Estas fotos, cujos autores desconheço, retratam bem os (saudosos) tempos da operação do A-7P.
Eu vivia os meus dias, entre os estudos e a vontade de um dia poder estar perto dos A-7P.
Era uma atracção quase mágica. Tudo o que "cheirasse" ao A-7P enchia-me os olhos de brilho e a alma de vontade de um dia poder, quem sabe, voar num. Sonhos de criança, está bom de ver.
Desde que os Corsair II começaram a em Portugal, fui acompanhando ao detalhe a sua operação.
Recebi com enorme pesar a perda do primeiro piloto, o Ten Cor PILAV Graça Melo, aos comandos de um A-7P (s/n 5518) em 7 de Fevereiro de 1985, algures sobre o mar de Vieira de Leiria, relativamente perto da BA5.
Este facto, ao invés de me arrefecer os ânimos, ainda me fez gostar mais do SLUF e de tudo o que tivesse a ver com ele.
Com o passar do tempo e com a idade a avançar, fui alimentando a ideia de ir a Monte Real ver os A-7P.
A primeira tentativa foi em 1986 (tinha eu 17 anos), altura em que a FAP comemorou o seu aniversário em Leiria e Monte Real.
Mas a sorte não quis nada comigo.
No dia em que decidi ir a Leiria ver a exposição, esta já estava fechada. E mesmo com Monte Real ali a 12 quilometros, não pude lá passar porque, disseram-me: "Estás doido, pá! Não vês que está tudo fechado. Já não há mais nada hoje!"
Fiquei triste, mas não desisti. Só tive de esperar mais uma ano para tocar um A-7P.
No NATO Tiger Meet, no Montijo, em 1987!
(Continua)
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