do Programa. Quanto à participação do lado adversário (Red Air), contou com um total de 12 aeronaves, sendo as nações participantes a França com aeronaves Rafale, a Espanha com Eurofighter e F-18A, a Suíça com F-18C, e a Grécia e Portugal com F-16.





Para apoiar o curso de voo, estiveram presentes os aviões de controlo aéreo franceses AWACS (E-3F), que desta vez operaram a partir de Albacete, bem como os meios de Comando e Controle (C2) do Exército do Ar e do Espaço Espanhol (EA) durante as missões TLP.

Também digno de nota é a participação da aeronave não tripulada MQ-9 Predator B (NR-05) da EA, bem como de uma aeronave italiana de reconhecimento e inteligência EM 350 (SPIDR), que participou pela primeira vez em missões de voo TLP.

Como ameaça antiaérea, houve a participação de sistemas reais de defesa aérea do Exército e da EA, incluindo os sistemas NASAMS, MALLINA e MISTRAL, bem como a participação do sistema francês de simulação de ameaças ARPEGE, que foi implantado em diversos pontos da área de operações.

Quanto à intervenção de outros meios aéreos, pudemos registar um helicóptero NH 90 espanhol no terreno de La Mancha em missões de resgate aéreo de combate (CSAR) como a BLUE AIR, juntamente com as respectivas equipas de extração, e também dois helicópteros americanos MH-60 do lado RED AIR.

Desta vez contou-se com a colaboração de um avião de transporte tático francês A-400, bem como de um helicóptero do Serviço de Resgate Aéreo (SAR), que estiveram disponíveis na Base Aérea de San Javier durante todo o período de voo das missões programadas do TLP.

Por fim, as instalações do TLP continuaram normalmente utilizando o simulador de voo MACE, que permite aos pilotos treinar não só no ambiente virtual, mas também interagir com aeronaves em missões reais através de protocolos de comunicação avançados (Link 16)."


Texto: Alejandro De Prado Garcia
Fotografia: Créditos nas imagens


sábado, 15 de fevereiro de 2025

Fundación Infante de Orleans [M2585 - 09/2025 ]

 

Há já vários anos que o autor tem feito os mais diversos planos para se deslocar a Cuatro Vientos com o propósito de assistir ao desfile aéreo mensal da Fundación Infante de Orleans (FIO), mas por esta ou aquela razão, foi sempre ficando para as calendas gregas. 

Aconteceu, finalmente, a deslocação a Madrid, no primeiro domingo de Outubro de 2024, um pequeno mas aguerrido grupo de entusiastas de aviação, fizeram-se à estrada e puderam então assistir uma das últimas exibições de voo da FIO do ano. E ainda que a exibição não contemplasse todos os aparelhos da colecção foi, à falta de melhor adjectivo, e parafraseando um súbdito de El Rey de España: en dos palabras, IMPRESSIONANTE!
Dia de casa cheia, com mais de 2500 bilhetes vendidos, o que nem sempre acontece, os primeiros domingos do mês na FIO são mais do que um espectáculo de aviões, são também um dia bem passado pela afición e pelas famílias, muitos são que vão de manta e marmita piqueniqueira, prolongando a sua permanência no recinto para lá do final do evento, na esperança do aliviar do parque de estacionamento. A miudagem, durante todo o evento, diverte-se lançando para o ar os sonhos alados feitos em esferovite ou os paraquedistas de plástico. É vê-los a correr de um lado para o outro… felizes!

A aviação é tão somente isto: felicidade!

Fica aqui um relato que o autor pretende mais de imagens do que palavras.


Fundación Infante de Orleans

Definindo-se como um museu de aviões históricos em voo, as suas origens remontam a 1984, quando foi criada no Aeroclub José Luis Aresti, uma secção de aviões históricos, que em 1989 se constituiu como fundação, por forma a congregar a mais ampla colecção de aviões que ao longo da história da aviação espanhola tenham nela desempenhado um papel significativo. Com uma colecção que actualmente excede os 40 aviões de mais de trinta tipos diferentes, são um conjunto muito representativo de diferentes fases da história aeronáutica espanhola e, mais raro que isso, todas em condições de voo. 

O Infante de Orleans 

Escolhido como patrono denominador da Fundação pelas suas qualidades pessoais, e pela a sua condição de pioneiro da aviação espanhola, piloto militar, reconhecido pelo seu profissionalismo, não faltam adjectivos e apontamentos da história deste membro da família real espanhola dignos de admiração. Foi e continua a ser um exemplo a seguir e constitui por essas razões uma figura emblemática para todos os pilotos, nomeadamente a FIO pela honra de carregar o seu nome.

SAR D. Afonso, María, Francisco, António y Diego de Orleáns y Borbón, nasceu em Madrid a 12 de Novembro de 1886, filho da Infanta D.Eulalia de Borbón y de D. Antonio de Orleáns, a sua ascendência fazem parte diversos reis e rainhas de Espanha. 
A sua história como aeronauta está ligada aos primeiros passos da aviação, tendo recebido o seu brevet (o nº2 da FAI) nos idos de 23 de Outubro de 1910, na Escola Voisin, à altura localizada em Mourmelon (Reims), fazendo a sua aprendizagem num Antoinette.

