quinta-feira, 29 de julho de 2010

FESTIVAL INTERNACIONAL DE GIJON (M404-27PM/2010)








 
 







No passado Domingo 25 de Julho, realizou-se em Gijon, Espanha um dos maiores festivais aéreos internacionais de Espanha. Este ano não tão internacional como pretendido, com o cancelamento por exemplo da patrulha italiana Pioneer, que se tinha exibido em Vigo uma escassa semana antes.
A estrela do festival era no entanto o Rafale francês, que se exibiria pela primeira vez em terras de Cervantes.
Do cartaz constavam ainda as habituais exibições de meios de protecção civil (helicópteros, Canadair...) lançamentos de pára-quedistas (incluindo a equipa PAPEA), um F-18, exibições de acrobacia solo por Ramón Alonso (ex-campeão mundial) e Melissa Pemberton no Extra 300 da equipa portuguesa Lima-Alpha.
A patrulha Águila encerrava o dito cartaz, com chave de ouro, ou neste caso prata, ao cumprir os seus 25 anos de existência, com uma exibição fulgurante, incluindo novas manobras no seu reportório.
A baía da praia de S.Lourenço em Gijon foi assim o cenário de um festival que, não sendo o que congregava mais meios aéreos, arrastou largos milhares de espectadores ávidos de emoções fortes.
A propósito e por falar em emoções fortes, o Extra 300 da Lima-Alpha ficou muito bem entregue nas mãos de Melissa Pemberton. Ramón Alonso esteve também em grande plano, não deixando por mãos alheias o estatuto internacional de que usufrui. O F-18 efectuou uma exibição mais ou menos habitual, sendo o ponto alto a passagem a roçar a velocidade do som.
O Rafale exibiu-se algo longe do público, mas deixou bem patentes as suas manobrabilidade e potência.
Com função de lançamento de pára-quedistas marcaram ainda presença um avião histórico (Antonov An-2) e um C-295 da força Aérea Espanhola.
A terminar a equipa PAPEA executou algumas das manobras em pára-quedas que aparentemente pareceriam impossíveis e que são a sua imagem de marca.

Gijon 2010 já foi. Siga a temporada de festivais de verão.



domingo, 25 de julho de 2010

ROYAL INTERNATIONAL AIR TATOO 2010 - (M403-31AL/2010)

Realizou-se no passado fim de semana, dias 17 e 18 de Julho de 2010, mais uma edição do Royal International Air Tattoo, em Fairford - UK, tendo como um  dos temos a "Battle of Britain - 70th Anniversary".


Como todos os anos, este que é considerado um dos maiores espectáculos militares a nível mundial, contou com a presença de representações de cerca de 20 países no  seu  programa, juntando cerca de 200 aeronaves que, no seu conjunto, formaram a enorme exposição estática, os display aéreos, e suporte às operações.
Durante estes dias desfilaram nos céus de Fairford, como estrelas maiores do espectáculo, o Messerschemitt BF109; US Navy F/A-18E/F Super Hornet, USAF F-22A Raptor e a Patrulha acrobática da casa RAF Red Arrows Display Team.
Não fazendo parte do cartaz, como estrelas do evento, não se pode deixar de salientar também a presença do Airbus A400M, e o mítico Avro Vulcan B2.
Em suma, para todos e quaisquer amantes da aviação, nomeadamente na vertente militar é sem dúvida um espectáculo a não perder e que, a bem da paixão pela aviação, se repete todos os anos.
O Royal Iternational Air Tatoo (RIAT) é considerado, justamente, um dos maiores acontecimentos aeronáuticos à escala global, onde muitos países dão a conhecer o seu potencial aéreo e a indústria algumas das suas maiores e melhores novidades.
Portugal já por várias vezes participou no RIAT, nomeadamente com os "Asas de Portugal" - tanto com os  T-37, como já com os Alfa Jet - A-7P, F-16, C-130, Aviocar,entre outros.
O Pássaro de Ferro agradece ao Marco Casaleiro o report do evento e as belas imagens cedidas, que representam o que de mais importante por lá se passou.







  Fotos: Marco Casaleiro 
Texto: Marco Casaleiro e António Luís

quinta-feira, 22 de julho de 2010

VIGO AIR SHOW 2010 (M402-26PM/2010)













Numa colaboraçao do fotógrafo André Garcez, o Pássaro de Ferro apresenta a reportagem fotográfica do Vigo Air Show, que decorreu naquela cidade galega.
Ficam os agradecimentos ao André Garcez por as partilhar com os leitores do Pássaro de Ferro. 
As imagens falam por si.

domingo, 18 de julho de 2010

SEMPRE O A-7P - 2ª Série (M401-30/AL2010) - Adendado

O Pássaro de Ferro apresenta mais uma série de fotografias cedidas pelo Paulo Moreno, recorde-se, obtidas em 1991, altura em que os céus nacionais ainda eram dominados pelo A-7P.
Nesta primeira imagem, vemos a placa Bravo 1, frente à manutenção, onde se podem ver várias aeronaves. O TA-7P 5546, um Fiat G-91 e a parte de trás de um outro A-7P. Notar o 5546 equipado com um dispositivo utilizado em testes de motor, colocado na entrada de ar, por forma a evitar a sucção de objectos estranhos para o motor P&W TF-30 P408.

