O mês de Agosto, na minha infância e juventude, sempre foi sinónimo de férias na Praia. Na Praia de Mira.
A minha paixão pelos aviões escreve páginas de uma perenidade quase diária. Muitos lugares estão marcados pela sua presença ou simples passagem/visualização.
Um desses locais é, sem dúvida, esta simpática vila de pesca na "arte xávega", já por várias vezes trazida ao Pássaro de Ferro por via de outras histórias e memórias.
Um dos episódios mais marcantes, que ainda me recordo com uma nitidez quase arrepiante, foi a passagem de uma parelha de A-7P, ainda com as superfícies inferiores em cinza claro.
Esta dupla de sonho (como se diria no futebol) surge de Norte, sobre a linha de costa, a uns 300 pés, não mais e à minha vertical, (comigo de joelhos no areal), um deles inicia um "break" para a esquerda. Devido à humidade típica do litoral, os rastos de condensação surgiram da ponta das asas produzindo um efeito visual que, para mim, foi absoluta novidade.
Extasiado de emoção, (já era suficientemente emocionante ver os "meus" A-7P) precipitei-me a tentar perceber e depois explicar o fenómeno. Na minha infanto-juvenil ignorância (este episódio ter-se-á passado em 1982 ou 1983, teria eu 12 ou 13 anos...) lá me fui convencendo que os rastos se deviam a qualquer coisa que o piloto tivesse activado de modo a produzir aquele efeito espectacular, tratando-se de um avião de guerra.
O episódio marcou-me de tal forma que nos restantes dias de praia, o meu olhar insistia em perscrutar o Norte, sempre na ânsia que um ou mais Corsair II fizessem daqueles dias de férias, dias mais preenchidos...
Felizmente que quase todos os dias eram e deles surgirão próximas histórias.
A minha paixão pelos aviões escreve páginas de uma perenidade quase diária. Muitos lugares estão marcados pela sua presença ou simples passagem/visualização.
Um desses locais é, sem dúvida, esta simpática vila de pesca na "arte xávega", já por várias vezes trazida ao Pássaro de Ferro por via de outras histórias e memórias.
Um dos episódios mais marcantes, que ainda me recordo com uma nitidez quase arrepiante, foi a passagem de uma parelha de A-7P, ainda com as superfícies inferiores em cinza claro.
Esta dupla de sonho (como se diria no futebol) surge de Norte, sobre a linha de costa, a uns 300 pés, não mais e à minha vertical, (comigo de joelhos no areal), um deles inicia um "break" para a esquerda. Devido à humidade típica do litoral, os rastos de condensação surgiram da ponta das asas produzindo um efeito visual que, para mim, foi absoluta novidade.
Extasiado de emoção, (já era suficientemente emocionante ver os "meus" A-7P) precipitei-me a tentar perceber e depois explicar o fenómeno. Na minha infanto-juvenil ignorância (este episódio ter-se-á passado em 1982 ou 1983, teria eu 12 ou 13 anos...) lá me fui convencendo que os rastos se deviam a qualquer coisa que o piloto tivesse activado de modo a produzir aquele efeito espectacular, tratando-se de um avião de guerra.
O episódio marcou-me de tal forma que nos restantes dias de praia, o meu olhar insistia em perscrutar o Norte, sempre na ânsia que um ou mais Corsair II fizessem daqueles dias de férias, dias mais preenchidos...
Felizmente que quase todos os dias eram e deles surgirão próximas histórias.
2 Comentários:
Boas memórias. Faz-me lembrar o Verão da 1ª Guerra do Golfo, teria eu 14 anos e aviões militares, pela Madeira, era coisa rara ou inexistente. Nesse Verão, devido aos acontecimentos no Golfo, foram destacados 5 A-7s para o Porto Santo... :))) Foram das melhores férias que tive por lá...Grandes rapadas e voos em formação, surgindo pelos montes por detrás da praia a baixa altitude e com aquele barulho característico...!! Grandes memórias...
Estive na Madeira nesses tempos. Fui por lá militar (de Marinha... estranho "destino" para quem gosta de aviões, não é?!...)de Março de 1991 a Março de 1992.
A Madeira é a minha segunda terra.
Voltei lá em 2004 e as lágrimas correram-me quando pisei aquele solo de novo e senti aquele calor húmido de Agosto!
Abraço.
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