Já por algumas ocasiões aqui contei algumas histórias em que se percebe o porquê da minha paixão pelos aviões.
Quando era mais novo, era complicado gostar deles. Era uma actividade ou um gosto muito mais rotulável, muitas vezes de forma depreciativa, não raras vezes aludida de "loucura ou maluquice"...).
Por exemplo, e a título de comparação, quando a minha paixão (pública) pelo A-7P estava no seu auge, não havia internet! Para os mais novos, habituados e nascidos já sob o seu "domínio", pode parecer impossível, mas foi um facto.
A paixão era alimentada de fotos procuradas de forma ávida e sistemática em revistas e jornais. Por norma, não existia, nem de perto nem de longe, o empenhamento mediático que hoje existe, mesmo numa actividade tão pouco dada a mediatismos como é a aviação, sobretudo a militar. Raramente havia reortagens sobre a actividade dos A-7P, salvo raras excepções que ainda hoje guardo, ou quando, infelizmente vezes de mais, os Corsair se envolviam em acidentes. De resto, tudo eram questões e assuntos absolutamente laterais ao dito "interesse público", ainda para mais sabendo-se que a oferta de meios de comunicação não era tão disseminada como é hoje, logo muito mais susceptível de procurar assuntos de interesse o mais abrangente possível, tentando chegar também ao maior número de interessados possível.
Nem sequer revistas de aviação eram fáceis de encontrar, pelos menos até ao inicio da década de 90. Existia a "Mais Alto" que, na altura, ainda estava demasiado institucionalizada, pouco dada ao que hoje já faz de forma excelente.
Portanto, gostar de aviões era como uma espécie de "amor clandestino" ou quase proibido, por isso se cimentou tão fortemente!...
Hoje, por exemplo, para um jovem de 20 anos, idade que eu tinha nessa altura, é facílimo gostar do F-16 da FAP. Basta fazer uma simples busca na Internet e surgem fotos às centenas...
Há fóruns e blogues onde os próprios pilotos fotografam e relatam (com os cuidados profissionais compreensíveis) a sua actividade, uma coisa absolutamente impensável há 15/20 anos atrás, para não ir mais longe, onde os pilotos e os militares viviam pouco mais que enclausurados nas suas bases, voando os aviões e partilhando as suas experiências num círculo restrito, quase sempre inacessível ao "comum dos mortais".
Para remate desta já longa missão, parece-me óbvio que, presentemente, é muito mais fácil alimentar a paixão pelos aviões.
Os tempos são outros!
Quando era mais novo, era complicado gostar deles. Era uma actividade ou um gosto muito mais rotulável, muitas vezes de forma depreciativa, não raras vezes aludida de "loucura ou maluquice"...).
Por exemplo, e a título de comparação, quando a minha paixão (pública) pelo A-7P estava no seu auge, não havia internet! Para os mais novos, habituados e nascidos já sob o seu "domínio", pode parecer impossível, mas foi um facto.
A paixão era alimentada de fotos procuradas de forma ávida e sistemática em revistas e jornais. Por norma, não existia, nem de perto nem de longe, o empenhamento mediático que hoje existe, mesmo numa actividade tão pouco dada a mediatismos como é a aviação, sobretudo a militar. Raramente havia reortagens sobre a actividade dos A-7P, salvo raras excepções que ainda hoje guardo, ou quando, infelizmente vezes de mais, os Corsair se envolviam em acidentes. De resto, tudo eram questões e assuntos absolutamente laterais ao dito "interesse público", ainda para mais sabendo-se que a oferta de meios de comunicação não era tão disseminada como é hoje, logo muito mais susceptível de procurar assuntos de interesse o mais abrangente possível, tentando chegar também ao maior número de interessados possível.
Nem sequer revistas de aviação eram fáceis de encontrar, pelos menos até ao inicio da década de 90. Existia a "Mais Alto" que, na altura, ainda estava demasiado institucionalizada, pouco dada ao que hoje já faz de forma excelente.
Portanto, gostar de aviões era como uma espécie de "amor clandestino" ou quase proibido, por isso se cimentou tão fortemente!...
Hoje, por exemplo, para um jovem de 20 anos, idade que eu tinha nessa altura, é facílimo gostar do F-16 da FAP. Basta fazer uma simples busca na Internet e surgem fotos às centenas...
Há fóruns e blogues onde os próprios pilotos fotografam e relatam (com os cuidados profissionais compreensíveis) a sua actividade, uma coisa absolutamente impensável há 15/20 anos atrás, para não ir mais longe, onde os pilotos e os militares viviam pouco mais que enclausurados nas suas bases, voando os aviões e partilhando as suas experiências num círculo restrito, quase sempre inacessível ao "comum dos mortais".
Para remate desta já longa missão, parece-me óbvio que, presentemente, é muito mais fácil alimentar a paixão pelos aviões.
Os tempos são outros!
3 Comentários:
De um certo modo, passei por uma fase parecida, creio. Só tive net depois de 2000, agora não me lembro em que ano, e, antes disso, tinha que saciar o "bichinho" com as parcas revistas e fascículos de colecções várias que o dinheiro podia arranjar. Durante muito e bom tempo, O TOP GUN foi a minha maior fonte de imagens aéreas, e isso deixou o F-14 definitivamente marcado na minha imaginação, assim como na de muitas outras pessoas.
Era uma coisa que deixava outras pessoas meio confusas, certos professores diziam que era muito giro, mas que eu tinha de ter os pés presos na terra e deixar-me dessas doidices. Isso fez-me agarrar-me ainda mais aos aviões. Quando finalmente me foi aberto a mundo online, a minha paixão foi arrebatada por tantas fontes de informação, e fiquei um pouco à deriva, admito, com tanta informação sensacionalista e contraditória, pelo menos antes de encontrar os sítios certos para me informar.
Quando entrei na Universidade, contudo, outros valores se levantaram, e os aviões lá se perderam. Curiosamente, foi quando passei por uma fase bastante má da minha vida...
Mas o bicho nunca morre, como neste blog foi sendo dito longa e meticulosamente. Há dois anos estava a ver um programa sobre videojogos, e deparei-me com um trailer do Ace Combat 6. Subitamente, regressei à minha infância, e, desde então, tenho-me sentido muito melhor comigo mesmo e até tentando uma ou duas coisas relacionadas...
Peço desculpa pelo longo desabafo, mas eu compreendo um pouco dessa magia de uma era em que a informação era difícil de obter. Eu, visto não ter muitos contactos com verdadeiros aviadores, acabei muitas vezes mal-orientado. Mas há algo nestes pássaros de ferro que atrai certas pessoas... E esse algo nunca esmorece realmente.
Saudações.
É uma verdade! Aqueles fascículos também foram importantes. Eu comprava a Air Forces Monthly a Mais Alto e também a Air International, esta ultima vez diversas reportagens sobre Portugal. Lembro-me inclusive de uma capa com os A7 em bank na costa portuguesa. Algumas das que tenho la' em casa ainda tenho em memoria os artigos. A recepção dos Alpha Jet, reportagem sobre a Força Aerea Portuguesa (inclui Marinha), uma sobre os F-16 e mais umas coisas.
Não tenho scanner senão ate hostava isso.
é verdade...tambem passei por isso, e sei bem ver a diferença para com os dias de hoje.
Parabens pelas fotos
Abraço
Pedro
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