quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

PÁSSARO DE FERRO - 2009



O ano que agora termina, no que toca a acontecimentos ligados aos aviões em Portugal, foi farto.
As comemorações do aniversário da Força Aérea Portuguesa (FAP); Portimão Air Show; Coimbra Air Show; os 50 anos da Base Aérea nº 5 de Monte Real (BA5); os 100 anos da aviação em Portugal, Red Bull Air Race, o Portugal Air Show...
Não faltaram eventos para que os entusiastas dessem "alimento farto" à sua paixão.
Quase todos esses acontecimentos foram aqui reportados, com especiais destaques para as comemorações dos 57 anos da FAP e o cinquentenário da BA5.
2009 foi também, dizêmo-lo sem falsa modéstia, o ano do Pássaro de Ferro. Nele se cumpriu a sua afirmação como espaço de referência da aviação na "grande rede" nacional e já com alguma componente internacional, nomeadamente no Brasil, onde também estivemos, concretamente na Base Aérea de Natal.
Foram registadas cerca de 32 mil visitas (mais de metade do total actual) bem como perto de 63 mil páginas consultadas, números que atestam a atenção que lhe é dedicada e a responsabilidade de que estamos investidos para que ele seja um bom espaço dedicado à causa do ar.
Agradecemos a todos os que nos visitam e que fazem do Pássaro de Ferro o que ele é.
Agradecemos também aos colaboradores pontuais, José Matos, Carlos Gomes e Rui Ferreira a sua valiosa contribuição.
2010 perspectiva-se um bom ano para o projecto, com várias operações que estamos a preparar e que, atempadamente, aqui serão reportadas sendo que, por tudo o que já faz parte da história deste espaço e o que está para vir, podem contar com a nossa dedicação séria e empenhada à nobre, sempre entusiasmante e renovada causa do ar!
Bom ano de 2010 para todos!
O "Comando" do Pássaro de Ferro.
António "Sniper" Luís
Paulo "Wildething" Mata

domingo, 27 de dezembro de 2009

ESQUADRA 201, FALCÕES - DO PRESENTE AOS NOVOS DESAFIOS DO FUTURO

F-16B 15119 da Esquadra 201 toca a pista 01 da Base Aérea nº 5, no regresso de mais uma missão operacional

O Pássaro de Ferro teve, recentemente, a oportunidade de visitar a Esquadra 201 – Falcões.
Uma conversa de “comandantes”, por assim dizer, sendo nosso interlocutor o actual "Falcão-Mor" da Esquadra, o Tenente-Coronel Piloto Aviador Eugénio “Harpoon” Rocha, militar que temos o prazer de conhecer há praticamente 10 anos e que consideramos um bom amigo!
Da conversa resultou a actualização da matéria relativa aos desafios que se colocam à cinquentenária Esquadra 201, cuja riqueza histórica de certa forma “obriga” à continuação dos seus pergaminhos operacionais, assegurados por homens e meios técnicos, que face aos tempos e desafios tecnológico-operativos, a mantêm como uma incontornável referência na história da aviação militar de combate na Força Aérea Portuguesa.
Na realidade, o ano que agora está a findar marcou o início da transição dos aparelhos F-16A OCU, para os MLU. Aliás, aquando da introdução do F-16 MLU (F-16AM/BM) em 2003 na FAP, justamente o então denominado “núcleo MLU” teve origem na Esquadra 201 que, mais uma vez, estabeleceu contacto com a operação de meios aéreos tão marcantes para a história da Força Aérea Portuguesa e da aviação nacional.
Hoje a Esquadra tem já nos seus quadros, vários pilotos qualificados nos aparelhos F-16 MLU, sendo que, por agora, voam regularmente na Esquadra 301 – Jaguares, que os operam. Ainda assim, a 201 continua a ser a porta de entrada dos novos pilotos para os F-16, qualificando-os inicialmente no modelo OCU. Contudo, o ano 2010 marcará o fim dessa iniciação. A partir de 2011 os novos pilotos qualificar-se-ão directamente em MLU, dando-se como certo que, entretanto, a esquadra começará a operar também aparelhos modernizados, à medida que eles forem sendo introduzidos na frota operacional.
2009 foi também o ano em que os primeiros F-16 OCU foram transformados em MLU. Estão já operacionais o 15101, 15104 (aeronave LTF – Lead he Fleet - o primeiro modificado), o 15110 e o 15114.

