Uma conferência que decorreu há poucos meses nos EUA, na Missile Defense Agency. Várias apresentações a ver com atenção.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
SORTUDO
quarta-feira, 27 de agosto de 2008 às 00:25
00:25
António Luís
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Infelizmente para mim, não voo muito. Mas pelos voos que já fiz, felizmente já não chegam os 10 dedos da mão para os contar, cada um deles foi diferente do outro.
Neles, frequentemente, tento entrar no espírito do "Homem do Monolugar", aquele que voa sozinho com a sua máquina, não aquele que, como eu, voa com mais 100 ou 200 pessoas, muitas vezes longe da janela para onde se espreita o imenso céu sobre as coisas, ouvindo os sons que a Terra tem nos seus dias. O céu é fuga. Voar é a busca do silêncio, duma cama feita de nuvens, ter e Terra aos pés e o sol como companheiro de brilho... É ver tudo e não ver nada, é assumir por mil verdades que a nossa escala é imensamente pequena ante a grandeza do que nos cobre todos os dias e todas as horas.
Por tudo isto, como é sortudo, o "Homem do Monolugar"!
Neles, frequentemente, tento entrar no espírito do "Homem do Monolugar", aquele que voa sozinho com a sua máquina, não aquele que, como eu, voa com mais 100 ou 200 pessoas, muitas vezes longe da janela para onde se espreita o imenso céu sobre as coisas, ouvindo os sons que a Terra tem nos seus dias. O céu é fuga. Voar é a busca do silêncio, duma cama feita de nuvens, ter e Terra aos pés e o sol como companheiro de brilho... É ver tudo e não ver nada, é assumir por mil verdades que a nossa escala é imensamente pequena ante a grandeza do que nos cobre todos os dias e todas as horas.
Por tudo isto, como é sortudo, o "Homem do Monolugar"!
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Coisas do baú...
terça-feira, 19 de agosto de 2008 às 13:30
13:30
Corsário de Segunda
2 comments
Rebuscando no mais fundo e poeirento dos meus baús reencontrei um velho amigo, um daqueles que permanecem no fundo da retina da nossa memória e da nossa imaginação, e que são, por certo causadores ou pelo menos parcialmente culpados, do alimentar daquilo a que nos referimos amorosamente como sendo uma patologia grave, da qual padecemos com muito amor e carinho, a nossa paixão pelos aviões.
Por isso, e sem mais delongas e outras aparvalhadas considerações, aqui vão algumas ideias e imagens do inimitável Às Luso-Britânico, Herói do Ar, Terra e Mar, o Major Jaime Eduardo de Cook e Alvega!
Perfeitamente à vontade na neve...
Por isso, e sem mais delongas e outras aparvalhadas considerações, aqui vão algumas ideias e imagens do inimitável Às Luso-Britânico, Herói do Ar, Terra e Mar, o Major Jaime Eduardo de Cook e Alvega!
Perfeitamente à vontade na neve...
Excelente no pugilato...
Stuka 0 Alvega 1 ...
A perfeita arma na luta-anti-submarina!
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Coisas da vida
segunda-feira, 18 de agosto de 2008 às 12:43
12:43
Jose Matos
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Um autarca local de Carregosa (uma freguesia do concelho de Oliveira de Azeméis) contava-me há dias que quando andava na escola primária assistiu à passagem de 1 ou 2 aviões a jacto por cima da escola que fizeram uma pequena volta nos céus da Carregosa. Contava-me ele que foi a primeira vez que viu tal coisa e que ele, os colegas e o professor saíram para fora da sala de aula para ver os aviões. Ficaram tão assustados com a passagem dos aparelhos, que começaram a rezar. Isto teria acontecido no início dos anos 50 (presumo que em 53/54), calculo, por isso, que fossem os F-84G da esquadra 20 sediada na Ota, que foi a primeira esquadra a receber estes aparelhos, em Janeiro de 53. Portugal tinha entrado na era do jacto em Setembro de 52, com a entrega simbólica de dois Vampire ingleses, mas seria em 53 com a chegada dos Thunderjet e dos T-33 de treinamento, que o avião a jacto começava a voar por cá. Ora, em Carregosa provocou impacto.
