Depois de passar uma eternidade sem poder publicar no blogger eis que estou de volta.
sábado, 28 de abril de 2007
sexta-feira, 20 de abril de 2007
EU, O "RONCO" E O T-6
sexta-feira, 20 de abril de 2007 às 11:50
11:50
António Luís
1 comment
Em 1976 frequentei uma "colónia de férias" na Praia de Mira, uma localidade simpática algures entre a Figueira da Foz e Aveiro.
Lembro-me muito bem de assistir a frequentes passagens dos T-6 que estavam estacionados na base de S. Jacinto, cerca de 30 km a norte da Praia de Mira.
Quase sempre voavam junto à linha de costa e, muito melhor do que isso, voavam bem baixo.
Na altura tinha 7 anos e, apesar da paixão pelos aviões já existir, ainda não sabia o nome do avião, facto que me deixava imensamente aborrecido pois queria dizê-lo aos colegas da colónia, mostrando-lhes que para além de gostar dos aviões, sabia coisas sobre eles, sobretudo os seus nomes.
Não foi fácil de saber.
Talvez só mais tarde, 3 ou 4 anos depois é que fiquei a saber que eram os T-6.
Curiosamente, obtive essa informação de um familiar através da explicação do barulho do T-6.
Disse eu, desconhecendo totalmente a veracidade da designação, que "são uns aviões cinzentos com o nariz vermelho, a hélice e que quando passam, fazem um ronco".
Na mouche. Dito isso, o meu interlocutor afirmou, sem rodeios e com um largo sorriso "são os T-6 e são conhecidos precisamente pelo seu característico ronco!"
Posto isto, é sempre com uma enorme emoção que vejo/revejo os T-6 nos festivais aéreos, seja em exposição, seja em voo e o seu ronco, ainda hoje me causa um arrepio de emoção!
sexta-feira, 13 de abril de 2007
BLACK HAWK DOWN
sexta-feira, 13 de abril de 2007 às 23:45
23:45
António Luís
4 comments
F-16B 15120
Ao contrário do que o título possa sugerir, este episódio nada tem a ver com o famoso filme em que Hollywood retratou a história de um helicóptero de forças especiais americanas abatido em Mogadíscio.
Passou-se em Beja durante o festival aéreo NTM96, quando um Hawk T-1A (matricula xx302 s/n 1335/312127) da Royal Air Force, Sqn 78, durante uma simulação de ataque à Base, chocou em voo com um F-16B da Força Aérea Portuguesa.
O F-16B da FAP, s/n 15120, pilotado pelo então Cap Pilav Francisco sofreu apenas danos menores (estabilizador esquerdo danificado) ao cruzar-se tangencialmente com o Hawk. Este último já não teve tanta sorte, uma vez que se despenhou a cerca de 10 km a NW da BA11, na zona de Cuba, após ejecção do respectivo piloto. O “nosso” F-16 aterrou aparentemente sem dificuldades de maior, facto confirmado posteriormente pelo próprio piloto, que referiu não ter sentido grandes diferenças no comportamento do aparelho, mesmo tendo-lhe sido subtraída (como já disse) mais de metade de um dos estabilizadores horizontais.
Recordo-me perfeitamente que quando todos aqueles aviões levantaram voo (nesse ano realizou-se, como já aludi, o Tiger Meet em Beja, pelo que no ataque em massa participaram a quase totalidade das esquadras ali presentes) senti um “arrepio premonitor” do que sucederia minutos mais tarde.
Curiosamente, o facto de haver muitas aeronaves no ar, que efectuavam passagens consecutivas sobre a base, vindas de todas as direcções, levou a que grande parte do público só se tivesse apercebido do acidente quando o Hawk explodiu ao esmagar-se no solo.
Eu, por mero acaso, encontrava-me a seguir o referido Hawk quando este se cruzou com o F-16. Parecia que tinham colidido, mas como em inúmeras situações em festivais aéreos, interpretei como sendo ilusão de óptica. Quase simultaneamente vejo alguma coisa a libertar-se do Hawk e pensei “o Hawk está a lançar chaffs?! Isto este ano está bastante realista…”.
Só quando os “chaffs” tomaram uma trajectória estranha e por fim se “transformaram” em pára-quedas me apercebi do que realmente sucedia.