Descolagem em AB do F-16AM 15104, o primeiro OCU a ser convertido em MLU

No que toca às operações com os OCU´s, o ano que agora finda marcou a história da Esquadra, já que se conseguiu manter uma elevada prontidão de aeronaves, levando por diversas vezes à “bandeira branca”, simbolicamente indicadora de 100% de capacidade da frota disponível, graças a práticas inovadoras, denominadas “lean techniques” – cujo conceito-base consiste na rentabilização máxima dos recursos disponíveis, promovendo – menos desperdício, incrementando, simultaneamente, o desenvolvimento de uma mentalidade aberta à criatividade e à inovação – mais valor, evitando estratégias de curto prazo, de forma a demonstrar a sustentabilidade das operações – mais respeito pelas pessoas. Uma estratégia que se foca na melhoria da produtividade, na redução ou eliminação de custos e tempos, promovendo as actividades que realmente acrescentam valor para a gestão operacional dos aviões. Este conceito ultrapassa as fronteiras da indústria e atinge os serviços na generalidade, envolvendo todas as cadeias que permitem a operação de meios tecnológicos desta natureza e complexidade.

F-16A 15115, antes de ser pintado para as comemorações dos 50 anos da BA5

Assim, a Esquadra 201 – Falcões, prepara-se para os novos tempos. É sempre um enorme gosto para nós constatar a sua prontidão e verificar que está sempre preparada para abraçar os novos desafios, conjugando exigência e operacionalidade, com formação e preparação do futuro, seja dos seus homens, seja dos meios técnicos que incorpora.


F-16A 15115, com a pintura comemorativa do cinquentenário da Base Aérea nº 5 - O "Voo do Sabre", com o Comandante de Esquadra - TenCor PILAV Rocha aos comandos.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

NOTAM NATALÍCIO - (Actualizado)

O Pássaro de Ferro deseja a todos os seus leitores e visitantes, um Bom Natal!
Regresso às missões operacionais agendado para o próximo Domingo, dia 27 de Dezembro, com o balanço de uma recente visita à Esquadra 201 - Falcões!
Uma palavra de especial apreço para todas as esquadras da FAP que se encontram em QRA - H24, assegurando que, em todo o país, do continente às ilhas, se assegura a guarda dos céus e de todas as vidas que cruzam ares e mares.

O "Comando" do Pássaro de Ferro,
António "Sniper" Luís
Paulo "Wildething" Mata


segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

SOL DE INVERNO








A época do ano que ora inicia, embora muitas vezes irrite pelas más condições atmosféricas, e condicionantes que impõe ao amante da fotografia, proporciona ao mesmo tempo situações só possíveis quando a inclinação do eixo da terra localiza o sol bem baixo no horizonte e a luz assim filtrada se torna diferente das restantes estações.


Ao mesmo tempo, de quando em vez, e sempre que o objectivo do trabalho não é urgente, gosto ainda de fotografar em película. Já tive as minhas câmaras analógicas à venda e à derradeira hora retirei a última que me restava, por não ter coragem de me separar dela, numa decisão quase exclusivamente sentimental.

Ainda assim, a película consegue registar uma certa aura de romantismo e uma luminosidade (ainda) não imitáveis pela frieza dos códigos binários do digital, pelo que a decisão que tomei de não me desfazer de todas as câmaras analógicas, vejo agora, foi acertada.

Apesar de rendido ao digital por razões incontestáveis e incontornáveis, sou porventura ainda uma criatura analógica.


Fotos registadas em película Fuji Sensia ISO100, câmara Canon EOS 3, lente Canon 24-105 f4 L em 22/01/2008


quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O TENENTE ALVEGA



O intrépido herói Major Alvega, já antes aqui falado pelo nosso camarada Rui "Corsario de segunda" Ferreira, foi companheiro de aventuras imaginárias nos verdes anos de muitos de nós, que nascemos nos anos 60 ou 70.
Não havia playstations, só havia dois canais de TV (que durante muito tempo abriam emissão só às 18:00 horas). Não havia internet. Não havia clubes de vídeo.
O futebol via-se na TV uma vez por festa e aos domingos à tarde ouviam-se os relatos no "transístor".

Isto tudo só para contar que descobri uma foto de um manequim representando um piloto da Esquadra 301 "Jaguares", na época ainda a voar o Fiat G-91, e o nome do piloto era nem mais nem menos que Alvega. No caso e olhando às divisas, o Tenente Alvega.
Ninguém diria que depois de tanta aventura na II Guerra Mundial ao serviço da RAF, um seu descendente voaria o G-91 na FAP.

O sentido de humor de quem caracterizou o boneco fez-me sorrir e lembrar da quantidade de livrinhos que li da colecção "Falcão", que incluía as aventuras do "Major Alvega". Das tardes em que não dava para ir dar uns pontapés na bola para a rua, ou noites em que a única TV da casa estava "democraticamente" confiscada. E o Major Alvega e a imaginação eram suficientes.

Ao contrário de algumas pessoas que com o passar dos anos começam naturalmente a ensaiar um discurso "bota-de-elástico", não acho que "antes é que era bom". Era diferente.

