Desde a sua criação que o Pássaro de Ferro é um espaço de paixões e emoções, consubstanciadas em imagens e também em palavras. O texto de hoje confirma essa regra.
Estamos no limiar dos 10 anos passados sobre o silêncio definitivo do A-7P.
Vivi os 18 anos do Corsair II na FAP. Era quase como ser adepto de um clube de futebol. Vibrava (vibrava não é a palavra adequada, é insuficientemente caracterizadora...) com a sua simples passagem, deliciava-me quando tão fugaz quanto raramente lhe podia tocar.
Tudo num breve sempre!
Uma fotografia era um tesouro, uma notícia (boa ou má) era lida até ser sabida letra a letra.
No passado sábado, em Sintra, toquei o 15503. O abandono do velho SLUF é notório. Os seus serviços e a sua glória passada diluem-se nas cores gastas pelos tempos, o dos relógios e o atmosférico.
Ao seu redor, um silêncio de mortos, uma agonia de cruzes.
Sendo apenas uma máquina, ainda que cheia de símbolos e memórias, 10 anos de ausência marcam-lhe as formas, deixam-no e deixam-me triste.
Com todo o respeito pelos outros aviões e sou particularmente insuspeito para o escrever, para mim o A-7P é O avião, mesmo 10 anos depois de se ausentar do céu.
Estamos no limiar dos 10 anos passados sobre o silêncio definitivo do A-7P.
Vivi os 18 anos do Corsair II na FAP. Era quase como ser adepto de um clube de futebol. Vibrava (vibrava não é a palavra adequada, é insuficientemente caracterizadora...) com a sua simples passagem, deliciava-me quando tão fugaz quanto raramente lhe podia tocar.
Tudo num breve sempre!
Uma fotografia era um tesouro, uma notícia (boa ou má) era lida até ser sabida letra a letra.
No passado sábado, em Sintra, toquei o 15503. O abandono do velho SLUF é notório. Os seus serviços e a sua glória passada diluem-se nas cores gastas pelos tempos, o dos relógios e o atmosférico.
Ao seu redor, um silêncio de mortos, uma agonia de cruzes.
Sendo apenas uma máquina, ainda que cheia de símbolos e memórias, 10 anos de ausência marcam-lhe as formas, deixam-no e deixam-me triste.
Com todo o respeito pelos outros aviões e sou particularmente insuspeito para o escrever, para mim o A-7P é O avião, mesmo 10 anos depois de se ausentar do céu.
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Nota: A não perder, 6ª feira dia 10 de Julho, aqui no Pássaro de Ferro, a edição de fotos inéditas do A-7P, pelas objectiva sempre competente do Paulo "Wildething" Mata
3 Comentários:
Eu não percebo quase nada de aviões mas olho aos jactos bem mais modernos e olho ao A7 e não sei explicar a razão pela qual só quero ver fotos dele...não sei se não será até pelo seu estilo algo " brutal ", há qualquer coisa de " puro " nesse avião.
Essas fotos de dia 10 prometem...
Apesar de ter sido desenvolvido a partir de um caça, o F-8 se não estou em erro, o A-7 é uma pura, brutal, sólida, peça de ataque ao solo. Herdou o nome de um dos aviões de combate mais bem sucedidos da 2ª Guerra Mundial e da Coreia, e foi algum orgulho aquilo que senti, quando, na minha infância, estando nós já na fase de transição para o F-16, aprendi que operávamos máquinas destas.
E é bem verdade que o A-7 tem algo nele que chama a atenção, a rudeza do desenho, talvez. A asa alta, a fuselagem atarracada e a enorme entrada de ar sob o nariz.
É uma máquina de respeito que operou com distinção em 4 forças aéreas.
Até sempre, Corsair...
O A7 cá, o A10 lá... acho que é a sensação daquele amigo de que se pode depender, que encaixa e não se queixa, oferece o ombro quando se precisa...
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