Do que se conseguiu saber do inquérito subsequente ao acidente (sempre inexplicavelmente muito sigiloso, como de resto todos os acidentes em território nacional) a aeronave britânica, devido ao elevado número de aviões que cruzavam a zona do pretenso ataque, terá inadvertidamente invadido o espaço do avião português, que efectuava funções de CAP na referida simulação de ataque.
Felizmente do incidente houve apenas a registar danos materiais, já que conforme referido, o F-16 da FAP aterrou em segurança e o piloto britânico após breve estadia no hospital para tratar ferimentos menores causados pela ejecção e check up geral, pôde seguir para a Grã-Bretanha.
Passou-se em Beja durante o festival aéreo NTM96, quando um Hawk T-1A (matricula xx302 s/n 1335/312127) da Royal Air Force, Sqn 78, durante uma simulação de ataque à Base, chocou em voo com um F-16B da Força Aérea Portuguesa.
O F-16B da FAP, s/n 15120, pilotado pelo então Cap Pilav Francisco sofreu apenas danos menores (estabilizador esquerdo danificado) ao cruzar-se tangencialmente com o Hawk. Este último já não teve tanta sorte, uma vez que se despenhou a cerca de 10 km a NW da BA11, na zona de Cuba, após ejecção do respectivo piloto. O “nosso” F-16 aterrou aparentemente sem dificuldades de maior, facto confirmado posteriormente pelo próprio piloto, que referiu não ter sentido grandes diferenças no comportamento do aparelho, mesmo tendo-lhe sido subtraída (como já disse) mais de metade de um dos estabilizadores horizontais.
Recordo-me perfeitamente que quando todos aqueles aviões levantaram voo (nesse ano realizou-se, como já aludi, o Tiger Meet em Beja, pelo que no ataque em massa participaram a quase totalidade das esquadras ali presentes) senti um “arrepio premonitor” do que sucederia minutos mais tarde.
Curiosamente, o facto de haver muitas aeronaves no ar, que efectuavam passagens consecutivas sobre a base, vindas de todas as direcções, levou a que grande parte do público só se tivesse apercebido do acidente quando o Hawk explodiu ao esmagar-se no solo.
Eu, por mero acaso, encontrava-me a seguir o referido Hawk quando este se cruzou com o F-16. Parecia que tinham colidido, mas como em inúmeras situações em festivais aéreos, interpretei como sendo ilusão de óptica. Quase simultaneamente vejo alguma coisa a libertar-se do Hawk e pensei “o Hawk está a lançar chaffs?! Isto este ano está bastante realista…”.
Só quando os “chaffs” tomaram uma trajectória estranha e por fim se “transformaram” em pára-quedas me apercebi do que realmente sucedia.
Do que se conseguiu saber do inquérito subsequente ao acidente (sempre inexplicavelmente muito sigiloso, como de resto todos os acidentes em território nacional) a aeronave britânica, devido ao elevado número de aviões que cruzavam a zona do pretenso ataque, terá inadvertidamente invadido o espaço do avião português, que efectuava funções de CAP na referida simulação de ataque.
Felizmente do incidente houve apenas a registar danos materiais, já que conforme referido, o F-16 da FAP aterrou em segurança e o piloto britânico após breve estadia no hospital para tratar ferimentos menores causados pela ejecção e check up geral, pôde seguir para a Grã-Bretanha.
Paulo "Wildething 07" Mata
sexta-feira, 6 de abril de 2007
NOTAM - II
sexta-feira, 6 de abril de 2007 às 00:47
00:47
António Luís
1 comment
F-16A - Foto: Jorge "Nuvem Negra 21" Ruivo via Airliners.net
1 - A não perder, na mais recente edição da revista "Mais Alto", a reportagem sobre a passagem dos A-10 por Monte Real e as páginas dedicadas aos 45 onos da revista.
A toda a redacção da Mais Alto, com a qual tenho o previlégio de colaborar pontualmente e de que sou assinante há 18 anos, os meus parabéns, com votos para que continuem o excelente trabalho em prol da aviação militar em Portugal!
2 - Muito interesante reportagem da jornalista Isabel Jordão, do "Correio da Manhã" que, a bordo do F-16B 15120 e com o meu amigo João "Speedy" Gonçalves aos comandos, sentiu o que é voar num caça como o F-16!
3 - A todos os meus leitores, desejo uma Boa Páscoa e sempre Bons Voos!
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