quarta-feira, 18 de julho de 2007

MONTE REAL - JULHO DE 1988

Mirage III Belga - Foto: Alistair Bridges, via Airliners.net

A-7P (1)5506 - Foto: José Jorge, via Airliners.net

A história da minha "loucura" pelos aviões tem diversos capítulos.
Este passou-se algures em Julho de 1988 quando eu e o meu companheiro inseparável e "piloto" deste Pássaro de Ferro decidimos rumar a Monte Real, de Comboio, para poder ver os A-7P.
Ora, o dia estava quente. Bastante quente, diria! Coisa para uns 35 ou 36º C. Depois de uma manhã na Figueira da Foz, apanhámos a automotora para Monte Real, numa linha completamente a cair de podre e onde a composição abanava por todos os lados, numa vertigem máxima de 70 ou 80 Km/h nas melhores partes, envolvidos pelo cheiro típico do gasóleo.
Chegados à "estação" de Monte Real, com os tais 35 graus, rumámos a pé (as coisas que se faziam para ver os A-7P!...) para a base, passando pela vila de Monte Real. São uns valentes 6 ou 7 quilometros até à base.
A vontade era tanta que nem o calor nos demoveu. Chegados junto à base, instalámo-nos junto à vedação onde hoje é a Porta d'Armas, junto à então placa da 304.
A base estava mergulhada num silêncio atroz. Na placa apenas um Mirage III Belga e um glorioso A-7P, o 5506, ainda em branco nas superfícies inferiores.
O Paulo Mata tem registos fotográficos desse dia e logo que possível, apensarei uma foto do dia a esta história.
Pouco depois de ali estarmos, aterrou um C-130 belga que trazia um motor para o Mirage III, facto que testemunhámos bem de perto
Foi o único movimento que registámos...
Partimos com uma dor estranha. Não vimos nenhum A-7P a voar. Apenas o 5506 que permaneceu sempre quieto junto ao Mirage Belga.
Mais 6 ou 7 quilometros até à estação, debaixo de calor intenso e o Comboio de volta a Coimbra, na linha torta e com o cheiro a diesel.
Quase 20 anos depois, a memória não se apaga...
Sorri.

terça-feira, 10 de julho de 2007

REQUIEM


Foto: José Jorge

Quando visitava o Museu do Ar em Alverca pelos anos 80, olhava aqueles aviões, bem como os que agonizavam (e agonizam) do DGMFA, e pensava: ”aviões velhos”. Relíquias. O A-7 é que é! Na altura o cavalo de batalha e coqueluche da FAP.

Agora olho para as células de A-7 preservadas à semelhança do F-86 da antiga porta de armas em Monte Real ou do 5320 que por vezes rolava em ocasiões festivas, e parece-me estranho. É como se fosse um avião deslocado do seu ambiente natural. Como se ainda devesse voar. Um pássaro com as asas cortadas.

Habituei-me a pensar que o A-7 era eterno.

E afinal já lá vão 8 anos.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

55º ANIVERSÁRIO FAP - BEJA 2007













Para ver melhor as fotos, double click sobre elas...

sexta-feira, 6 de julho de 2007

OS JARDINS SUBMERSOS DA BABILÓNIA









Fotos: Master Sgt. T. Collins, USA

A busca desenfreada efectuada pelas forças dos Estados Unidos no Iraque, na procura de armas de destruição maciça, deu em nada, conforme é publicamente sabido. E as tão faladas “informações seguras” que serviram de motivo para a invasão, serviram também para a demissão do director da CIA ao revelaram-se totalmente infundamentadas.

Ainda assim, as ditas buscas não revelaram armas biológicas ou nucleares, mas revelaram algumas pérolas, como este Mig-25, submerso nas areias do deserto.

Se a intenção era voltar a utilizá-lo, saiu completamente gorada, uma vez que o processo usado para o tentar salvar, o danificou para além do admissível a uma futura utilização.

Ficou a intenção.

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