sábado, 16 de agosto de 2008
Caçar no céu
sábado, 16 de agosto de 2008 às 15:25
15:25
Jose Matos
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Os aviões de caça sempre foram fonte de fascínio entre os aficionados da aviação. Dos frágeis biplanos e triplanos da 1ª Guerra Mundial, até aos dias de hoje a evolução foi enorme. Por isso, quando olhamos para um F-15 ou para um F-22 sentimos de novo esse fascínio. O desempenho, a agilidade, os motores possantes, os mísseis de curto e longo alcance, o canhão, o radar, a electrónica, o desenho afiado. Tudo preparado para matar, para caçar no céu.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
COIMBRA, JULHO DE 1988, Cap. II
terça-feira, 12 de agosto de 2008 às 00:05
00:05
António Luís
1 comment
O Festival Aéreo de Coimbra que a FAP organizou, inserido nas comemorações do seu 36º aniversário ficou, por múltiplas razões, cravado na minha memória.
Nesse dia 8 de Julho e como em tantas aventuras com aviões, estava comigo o Paulo Mata. Para além da sua máquina de fotografar, se não me engano uma bela (na altura) reflex Pentax, estava conosco um gravador de cassetes.
Ora, com ele e na falta do suporte vídeo, nós gravámos os sons daquele festival aéreo, com natural e particular destaque para os que envolveram o "nosso" A-7P.
Para além desse, a cassete, que ainda hoje existe, tem sons do T-33, T-38, Fiat G-91, Asas de Portugal, Puma e praticamente tudo o que sobrevoou o aeródromo de Cernache naquela tarde.
Lembro-me de, em sessões incontáveis, nos juntarmos para ouvirmos essa cassete, sempre com o mesmo entusiasmo púbere, que substituía com parcimónia a ausência das imagens. Elas estavam cravadas nas nossas memórias visuais.
Eram tempos interessantes, onde a vulgarização da imagem digital de hoje não era sequer cogitada por nós e onde, por esse facto, tudo o que se conseguia e ultrapassava a norma era considerado absolutamente precioso. Teremos passado por "maluquinhos" para quem nos visse com o volumoso gravador em riste, apontado aos céus para melhor apanhar os sons,
Apaixonados pelos aviões, alimentávamos essa paixão com estas pequenas "loucuras". Volvidos estes 20 anos e já homens de hoje, ao olharmos para esses tempos percebemos como é afinal tão simples gostar de aviões e de como essa paixão, como já escrevi várias vezes, sobrevive ao desgaste do tempo e aos ventos contrários que por vezes os dias carregam no seu regaço.
Certas coisas estão condenadas à imortalidade.
Nesse dia 8 de Julho e como em tantas aventuras com aviões, estava comigo o Paulo Mata. Para além da sua máquina de fotografar, se não me engano uma bela (na altura) reflex Pentax, estava conosco um gravador de cassetes.
Ora, com ele e na falta do suporte vídeo, nós gravámos os sons daquele festival aéreo, com natural e particular destaque para os que envolveram o "nosso" A-7P.
Para além desse, a cassete, que ainda hoje existe, tem sons do T-33, T-38, Fiat G-91, Asas de Portugal, Puma e praticamente tudo o que sobrevoou o aeródromo de Cernache naquela tarde.
Lembro-me de, em sessões incontáveis, nos juntarmos para ouvirmos essa cassete, sempre com o mesmo entusiasmo púbere, que substituía com parcimónia a ausência das imagens. Elas estavam cravadas nas nossas memórias visuais.
Eram tempos interessantes, onde a vulgarização da imagem digital de hoje não era sequer cogitada por nós e onde, por esse facto, tudo o que se conseguia e ultrapassava a norma era considerado absolutamente precioso. Teremos passado por "maluquinhos" para quem nos visse com o volumoso gravador em riste, apontado aos céus para melhor apanhar os sons,
Apaixonados pelos aviões, alimentávamos essa paixão com estas pequenas "loucuras". Volvidos estes 20 anos e já homens de hoje, ao olharmos para esses tempos percebemos como é afinal tão simples gostar de aviões e de como essa paixão, como já escrevi várias vezes, sobrevive ao desgaste do tempo e aos ventos contrários que por vezes os dias carregam no seu regaço.
