MONTE REAL

F-16A 15106 - (c) A. Luís

F-16A 15108 (c) A. Luís

Regressei hoje à BA5 integrado num grupo de cerca de 20 entusiastas da causa do ar.

Já aqui escrevi que, apesar de ser a Base Aérea portuguesa que melhor conheço e onde já por inúmeras vezes me desloquei, tanto em trabalho como em passeio, é sempre com um "frio na barriga" que a ela regresso, quase como se fosse a primeira vez.

Estar perto dos aviões é sempre emocionante e, tantas vezes, apodera-se de nós um sentimento irracional, que não se domina. Sente-se!

A visita ficou marcada por um excelente briefing dado pelo Comandante da Esquadra 201, o meu amigo João, que com uma clareza e simpatia enormes, traçou o retrato do binário homem-máquina, muito para além de apenas uma conversa técnica sobre os aviões e que só engrandece os militares que operam, neste caso, os F-16 da FAP.

Este tipo de iniciativas aproximam a sociedade civil do meio militar. E são importantes porque, por estes dias, os militares são olhados (ainda mais) de lado e até com alguma repulsa por, numa época de crise a aperto de cinto, serem um despedício de fundos e dinheiros úteis para desenvolver o país.

Ora, no meio militar e em Monte Real, operam-se aviões topo de gama, os melhores da sua categoria e assume-se liderança em processos tecnológicos e operacionais normalmente "dados como exclusivo" apenas aos paises "ricos".

Ainda que fosse apenas por issso (e felizmente que não é) já valia a pena ter orgulho na FAP e no pessoal, todo o pessoal, que opera e voa os F-16.

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G-91 NOS AÇORES

Fiat G-91 R/4 - Foto: José Costa- Azorespotters

Sempre achei interessante saber que, durante anos, os Fiat G-91 voaram nos Açores.

Era um avião que eu apenas imaginava no continente, no Montijo, voando sobre as serras e as planícies.

Imaginei-os sempre como aviões de ataque ligeiro, ao solo. Não os imaginava sobre o mar, guardando 9 ilhas e um imenso espaço Atlântico.

Contudo, naqueles dias, os valororos G-91 eram os senhores dos céus açorianos.

A fotografia apensa, ilustra bem o seu domínio e a beleza do seu vôo.

Aqui fica a homenagem do "Pássaro de Ferro" ao Fiat G-91 e a todos os que o voaram e fizeram voar no céu dos Açores.

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F16 NEW LOOK

"15112 com a nova imagem" - Foto: JPS/Via 9 G´s

Devo confessar que me custou a habituar a esta nova imagem de "baixa visibilidade" que os F-16 vão começar a envergar, a começar ja pelo F-16A OCU 15112.
Deixo contudo a pergunta do porquê de os aviões (pelo menos este exemplar de "demonstração?"...) não adoptarem um esquema de "low vis" total, isto é, abrangendo o laranja-florescente triângulo de "ejection seat" e toda a sinalética junto ao canopy?!...
A pergunta não é, entenda-se, crítica, é apenas e só uma pergunta que, aos entendidos e eventuais responsáveis pela nova imagem dos F16 nacionais, gostaria de colocar.

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HISTÓRIA DE UMA PAIXÃO - 4

Fotos:
Formação de 16 A-7P no NTM87 -Ian Powell
Fiat G-91 Tiger NTM87 - Crédito aqui.

Fui ao Nato Tiger Meet de 1987.
Foi um marco histórico na minha vida de apaixonado pelos aviões.

Pela primeira vez visitei a BA6, onde estavam os míticos Fiat G-91, um avião que raramente sobrevoava Coimbra (onde vivia e onde regresei há pouco) e que, por isso, nunca tinha "sentido" ao vivo...

Quando os vi a voar e lhes toquei, senti um arrepio estranho, qualquer coisa entre o fascínio e a incredulidade.

Mas, para um jovem "A-7ólico" como era na altura, quase nada mais me movia ao NTM87 a não ser o contacto desejado com os A-7P.

Bem sei que havia F-4, F-15, F-111, P-3, F-16 e sei lá mais o quê, mas eram os A-7P que me faziam vibrar.

Mal entrei na BA6, os meus olhos só procuravam o Corsair II. Era um fascínio estranho, incontrolável, que me levou até eles em passo largo. Quando lá cheguei e se não me falha a memória, lá estavam em exposição estática o 5542 e o 5547. Julgo que havia um 3º avião que não retenho na memória qual o número.

Lembro-me perfeitamente de assistir à descolagem de um F-4 Phantom inglês, num barulho que ainda hoje não consigo caracterizar de tão assustador que era. Como estava junto dos A-7P, aquilo esfumou-se depressa e passou á história.

Esperei com ansiedade a passagem dos A-7P sobre a base, no âmbito do festival aéreo. Aquele "mass atack" dos 16 A-7P encheu-me as medidas e senti mil arrepios de emoção...

Era um sonho que acabava de se realizar, até ao próximo. A primeira ida "a sério" à BA5 de Monte Real...

(Continua)

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CRITÉRIOS...

Diorama Alfa 1 - Monte Real (c) A. Luís

Na passada semana participei no "Modelismo em Maceda 2006", exposição e concurso de modelismo, com um diorama da Alfa 1 de Monte Real, no tempo dos A-7P e com um modelo do F-16A s/n 15104 (claro!).
Quanto a e este último, não alimentei esperanças, mas em relação ao dioram da Alfa 1, por ser uma peça certamente única em Portugal, sempre pensei em conquistar algo mais que uma menção honrosa.
E alimentei essa esperança porque um dos critérios que estavam subjacentes à atribuição dos prémios nas categorias em que concorria indicavam, precisamente, a originalidade.
Ora eu sou um modelista anónimo, foi a primeira vez que participei num evento destes e, talvez por isso, não fui premiado.
O diorama em causa foi terminado há cerca de 12 anos. Construi-o na escala 1/72 usando materiais simples, como balsa, cartão canelado e cartolinas, sobre uma placa de MDF. Não gastei fortunas nem o trabalho é visualmente muito "profissional" como "mandam" as leis, mas é minimamente rigoroso e revela com muita verdade (parte) daquela zona da BA5. Quanto aos modelos que integram o diorama, um A-7P e um TA-7P, estão, sem falsas modéstias, muito realistas...
Este desabafo, que por alguns pode ser considerado "dor de corno", não é mais do que a constatação real de que como em quase tudo neste país, é complicado romper com o statos quo e os prémios e companhia, são, com pontuais excepções, atribuidos aos mesmos de sempre...
Se não gostasse tanto de modelismo, juro que poderia nunca mais concorrer a nada ou mostrar os meus modelos...

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MACEDA - MODELISMO

Decorre este fim de semana a exposição-concurso de modelismo Maceda 2006.

Tenho lá um destacamento.

Um TA-7P, o 15549; um A-7P, o 5532, num diorma "Alfa 1 - Monte Real" e um F-16A, claro, o 15104.

Apareçam por lá e apoiem a organização.

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