Outra foto do mesmo local, agora de um outro ângulo, notando-se mais uma vez que TA-7P 5546 foi rebocado para a Bravo 1, depois de ter realizado testes de motor.
Ao olharmos para o Corsair II, percebemos a origem naval do aparelho, sendo que algumas vezes, por questões de espaço e arrumação, mesmo em terra, as asas eram dobradas, conforme atestam as fotografias.
Até nisso o A-7P se diferenciou dos jactos que, então, eram operados na Força Aérea. Era sempre impressionante observar a sua silhueta sombria, fosse de asas estendidas, fosse com elas dobradas.

Vista da Bravo 1, notando-se um A-7P (5519), estacionado ao lado de 3 aparelhos Fokker F-27 Holandeses, que estavam a dar apoio à presença na BA5 de um destacamento de caças F-16 da Esquadra 313.
Esta foto revela também uma situação impensável no presente, isto é, a operação dos F-16 seria impossível na Bravo 1, com esta cheia de detritos e sujidade, como se vê nesta imagem, resultantes de obras na zona da manutenção de aeronaves, como bem adendou em comentário o Paulo Mata.

Foto da antiga placa da Esquadra 304 - Magníficos, onde se podem contar 5 F-16 Holandeses, da Esquadra 313, alinhados com alguns A-7P. Notar a diferença de silhuetas dos dois aparelhos, denunciadora de duas gerações e de dois tipos de aeronave, tão míticos quanto distintos.

Saída do A-7P 5536 da Linha da Frente da então placa da Esquadra 304 - Magníficos. Nota-se ainda estacionado o 5531 e um outro A-7P.
Nesta fotografia, vê-se também que a dada altura da operação dos A-7P, uma das estações das asas foi retirada das aeronaves, conforme já aqui foi abordado.


Dois pormenores do A-7P 5522, mais uma vez obtidos nos abrigos Alfa 1

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O SÍMBOLO DE UMA NAÇÃO (M400-25PM/2010)

 SEQUÊNCIA DA EXIBIÇÃO SOLO NO FUNCHAL A 2/7/2010













Após a revolução de 25 de Abril de 1974, muitos símbolos do país foram deitados abaixo, sob pretexto de serem símbolos do fascismo e da "velha senhora".

Debaixo desse fundamentalismo foram retiradas das escolas a bandeira nacional, deixou de se ensinar "A Portuguesa" e cometeram-se todo o tipo de atrocidades contra símbolos de um país, equivocamente confundidos com símbolos de um regime pretérito.

O resultado deste tipo de atitudes (por mais bem intencionadas que tenham sido) foi que toda uma geração cresceu sem símbolos da pátria, cultivando-se até um certo desprezo por tudo o que fosse nacional, num contrapeso ao isolamento a que o país tinha ficado votado durante décadas.

A patrulha "Asas de Portugal" foi no entanto, dentro deste status quo, um elemento de contra-corrente excepcionalmente bem aceite, granjeando fama e enchendo de orgulho os portugueses aquém e além fronteiras. Por essa altura, poucos símbolos representaram tão bem o país, inspiraram respeito e levaram até alguns fundamentalistas políticos mais enraizados a sentir admiração, por uma patrulha que riscava os céus com as cores da República Portuguesa.

Com o fim da frota de Cessna T-37 veio também o fim (temporário) da patrulha que conseguiu fazer esquecer ideologias políticas e foi um símbolo quando muitos deixaram de o ser.

Tal como o seu lema "O espírito nunca aterra", também dentro da Força Aérea não deixou de haver quem se empenhasse em fazer voar de novo os "Asas de Portugal" e após algumas tentativas na década de 90 ainda com 6 aparelhos e uma parelha sob outro nome para as comemorações dos 50 anos da Forças Aérea em 2002, os Asas de Portugal restabeleceriam as actuações regulares em 2005 em 2 aviões Alpha Jet camuflados.

Vestindo nova roupagem (leia-se pintura) mais apropriada às exibições a partir de 2006, a parelha continuou onde tinha sido interrompida pelas circunstâncias e retomou em pouco tempo o estatuto internacional que era seu.

Quando comprei um livro de origem suíça sobre as patrulhas acrobáticas mundiais, não pude deixar de me orgulhar das páginas dedicadas aos Asas, com o mesmo orgulho genuíno de todos os portugueses que os viram actuar alguma vez nas suas vidas.

No ano de 2010 os Asas de Portugal pareciam ir de novo deixar um vazio nos céus, mas renasceram uma vez mais, agora como exibição solo. E o público aplaudiu o regresso como sempre o fez.

Não deixa no entanto de ficar um certo sabor a pouco, para quem sabe como é o prato completo.

Fica a esperança (do verde da nossa bandeira) de que essas asas que são as asas da nação, se multipliquem e voltem a ter número a condizer com o talento de quem os voa e o orgulho de quem os vê.



 CURIOSIDADES:

Modelo de radio controlo de um Alpha Jet com as cores dos "ASAS"

Exibição da parelha em Coimbra a 11/7/2009
Formação de 4 Alpha Jet na Red Bull Air Race a 12/9/2009 no Porto

Revista SIRIUS de JUL2010  (capa de André Garcez)






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