Desfazendo qualquer conotação de índole sexual que possa sugerir o título, até porque este é um blogue de boas famílias, a primeira vez a que me refiro é a de quando tive a oportunidade de ver o F-117.
Foi no festival aéreo da FAP em Maceda no ido ano de 1993, escassos dois anos depois da primeira Guerra do Golfo, onde subiu às luzes de ribalta do mundo como estrela de combate e avião rodeado de uma aura quase sobrenatural.
Não desiludindo no aparato que rodeou a sua apresentação (era o único avião do evento em que os espectadores não se podiam aproximar a menos de uns bons 10 m e esteve todo o tempo vigiado por guardas armados, conforme se pode confirmar na foto), esse facto contribuiu para o adensar da carga mística que por força da comunicação social já tinha.
Em Abril do corrente ano, passados quase 15 anos sobre esse festival em Maceda, chegou ao seu ocaso operacional com um currículo impressionante de missões cumpridas e um ratio de alvos atingidos invejável.
Altos custos de manutenção e tecnologia já ultrapassada em alguns aspectos, ditaram a sua “morte” prematura.
À semelhança dos atletas de alta competição, estar no topo é difícil e exigente.
E a glória, é sempre efémera.