Cheguei a ver uma alunagem uma vez, era eu pequeno, e embora não me recorde que qual seria, tenho essa como uma das poucas imagens da infância, memória de alguns contornos visuais que recordo, ainda que envolvidas numa espessa bruma, a bruma do costume.
Estava eu em casa do meu Tio Manel, era eu pequenito, e segui em directo uma das alunagens, mas, como não me lembro qual foi, fico sem saber a relação que poderia ser mais forte com o que se passou anos depois.
Um dia, bem na realidade foram três, fui a uma das mais prodigiosas cidades do Mundo (como se fosse possível haver alguma melhor que o Porto), a cidade de Londres.
Como se pode imaginar facilmente, e não tendo eu lá ido com o propósito explícito de ver aviões (sim, há por lá muita coisa interessante para ver), mesmo assim, acabei por encaixar no programa alguns, pois um dos museus que tive o privilégio de visitar tinha bastantes, o museu da ciência e tecnologia.
Pois o que sucede é que tive uma oportunidade que só faz sentido para pessoas como nós, e compreendem por isso a sensação de arrepio que, cada vez que se conta uma história como esta se sente (como agora...). E o que foi? Nada de especial, por certo, mas tive a possibilidade de passar (passar mesmo) a mão pelo escudo térmico de uma das cápsulas de uma das missões Apolo, talvez da 11...
2 Comentários:
Sê bem (re)aparecido!
Oh, meu...
Deve ter sido uma sensação daquelas, com o vibrar frio no fundo do estômago e mente desejosa de olhar para um céu azul e limpo, e imaginar a derradeira fronteira desta nossa bola de rocha.
Mas creio que tens razão de que talvez seja uma daquelas coisas que apenas despertam tais e profundas emoções naqueles que vibram o voo.
Decerto uma historia para relembrar e contar inúmeras vezes :)
Obrigado por a partilhares.
S7alker
Enviar um comentário