quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O Messerschmitt Me 262



Um dos aviões que mais me intrigou desde sempre foi o Me 262, que quis o destino o nosso camarada de asas aqui no Pássaro, José Matos, colocasse como ilustração dos célebres cromos das pastilhas Gorila, no seu post relativo ao tema.

E digo intrigou, porque sempre me pareceu que toda a história à sua volta estava muito mal contada. “A Alemanha com uma arma daquelas era impossível perder a guerra” era o que eu pensava. Os caças a hélice dos aliados não tinham a mínima hipótese. O Me 262 tinha que ser uma história da carochinha, um mito criado pela contra-informaçao Nazi que nunca tinha chegado a desfazer-se. O Me 262 quando muito tinha tido um modelo à escala real para impressionar e nada mais do que isso.

Ora quis também o destino que eu recentemente tivesse ido ao museu da RAF em Londres, e qual não é o meu espanto quando por entre o rico espólio em exibição estava um Me 262, em “carne e osso” ou em latas e rebites para ser mais correcto.

Ao que parece a minha teoria da conspiração, urdida desde os meus verdes anos era falsa e a dita aeronave existiu mesmo, tendo até a honra de ter sido o primeiro turbojacto a entrar em serviço operacional no mundo.

As suas performances limitadas devido a alguns erros causados pela teimosia de Hitler, bem como pela verdura da nova tecnologia dos motores a jacto e a tardia entrada no teatro de operações, ditaram que não tivesse um papel preponderante no conflito.

Quem estiver interessado em saber todos os detalhes pode consultar este site onde está tudo excelentemente detalhado.

Afinal o Me 262 voava, e ainda voa, conforme se pode verificar no vídeo apenso.

Ou isso, ou a minha teoria da conspiração terá que ser revista e ampliada para uma escala muito maior.

Afinal eles andam aí.

Vocês sabem do que é que eu estou a falar.


PS: Brincadeiras à parte, conforme é sabido, foram os engenheiros alemães capturados no fim da II Guerra Mundial que permitiram à União Soviética e aos Estados Unidos o desenvolvimento em tão poucos anos de modelos de aviões propulsionados a reacção, bem como até dos respectivos programas espaciais.


3 Comentários:

Anónimo disse...

brincadeiras à parte, se é inegável a contribuição do conhecimento adquirido da Alemanha do pós-guerra também é que os ingleses tinham o motor a reacção (graças a Frank Wittle) e o Meteor e o Shooting Star já voavam no final da guerra.

Kleber disse...

Realmente Kyriu, mas com tecnologia fonte de espionagem dos projetos alemães e de tecnologia de bombas V2 capturadas na Normandia. Penso que se o ME-262 tivesse chegado antes, e Hitler não fosse tão teimoso e burro, estariamos falando e escrevendo alemão. No mais, parabéns pelo blog. Fantástico!

Anónimo disse...

Caro Kleber, Acho que devia polir a sua história. Os motores britânicos (criado em 1928 e patente em 1932 - motores ) e Americanos eram diferentes dos Alemães (início dos trbalahos em 1935) Frank Whittle é considerado pai do Motor a reacção (dado ter apresentado a sua proposta em 1925) Quanto a foguetes: Já Robert Goddard (Americanos) tinha aperfeiçoado o motor a foguete a combustível líquido (1921), antes dos alemães (Anos 30), baseado-se numa equação curiosamente de origem russa (finais século XIX). Basta ir à wikipedia, ou então consultar uma pequena biblioteca dedicada à aviação como a minha...

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