quinta-feira, 15 de abril de 2010

O HOMEM E A MÁQUINA (M370-12PM/2010)


Nos finais dos 70, princípios dos 80, altura em que estavam no pico da moda os documentários da natureza, existiu um de produção espanhola bastante popular intitulado “O homem e a Terra” que chegou mesmo a ser o programa com mais audiência da TV (como os tempos mudam…)
A foto que hoje publico, pertencente ao espólio que algum dia conseguirei tratar com a honra que merece e partilhar com os A7ólicos espalhados por esse mundo, tem já esse toque de peça de documentário, ou não tenham passado já quase 12 anos sobre a data do registo fotográfico. A própria aeronave, tem algumas unidades mais ou menos conservadas em museus ou portas de armas, tendo as remanescentes unidades começado a ser destruídas recentemente por obsoletas, sem uso prático restante.
Resta o piloto retratado, que já muitos me perguntaram qual a identidade e que era o na altura Cap PILAV João Caldas, que viria mais tarde a comandar a Esquadra 201 - Falcões, já em F-16, mantendo-se hoje em dia como adido na mesma Esquadra.
O facto de não se poder vislumbrar a identidade do piloto na foto, serviu curiosamente para muitos outros ex-pilotos de A-7 se terem revisto na cena representada, tantas vezes por eles repetida, num ritual a que só eles poderão dar valor como ninguém.
Por essa razão, várias vezes me foram solicitadas cópias por parte de alguns desses pilotos, como recordação de gratos momentos que, apesar de não serem em rigor o representado, poderiam perfeitamente ter sido.
Esta mesma foto, incluída no artigo que com o António Luís publicámos na Mais Alto de Julho/Agosto de 1999 após a retirada da frota, foi inclusive alvo de uma representação em quadro a óleo sobre tela, cuja imagem encontrei por acaso na Internet e cuja autoria infelizmente não registei.
As fotos dos A-7 lusitanos, são cada vez mais elementos de documentários históricos. Marcas de uma era, que ficaram de forma indelével em todos os que a protagonizaram.

O documentário de hoje, não foi apresentado pelo Félix Rodríguez de la Fuente nem se chama “O Homem e Terra”. Chama-se “O Homem e a Máquina” e malgrado os problemas que assolaram essa máquina a espaços, não conheci até hoje um piloto que tenha voado o A-7, que não guarde uma imensa saudade desse avião. Como de um cavalo selvagem que se ousou domar um dia, que nem sempre sendo dócil, tinha uma personalidade e beleza inigualáveis.



2 Comentários:

A. Luís disse...

Tenho bem presente na memória esse dia aliás já aqui contado...
É sempre bom lembrar o SLUF!

Nuno Martins disse...

Pois António, essa tela de que falas é uma bela obra da autoria de Amélia Paulo e está retratada na monografia dos A-7P no Walkarounds... um Mundo pequeno este dos amantes da nossa Aviação.

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