Desde então e, abreviando uma longa e interessantíssima história, esteve sempre ligado à aviação militar. Participou nas campanhas em Marrocos, onde teve lugar o seu baptismo de fogo, nas campanhas de guerra do Riffe e em Yebala. Em Cuatro Vientos na escola de aviação militar foi aluno e mais tarde piloto instrutor, à época foi pioneiro da técnica de bombardeamento aéreo, cursou técnica de navegação aérea em altitude na Suiça, cursou em Inglaterra técnicas de caça e também de instructor, contribuindo sempre com os conhecimentos e experiência adquiridos, no estrangeiro e também no campo de batalha,  para o desenvolvimento da aviação militar espanhola. 

Colecção

A coleccão de mais de 40 aviões da FIO não é só uma colecção de aviões antigos, todos eles com histórias individuais interessantes, é sobretudo uma colecção de raridades, sendo que para o autor o que as tornam ainda mais raras é o facto de estarem em estado de voo.

Do mais antigo De Havilland DH-30 Gipsy Moth (1926), passando por algumas jóias com o Policarpov Po-2, Compter Swift, Focke Wulf 44, o Polikarpov I-16 Mosca,  British Eagle 2, vários Bücker Jungmann, Miles Falcon, Beechcraft 18, North American T-6, Stinson L-5 Sentinel, DHC1 Chipmunk, Beechcraft T-34A Mentor, AISA I-115, Dornier Do27, e tantos outros como um impecável Super Saeta, que muitos de nós tivemos a oportunidade de ver voar em Bragança em 2023.


De malas aviadas…

Sopram ventos de mudança em Cuatro Vientos, já que foi anunciada, pouco tempo depois da nossa visita, a muito desejada mudança de instalações, para um espaço novo, desenhado de propósito para o efeito de albergar a FIO. Esta dentro de poucos anos para Getafe, um projecto que irá permitir num futuro próximo (2026?), mostrar a colecção em permanência, e receber a afición num espaço mais amplo, para ver voar estes Pássaros da História, não só de Espanha como do Mundo. 

Lá terei eu de voltar a Madrid…

Tomaram nota? Todos os primeiros domingos de cada mês. 



Um dia farrusco, com muito vento a puxar chuva, condicionou 
a exibição a oito dos previstos dezanove aparelhos no ar.

Piper J-3C-65 Cub (s/n12965)

Stinson L-5E Sentinel (s/n 76-3822)

Miles Falcon Six M3.C (s/n 231) 


Polikarpov Po-2 (s/n80518, exF-AZPN)

 Bücker 133 Jungmeister (s/n1023)

Dornier Do27B-1 (s/n129)

British Aircraft Manufacturing Eagle 2 (s/n 138)

Fantástico lineup com o Beech18, o T-6 e o T-34 Mentor

British Aircraft Manufacturing Eagle 2 (s/n 138)

A primeira exibição aérea do dia esteve a cargo da parelha 
Dornier Do27B-1 - Slingsby T45 Swallow..

NA T-6G (s/n 197-200)

Beechcraft T-34A Mentor (s/n X-100) 

Beech 18 (s/nAF-752)

 Bücker 133 Jungmeister (s/n1023)

CASA 1.131E Jungmann

Boeing A75N1 Stearman (s/n75-8089, exArgentina, exUSAAF)

Consolidated Fleet Model 2 (s/n324)















Criada muita expectativa para quela que seria a primeira exibição da primeira "wingwalker” 
condições de tempo não serem as mais faforáveis.


E cá está, a aviação é tão somente isto: felicidade!

Os últimos resistentes ainda de volta do repasto.



Rui “A-7” Ferreira
Entusiasta de Aviação

Nota: Por opção própria, o autor não escreve sob o atual acordo ortográfico.

Lista das aeronaves observadas no Aerotranstornados nº68.



quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

NRP D. JOÃO II COM PROPULSÃO ALEMÃ [M2584 - 08/2025]

Futuro NRP D. João II        Ilustração: Damen
 

O sistema de propulsão da futura Plataforma Naval Multifuncional da Marinha Portuguesa, batizado D. João II, foi adjudicado à alemã Schottel.


Ilustração: Damen


O pacote oferecido pela Schottel inclui dois sistemas de propulsão principais EcoPeller type SRE 560 de 2600 kW cada, que permitirão uma velocidade de 15,5 nós, e também um TransverseThruster tipo STT 3 FP de 800 kW, que permitirá uma maior manobrabilidade à embarcação de 107m de comprimento, por 20m de largura, que deslocará cerca de 7000 ton.

EcoPeller type SRE 560       Ilustração: Schottel

SCHOTTEL TransverseThruster STT     Ilustração: Schottel

Recordamos que o NRP D. João II, além de plataforma para a operação de drones (ar, mar e submarinos) estará equipado com laboratórios e alojamento para pessoal científico ou de emergência. Irá dispor de um convés de voo de 94x11 m que permitirá a operação de helicópteros tripulados, além dos UAVs.

Com contrato assinado em novembro de 2023, o NRP D. João II  está a ser construído pelo Damen Shipyards Group em Galați, na Roménia, estando a entrega prevista para 2026.




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