Comecei a gostar de aviões muito cedo, já aqui o contei.
Só bastante mais tarde é que comecei a ter contacto directo com eles, ao fim de ter desbravado alguns caminhos bem complicados, depois de ter batido com o nariz em algumas portas e por aí fora, situações em que o mais fácil era desistir e tratar de arranjar outras paixões menos dadas a complicações.
Reportando-me à visível e crescente abertura da Força Aérea Portuguesa para o mundo dos entusiastas, os (mais) jovens que hoje empunham "potentes" máquinas junto às bases aéreas, ainda que possam ser rotulados de "malucos dos aviões", são já parte de uma comunidade spotter que é considerada e à qual já se dedicam dias para seu deleite.
Têm sorte.
Tal só é possível devido às dificuldades que alguém teve de enfrentar para abrir esse caminho. Falo de alguém como o Rui Ferreira, a própria APEA - Associação Portuguesa de Entusiastas de Aviação, por exemplo e ao trabalho de muitos spotters que não temeram mostrar as suas fotografias, muitas vezes "não autorizadas", obtidas do lado de fora das vedações, como talvez seja o exemplo mais notável e conhecido, o nosso amigo Jorge "Nuvem Negra" Ruivo.
Hoje, a banalização da tecnologia, ainda que alimente a paixão e o gosto, esconde que há 15 - 20 anos, nem as máquinas o permitiam tanto e de forma tão numerosa, nem as facilidades de acesso ao objecto abundavam...
Pode pensar-se que é mais fácil gostar de aviões hoje. Talvez seja apenas se tivermos em conta a perspectiva demasiado telegráfica do (i)mediatismo e sua projecção através do potencial da fotografia digital, por exemplo. Chegar a casa e descarregar centenas de imagens, sem ter de esperar pela revelação dos rolos é muito melhor. Mais rápido!
Ganhou-se qualidade e tempo, perdeu-se um pouco da magia que a espera mais longa proporcionava. A demora, neste caso em apreço, cimentava o gosto e ele criava raízes fundas. A ausência e a distância eram combustível para a paixão.
Para o provar, basta referir, uma vez mais, o meu caso pessoal. Quando acabava um evento aéreo a que assistisse, poderia passar mais de um ano até voltar a ver de perto os aviões que tento gostava. Hoje, felizmente, já não é assim, como se sabe.
Tudo isto não é uma espécie de reflexão "bota de elástico". É apenas a partilha de uma perspectiva construída com base num percurso pessoal que, relativamente à relação com os aviões e face às dificuldades e às distâncias, não esmoreceu.
O caminho foi trilhado e hoje aqui estou, a olhar para trás, frente à rapidez da tecnologia que uso diariamente para escrever, ver e gostar sempre e mais dos aviões.
Só bastante mais tarde é que comecei a ter contacto directo com eles, ao fim de ter desbravado alguns caminhos bem complicados, depois de ter batido com o nariz em algumas portas e por aí fora, situações em que o mais fácil era desistir e tratar de arranjar outras paixões menos dadas a complicações.
Reportando-me à visível e crescente abertura da Força Aérea Portuguesa para o mundo dos entusiastas, os (mais) jovens que hoje empunham "potentes" máquinas junto às bases aéreas, ainda que possam ser rotulados de "malucos dos aviões", são já parte de uma comunidade spotter que é considerada e à qual já se dedicam dias para seu deleite.
Têm sorte.
Tal só é possível devido às dificuldades que alguém teve de enfrentar para abrir esse caminho. Falo de alguém como o Rui Ferreira, a própria APEA - Associação Portuguesa de Entusiastas de Aviação, por exemplo e ao trabalho de muitos spotters que não temeram mostrar as suas fotografias, muitas vezes "não autorizadas", obtidas do lado de fora das vedações, como talvez seja o exemplo mais notável e conhecido, o nosso amigo Jorge "Nuvem Negra" Ruivo.
Hoje, a banalização da tecnologia, ainda que alimente a paixão e o gosto, esconde que há 15 - 20 anos, nem as máquinas o permitiam tanto e de forma tão numerosa, nem as facilidades de acesso ao objecto abundavam...
Pode pensar-se que é mais fácil gostar de aviões hoje. Talvez seja apenas se tivermos em conta a perspectiva demasiado telegráfica do (i)mediatismo e sua projecção através do potencial da fotografia digital, por exemplo. Chegar a casa e descarregar centenas de imagens, sem ter de esperar pela revelação dos rolos é muito melhor. Mais rápido!
Ganhou-se qualidade e tempo, perdeu-se um pouco da magia que a espera mais longa proporcionava. A demora, neste caso em apreço, cimentava o gosto e ele criava raízes fundas. A ausência e a distância eram combustível para a paixão.
Para o provar, basta referir, uma vez mais, o meu caso pessoal. Quando acabava um evento aéreo a que assistisse, poderia passar mais de um ano até voltar a ver de perto os aviões que tento gostava. Hoje, felizmente, já não é assim, como se sabe.
Tudo isto não é uma espécie de reflexão "bota de elástico". É apenas a partilha de uma perspectiva construída com base num percurso pessoal que, relativamente à relação com os aviões e face às dificuldades e às distâncias, não esmoreceu.
O caminho foi trilhado e hoje aqui estou, a olhar para trás, frente à rapidez da tecnologia que uso diariamente para escrever, ver e gostar sempre e mais dos aviões.
Nota: Termina hoje o "mês do Pássaro de Ferro". Muito me apraz registá-lo como o mais movimentado desde que este espaço foi criado, em 15 de Maio de 2006.
Obrigado a todos os que a ele acedem (diariamente, ou não) e que, com a sua simples passagem, leitura, observação e participação, fazem com que mantenhamos forte a relação com o mundo da aviação, preparados para continuar a voar nas asas do "Pássaro de Ferro"!
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4 Comentários:
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