quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

F/A-18: O COVEIRO - REPRISE (M351-3PM/2010)

 Formação mista de F-14, F/A-18C e F/A-18E
F/A-18A da patrulha acrobáticas Blue Angels, que reformaram os A-4F Skyhawk

F/A-18E Super Hornet do VFA-31 "Tomcatters", que substituíram os lendários F-14 Tomcat
F/A-18E do VFA-105 "Gunslingers" unidade que utilizava A-7E Corsair II anteriormente à entrada dos Hornets em 1990
F/A-18E do VFA-115, onde substituiu os A-6 Intruder
F/A-18C do VMFA-314 (corpo de Fuzileiros dos EUA) onde substituiu os F-4 Phantom II
EA-18G Growler, que substituiu os EA-6 Prowler nas missões de guerra electrónica.


Ao contrário do que possa parecer sugerir o título, o artigo de hoje não fala de acidentes aéreos, ou dos aviões que granjearam funestas alcunhas devido à pouca tendência que tinham para se manter no ar sem problemas.

Esta alcunha, tanto quanto sei, é absolutamente apócrifa e aplicada apenas por mim e um restrito número de fundamentalistas ao F-18.
Conforme já aludi, não é baseada no número de acidentes que o envolveram (uma boa construção de base e os dois motores conferem sempre uma segurança acrescida). Não é por isso a razão de ser da alcunha.
O F-18 é por mim apelidado de “Coveiro”, pelo número de modelos de aviões que ajudou a "enterrar". Senão vejamos:  só na Marinha e Fuzileiros dos Estados Unidos, A-7, A-6, F-14, F-4, EA-6 e A-4.
Claro que esta é uma análise perfeitamente leviana, baseada mais no coração que na razão.
Em termos práticos, a diferença logística e económica de poder ter apenas uma frota que efectue o trabalho do que antes eram quatro ou cinco frotas diferentes, é abissal.
Não deixa no entanto de ser triste para o apreciador da aviação, ver-se submetido à mesma massificação e estandardização que se vê na cultura, na roupa, na gastronomia, etc.
A fusão de vários fabricantes de aviões (desapareceram a McDonnell Douglas, General Dynamics, absorvidas respectivamente pela Boeing e Lockheed, a Grumman e a Northrop associaram-se) é sinal da mesma mentalidade, que se aplica aliás a toda a economia mundial, em nome da redução de custos, rentabilização de meios e outras vantagens que ouvimos diariamente nos noticiários.
Na natureza a biodiversidade genética é a chave da sobrevivência.
Na economia e estratégia devia aplicar-se o mesmo princípio. Caso contrário, quando uma enfermidade grassa num elemento da espécie, será naturalmente comum aos demais.
À parte disso, sou apenas um sentimentalista que não se conforma com o desaparecimento da operacionalidade de dois ícones da aviação como foram o F-14 e o A-7.

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