F-111 - Crédito da imagem: aqui em Airliners.net
Se há avião que associo aos escaldantes tempos da "guerra fria", o F-111 é, sem dúvida, o mestre dessas memórias.
Vi-o a primeira vez, ao vivo, no NTM87, na BA6 do Montijo.
O seu aspecto, parado, como a foto documenta, revela-nos um avião sombrio, próprio daqueles tempos. O seu ruído à descolagem, forte e abafado, transportáva-nos para aquilo para que foi concebido. Para lançar fortes ataques no solo de Leste.
Passados mais de 20 anos desde que o vi e toquei pela primeira vez, não posso deixar de reflectir na riqueza que, por aqules dias e certamente por pouco gloriosos motivos, os dias da aviação mostravam.
Havia aviões para tudo, todos diferentes, uns mais belos que outros, mas juntos tornavam mui diversa a panóplia estética da aviação militar.
Hoje, sem sabermos se o mundo está mais seguro do que nos tempos da guerra fria, temos uma paleta mais restrita, eventualmente mais eficaz, mas menos diversa na oferta.
O F-111 e o seu decano e o "fim" dos F-14 (que já aludi aqui no Pássaro de Ferro), provam que a aviação militar tende, como muitas coisas, para a formatação mais ou menos globalizada.
Ganhamos num lado, perdemos por outro.
3 Comentários:
Eu tambem sou fa do F-111, pena tenho eu de nunca o ter visto em voo.
E nao sei se o mundo está tão mais seguro assim depois de ter terminado a chamada "guerra fria".
Infelizmente tenho de discordar.
Um Abraço
Meu Caro Pedro!
Repare que eu escrevi: "Hoje, sem sabemos se o mundo está mais seguro do que nos tempos da guerra fria..."
Dá-me a ideia que estamos de acordo!
Abraço.
Até aqui se notam as vantagens e as desvantagens da globalização.
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