Quando na segunda metade da década de 90 fui viver para Caldas da Rainha, o prédio onde vivia era o mais alto de um bairro de casas baixas e um ou dois prédios de 2 ou 3 pisos. O meu quarto de estudante estava virado a Norte, no alto do seu 4º andar, com vistas largas, desde a Foz do Arelho até S. Martinho do Porto.
Muitas vezes, sobretudo no Inverno, os céus daquela zona eram rasgados por F-16 da 201, em plena noite.
Mesmo rapando um frio descomunal, agarrava num par de binóculos, seguia as manobras dos aviões, (desde que não houvesse nuvens, claro...) sobretudo quando faziam "dog fight" e deliciava-me ouvindo o forte troar dos motores, o rasto do afterburner (quando nalgumas manobras era usado), as luzes de navegação do avião, sobretudo o "farolim" da cauda - o que mais se notava no breu nocturno - e o traçado detectável das manobras aéreas.
Eram 10 minutos ou mais de pura abstração do real. Limitava-me a assistir, quase em êxtase, ao que estava a ver e sentia-me obviamente previligiado por poder assistir "de bancada" a semelhante espectáculo.
Mesmo rapando um frio descomunal, agarrava num par de binóculos, seguia as manobras dos aviões, (desde que não houvesse nuvens, claro...) sobretudo quando faziam "dog fight" e deliciava-me ouvindo o forte troar dos motores, o rasto do afterburner (quando nalgumas manobras era usado), as luzes de navegação do avião, sobretudo o "farolim" da cauda - o que mais se notava no breu nocturno - e o traçado detectável das manobras aéreas.
Eram 10 minutos ou mais de pura abstração do real. Limitava-me a assistir, quase em êxtase, ao que estava a ver e sentia-me obviamente previligiado por poder assistir "de bancada" a semelhante espectáculo.
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