Certas coisas estão condenadas à imortalidade.
***
Nota: Caso algum leitor conheça os autores das fotos exibidas, solicito os seus bons ofícios para a identificação das mesmas. Fica sempre bem o seu a seu dono. Obrigado!sábado, 9 de agosto de 2008
UMA PARELHA A-7P "ESPECIAL" - Histórias e memórias de Verão com aviões
sábado, 9 de agosto de 2008 às 00:16
00:16
António Luís
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O mês de Agosto, na minha infância e juventude, sempre foi sinónimo de férias na Praia. Na Praia de Mira.
A minha paixão pelos aviões escreve páginas de uma perenidade quase diária. Muitos lugares estão marcados pela sua presença ou simples passagem/visualização.
Um desses locais é, sem dúvida, esta simpática vila de pesca na "arte xávega", já por várias vezes trazida ao Pássaro de Ferro por via de outras histórias e memórias.
Um dos episódios mais marcantes, que ainda me recordo com uma nitidez quase arrepiante, foi a passagem de uma parelha de A-7P, ainda com as superfícies inferiores em cinza claro.
Esta dupla de sonho (como se diria no futebol) surge de Norte, sobre a linha de costa, a uns 300 pés, não mais e à minha vertical, (comigo de joelhos no areal), um deles inicia um "break" para a esquerda. Devido à humidade típica do litoral, os rastos de condensação surgiram da ponta das asas produzindo um efeito visual que, para mim, foi absoluta novidade.
Extasiado de emoção, (já era suficientemente emocionante ver os "meus" A-7P) precipitei-me a tentar perceber e depois explicar o fenómeno. Na minha infanto-juvenil ignorância (este episódio ter-se-á passado em 1982 ou 1983, teria eu 12 ou 13 anos...) lá me fui convencendo que os rastos se deviam a qualquer coisa que o piloto tivesse activado de modo a produzir aquele efeito espectacular, tratando-se de um avião de guerra.
O episódio marcou-me de tal forma que nos restantes dias de praia, o meu olhar insistia em perscrutar o Norte, sempre na ânsia que um ou mais Corsair II fizessem daqueles dias de férias, dias mais preenchidos...
Felizmente que quase todos os dias eram e deles surgirão próximas histórias.
A minha paixão pelos aviões escreve páginas de uma perenidade quase diária. Muitos lugares estão marcados pela sua presença ou simples passagem/visualização.
Um desses locais é, sem dúvida, esta simpática vila de pesca na "arte xávega", já por várias vezes trazida ao Pássaro de Ferro por via de outras histórias e memórias.
Um dos episódios mais marcantes, que ainda me recordo com uma nitidez quase arrepiante, foi a passagem de uma parelha de A-7P, ainda com as superfícies inferiores em cinza claro.
Esta dupla de sonho (como se diria no futebol) surge de Norte, sobre a linha de costa, a uns 300 pés, não mais e à minha vertical, (comigo de joelhos no areal), um deles inicia um "break" para a esquerda. Devido à humidade típica do litoral, os rastos de condensação surgiram da ponta das asas produzindo um efeito visual que, para mim, foi absoluta novidade.
Extasiado de emoção, (já era suficientemente emocionante ver os "meus" A-7P) precipitei-me a tentar perceber e depois explicar o fenómeno. Na minha infanto-juvenil ignorância (este episódio ter-se-á passado em 1982 ou 1983, teria eu 12 ou 13 anos...) lá me fui convencendo que os rastos se deviam a qualquer coisa que o piloto tivesse activado de modo a produzir aquele efeito espectacular, tratando-se de um avião de guerra.
O episódio marcou-me de tal forma que nos restantes dias de praia, o meu olhar insistia em perscrutar o Norte, sempre na ânsia que um ou mais Corsair II fizessem daqueles dias de férias, dias mais preenchidos...
Felizmente que quase todos os dias eram e deles surgirão próximas histórias.
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Só poderão ser usados mediante autorização expressa dos autores e/ou dos administradores.
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