A-7P s/n FAP 5538 e 5539 - Notar que a numeração é ainda a original da Vought, com os números de cauda "arredondados".
Este título, uma adaptação entre o texto anterior e uma preciosa colaboração do Carlos "Charlie Golf 5509" Gomes, remete para a condição triste que é ver um avião trucidado pela cavalgada do tempo.
No seu tempo e por razões já aqui várias vezes esmiuçadas, o A-7P foi um avião marcante.
Muito para além da ponte que construiu entre a simplicidade tecnológica do binómio F-86/Fiat G-91 e a tecnologia do actual F-16, em Portugal, o Corsair II foi sempre uma máquina, no mínimo polémica.
Contudo, um avião, por mais negativamente caracterizável que seja (com ou sem razão), é um avião. Tem asas, tem um estatuto e uma honra.
Durante anos, os A-7P foram, bem ou mal, a imagem de uma nação alada.
Olhar agora estas carcaças definhando na torreira alentejana, (nas fotos em apreço), no mínimo dói!
É como se, prostrados perante a figura humana, se retirasse a cabeça ou as pernas.
No caso destes 4 aparelhos (5513, 5528, 5538 e 5539), a perda das suas asas e de outros componentes ter-se-á dado no espírito (conhecido) do "para que outros vivam"!
Um avião sem asas é um ente despido de dignidade e orgulho. E a dor é tanto maior quanto se tratou de um avião que marcou de forma indelével a história da aviação militar em Portugal, fosse no plano estético, fosse pelo que representou no plano técnico-militar.
Sendo eu um "A-7ólico" abertamente suspeito, ainda assim este desabafo encontra eco perante outros aviões em igual condição física.
Um avião é sempre um avião.
Sem asas é uma humilhação.
No seu tempo e por razões já aqui várias vezes esmiuçadas, o A-7P foi um avião marcante.
Muito para além da ponte que construiu entre a simplicidade tecnológica do binómio F-86/Fiat G-91 e a tecnologia do actual F-16, em Portugal, o Corsair II foi sempre uma máquina, no mínimo polémica.
Contudo, um avião, por mais negativamente caracterizável que seja (com ou sem razão), é um avião. Tem asas, tem um estatuto e uma honra.
Durante anos, os A-7P foram, bem ou mal, a imagem de uma nação alada.
Olhar agora estas carcaças definhando na torreira alentejana, (nas fotos em apreço), no mínimo dói!
É como se, prostrados perante a figura humana, se retirasse a cabeça ou as pernas.
No caso destes 4 aparelhos (5513, 5528, 5538 e 5539), a perda das suas asas e de outros componentes ter-se-á dado no espírito (conhecido) do "para que outros vivam"!
A-7P 5513 - 5528 - 5538 - 5539
Notar que o 5513 (em primeiro plano) tem ainda as superfícies inferiores em cinza claro (originais da Vought), mas já com as marcas junto ao canopy alteradas, bem com a numeração de cauda já nos padrões actuais.Sendo eu um "A-7ólico" abertamente suspeito, ainda assim este desabafo encontra eco perante outros aviões em igual condição física.
Um avião é sempre um avião.
Sem asas é uma humilhação.
Nota: Fotos gentilmente cedidas pelo inefável Carlos "Charlie Golf 5509" Gomes, obtidas em 17 de Maio de 2008, na BA11 - Beja
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