Crédito da foto: aqui
Desde 1976 que as minhas férias de praia (3 semanas a um mês) foram passadas na Praia de Mira, para quem não sabe, a meio caminho entre a Figueira da Foz e a zona de praias de Aveiro.
Desde miúdo que as construções na areia me fascinavam e por lá me dedicava a elas, principalmente aos fins de tarde, quando havia menos pessoas na praia e tinha, por isso, mais espaço .
Ora, como será bom de ver, a maioria das esculturas que fazia eram aviões ou algo a eles ligado.
A paixão agravou-se exponencialmente a partir do ínicio da década de oitenta, quando os A-7P entraram em acção.
A dada altura e depois de ter visto imagens de Monte Real, a casa dos A-7P, comecei a construir bases aéreas, com franco destaque, já aludi, para a Base Aérea nº5 de Monte Real.
Lembro-me bem de construir a pista principal; a "secundária" (o actual taxiway paralelo); aquele trecho de "pista" que cruza diagonalmente estas duas e as placas da 302 e da 304. Como na altura ainda não havia a zona das "raquetes" nem tão pouco os weather shelters actuais, ao lado da pista, no sentido 01-19, não colocava nada...
Tentava arranjar uma escala, sabendo que a pista principal media cerca de 2,4 Km e apartir daí assumia as dimensões que me pareciam as mais aproximadas e razoáveis. Construia hangares, torre de controle e todos os edifícios que conhecia das fotos.
Findas as "obras" na base, admirava-a longamente, imaginava-me dentro dos aviões que nela aterrassem e descolassem, brincava aos pilotos, às passagens baixas (não conhecia o termo "rapada"), sonhava acordado...
Quase nunca as destruia, (fi-lo apenas uma ou duas vezes simulando um mass-atack feito por múltiplos A-7P), deixava que o mar as apagasse na maré cheia.
Felizmente que não se apagaram da minha memória!
1 Comentários:
Pois, eu fazia o mesmo mas em papel, muitos desenhos fiz...
Abraço
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