Além do já comentado festival aéreo de Coimbra para consumo interno, o ano de 1988 ficaria ainda na história pelas piores razões, com o mais grave acidente de todos os tempos em festivais aéreos: Ramstein.
Na base aérea da USAF na Alemanha, por ocasião do festival anual e diante de 300 000 espectadores, 3 Aermacchi MB-339 da patrulha italiana Frecce Tricolori colidiram em pleno voo a meio de uma das manobras previstas na sua exibição (mais concretamente a Pierced Heart, na qual um avião passa pelo meio da formação que vem em frente em forma de coração).
O resultado foram 67 mortos e 346 feridos graves. Entre os pormenores mais macabros e que agravaram ainda mais os acontecimentos, estão a queda de um dos aviões precisamente em cima do helicóptero de evacuação de emergência (UH-60 Blackhawk), vitimando o piloto que se encontrava no seu interior. O piloto que se despenhou sobre o Blackhawk logrou conseguir ejectar-se, mas pereceria também em virtude do pára-quedas não ter chegado a abrir antes do embate com o solo.
Uma lápide no local, com os nomes dos vitimados nesse dia 28 de Agosto de 1988, assinala tristemente os acontecimentos desse fatídico dia.
Desde então, e cumpriram-se já vinte anos, nunca mais se voltou a realizar um festival aéreo em Ramstein.
Este acidente foi de tal forma marcante que deu até nome a uma banda de germânica, conhecida precisamente pelas encenações envolvendo sempre grandes efeitos pirotécnicos e cujo tema com o mesmo nome remete aos acontecimentos desse verão de 88, transformando em arte uma realidade brutal.
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