A-7P s/n 5520 e 5521... sem a "estação do meio"
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Quando, juntamente com o Paulo Mata, me encontrava a fazer o trabalho de campo sobre as operações do A-7P, em Dezembro de 1997 fiz um entrevista a um elemento da então Esquadra 304 - Magníficos.
Esse militar, um Sargento, concedeu-me uma das entrevistas mais kafkianas que a minha memória carrega.
Para além da sua visível inibição, fosse por que razão fosse, o seu pouco dom oratório tornou aquela meia hora num autêntico pesadelo, do qual, a dada altura, me tentei livrar o mais rápido possível.
Um das questões que lhe coloquei prendia-se com o facto de tentar saber por que razão, durante algum tempo, os A-7P voaram com menos duas estações, uma em cada asa. A "estação do meio".
Como as fotos acima atestam e muitas outras disponíveis pela internet, de facto os A-7P operaram durante algum tempo sem a dita "estação do meio".
Ora, esse Sargento jurou, a pés juntos, que nunca isso tinha acontecido e que os aviões voaram SEMPRE com todas as estações e que eu estava a fazer confusão com o Fiat G-91 que tinha as mesmas cores e só tinha , de facto, 2 estações em cada asa...
Eu teimei e refresquei-lhe a memória, com provas documentais...
Ele negou sempre.
Eu desisti, obviamente coberto de razão.
De qualquer forma, o trabalho foi publicado, apreciado e a história do A-7P em Portugal tem, de facto, esse período em que lhes faltava a "estação do meio"!
Esse militar, um Sargento, concedeu-me uma das entrevistas mais kafkianas que a minha memória carrega.
Para além da sua visível inibição, fosse por que razão fosse, o seu pouco dom oratório tornou aquela meia hora num autêntico pesadelo, do qual, a dada altura, me tentei livrar o mais rápido possível.
Um das questões que lhe coloquei prendia-se com o facto de tentar saber por que razão, durante algum tempo, os A-7P voaram com menos duas estações, uma em cada asa. A "estação do meio".
Como as fotos acima atestam e muitas outras disponíveis pela internet, de facto os A-7P operaram durante algum tempo sem a dita "estação do meio".
Ora, esse Sargento jurou, a pés juntos, que nunca isso tinha acontecido e que os aviões voaram SEMPRE com todas as estações e que eu estava a fazer confusão com o Fiat G-91 que tinha as mesmas cores e só tinha , de facto, 2 estações em cada asa...
Eu teimei e refresquei-lhe a memória, com provas documentais...
Ele negou sempre.
Eu desisti, obviamente coberto de razão.
De qualquer forma, o trabalho foi publicado, apreciado e a história do A-7P em Portugal tem, de facto, esse período em que lhes faltava a "estação do meio"!
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Nota: Já agora, volvidos estes anos, ainda não sei o porquê deste período sem a dita estação... Aceitam-se esclarecimentos de quem souber.
1 Comentários:
BB-Bom Blog!
Esta fez-me lembrar uma de S. Jacinto, nos '80s: ao entrar na base vimos um All III com uns filtros de ar, que logo quis ver de perto. Não consegui pq entretanto o helicóptero parte em missão.
Apanhei um sargento que acabava de o vistoriar e 'interroguei-o': nada. Que era minha imaginação, o All III 'não podia levar tal coisa, senão caía...por falta de ar'...
:)
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