E às vezes sente-se a falta disso que era diferente. Só isso.

domingo, 13 de dezembro de 2009

VER UM A-7P NUM BAe LIGHTNING

Crédito da imagem: Aqui

Crédito da imagem - Aqui

Nos tempos em que a minha "A-7ite aguda" fazia estragos na minha pobre mente infantil, "tudo" tendia a assemelhar-se, nem que fosse muito vagamente, ao A-7P. Este "tudo" restringia-se, obviamente, aos aviões. A minha imaginação, por mais prodigiosa que fosse não encontrava semelhanças entre uma cebola e um A-7.
Mas entre o "velho" Lightning da RAF (na altura - primeira metade da década de oitenta - ainda activo) e o nosso SLUF, encontrava.
E estava de tal forma convencido dessas semelhanças que, na falta de Kits do A-7 e porque havia do Lightning, equacionei fortemente a hipótese de transformar um destes aparelhos no A-7P, fazendo uso das mais arrojadas técnicas de modelismo e depois de pintura, eu, um petiz púbere e com algum acne juvenil, à beira de proceder a uma arrojada operação de transformação e que, se tivesse levado até à sua consumação, poderia figurar nos anais da história do modelismo...
Seja como for, deixo ao vosso critério, olhando as imagens apensas, aquilatar acerca da dimensão do meu desiderato...
Mas uma coisa garanto. Durante algum tempo, vi um A-7 no Lightning!...

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

MISSÃO NO BÁLTICO




Entre Outubro e Dezembro de 2007, a Força Aérea Portuguesa através das esquadras 201 e 301, assumiu o policiamento aéreo dos três estados bálticos anteriormente pertencentes à União Soviética, dentro do quadro de rotatividade existente na NATO para essas funções.

A reportagem (essencialmente) fotográfica no Pássaro de Ferro - Operations.




Fotos: Relações Públicas do EMGFA

domingo, 6 de dezembro de 2009

SMOKEON E AIRLOMBA

O Pássaro de Ferro continua uma série de "missões" de divulgação, iniciada com o Jorge Ruivo e o Álvaro Gonçalves e posteriormente, o Hélder Afonso e Marco Casaleiro.
Hoje trazemos à colação dois sites, qualquer deles ligado à aviação e com abordagens tão distintas umas, como coincidentes outras.
"Bolha Viper" - Foto: (c) Floriano Morgado

Trata-se do "Smokeon" do Floriano Morgado, um site que percorre a sua carreira de fotógrafo/spotter, integrando fotografia de aviação (militar e civil) e uma ligação ao um blog da sua autoria e com o mesmo nome.
Um apreciável número de fotografias lá apresentadas revelam-se de enorme qualidade pelo que se recomenda uma visita ao Smokeon que tem actualizações frequentes.

Parelha F-16AM - Foto: (c) Emanuel Lomba

Trazemos também hoje referência ao "Airlomba", um site muito completo (reports, simulação, etc.) e também cheio de fotografia de aviação e que faz, obviamente, as delícias dos entusiastas. O Airlomba tem também ligação a um blog do seu autor, Emanuel Lomba e é actualizado regularmente.

O Pássaro de Ferro felicita os seus autores pelo excelente trabalho que apresentam.
Qualquer um destes sites tem já ligação directa na coluna "Outros Pássaros".

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

DOIS SPOTTERS - II


Numa série de "missões" dedicadas a Spotters, o Pássaro de Ferro traz às suas "asas" mais dois, desta feita o Hélder Afonso e o Marco Casaleiro (MLPC), dois dedicados frequentadores da cabeceira da pista da Base Aérea de Monte Real (BA5), sempre de objectivas em riste para captar os momentos, os detalhes ou o simples voo livre dos pássaros de ferro que por lá se encontram em acção.


Hélder Afonso, conta que:
"A minha paixão pelos aviões começou muito cedo. Desde miúdo que quando me perguntavam o que queria ser quando fosse grande respondia prontamente, "quero ser piloto de aviões", mas acabei por ser Enfermeiro... Contudo, a Paixão pelos aviões sempre continuou...
Há cerca de um ano, através do fórum de fotografia, descobri alguns locais de Spotting em Monte Real e desde essa altura que vou com alguma regularidade até lá!"

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Marco casaleiro é mais um habituée da BA5. Ainda por cima é vizinho daquela base militar o que, vendo bem as coisas, só lhe traz vantagens...
Dele diz que:
"A minha dedicação ao spotting é relativamente recente, na medida em que até há pouco tempo me faltava o material para fotografar, mas a paixão por aviões militares existe desde infância.


Só por curiosidade, sou um felizardo, nascido e criado e a viver "paredes meias" com a BA5 no topo norte, concretamente no Outeiro da Fonte.
Muito tempo da minha infância, foi passado junto à pista (não havia vedação/rede), empunhando ramos para "disfarçar", a dizer adeus aos F-86, T-33, T-38, A-7P principalmente, aeronaves que afinal de contas fazem parte do historial desta base!"


Mais dois testemunhos de como a aviação é uma paixão forte, elevada nas asas destes pássaros de ferro, cujo fascínio atravessou e atravessará gerações de entusiastas e spotters como estes. Eles, com os seus olhos e as suas máquinas e objectivas que são também (um pouco) nossos!

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CRÉDITOS

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