domingo, 7 de março de 2010

OFICIAL PILOTO-AVIADOR (M357-7PM/2010)



Nos mais de doze anos que levo desde a primeira reportagem que fiz sobre a aviação militar nacional e no contacto próximo que por essa razão acabei por ter com os homens que servem o país na Arma Aérea, devo dizer que a minha admiração por eles não cessou ainda de aumentar.

Conheci homens que são os dignos herdeiros dos guerreiros que delinearam as fronteiras de Portugal há muitos séculos e a quem devemos mais recentemente a Liberdade de que gozamos desde 1974. A mesma sociedade civil que retomou o rumo da sua história através das mãos dos militares, é todavia no entanto a mesma que teima muitas vezes em votá-los ao esquecimento, como se obsoletos, em tempos que são felizmente menos bélicos.

Não nos iludamos no entanto, que enquanto o homem for um ser competitivo e lutar pelo melhor para os seus, o músculo que dá o poder de negociação ou o tira, há-de ser a sua força militar e a força dos seus homens.

Conheci homens desses, com valores que orgulham o país e se orgulham do seu país. Pessoas com sentido de Estado, abnegação, visão estratégica e formação que tanta falta faz nos dias de hoje à classe política e até a cada um de nós.

Sim, porque o país quem o faz são as pessoas que os constituem. E cada vez que abrimos a boca para dizer “este país isto” e “este país aquilo”, é de todos nós que estamos a falar. O País somos nós e é em cada um de nós que tem que começar a mudança dos erros que apontamos todos os dias no abstracto.

As Forças Armadas, e a Força Aérea de que falo com mais conhecimento de causa, continuam felizmente a ser uma pedra basilar e de sustentação, a uma sociedade que necessita delas muito mais do que se pensa e do que a vista alcança.



2 Comentários:

Alberto Lopes disse...

Muito bem!
Excelente texto que subscrevo por inteiro.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Grande Texto Paulo, demonstra bem os valores que sustentam a tua admiração pelas coisas do ar... mas tabém um pouco de esperança em que estes valores se multipliquem e conagiem "O país que temos". Enfim que a nós também os contagie. Na cesses/ cessem (os homens do Pássaro de Ferro) de demonstrar que temos uma nacionalidade e que apesar de um país pequeno... conseguimos formar uma melhor humanidade. Obrigado pelo momento de leitura.
Abraço

Miguel Amaral

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