terça-feira, 29 de março de 2011

REAL THAW 2011 (1) - (M486 - 16/AL72011)

Teve início ontem, dia 28 de Março, a edição 2011 do maior exercício militar táctico realizado em Portugal, com operações centradas na BA5 Monte Real e acção na zona da Serra da Estrela e Aeródromo da Covilhã, com a presença dos AL- III.
Vários tipos de aeronaves (caças, helicópteros e aviões de transporte) bem como centenas de homens evoluirão nos céus e e no terreno, até 8 de Abril próximo!
O Pássaro de Ferro acompanhará o exercício e apresenta, desde já, uma primeira série de fotografias gentilmente cedidas pelo Spotter Associado - Marco Casaleiro.

 F-16AM

 C-295 (Portugal)

C-295 (Espanha)


F/A-18 - Espanha

Falcon 20DC

domingo, 27 de março de 2011

C-295 DA FA NO HERMES 2011 (M485-15AL/2011)

C-295 da Força Aérea, em voo sobre o mar.

A Força Aérea Portuguesa (FA), uma vez mais, foi chamada a cumprir com a sua  missão, ao participar activamente na operação Hermes Extention 2011, levada a efeito pela agência europeia “Frontex”.
Esta participação consubstanciou-se na presença de um avião C-295 operado pela Esquadra 502 – Elefantes que desde finais de Fevereiro faz o patrulhamento das águas do Mediterrâneo, a partir de Itália.
Esta operação à escala europeia, visa efectuar o controle da imigração ilegal, detectando, seguindo e identificando alvos que tentem dar entrada na União Europeia de forma  ilícita, bem como detecção de redes criminosas que possam fazer perigar a segurança europeia.
Esta situação, é tanto mais grave e até urgente, quanto as recentes convulsões que ocorreram em países do Norte de África – Tunísia, Egipto, agora a Líbia – bem como a extrema volatilidade da situação argelina e até marroquina, potenciam fenómenos de imigração em “larga escala”, sempre de forma ilegal e cujas consequências sociais na Europa são sempre bastante delicadas, de difícil trato e que urge prevenir. Um certo efeito “dominó” é desencadeado, quando as expectativas dos imigrantes se desfazem na crise europeia, alimentando, tudo, a fogueira dos radicalismos.
O papel “vigilante” do nosso C-295 está, portanto, traçado e amplamente justificado, no plano do bem comum. Nas missões de patrulhamento, segue sempre  um elemento do SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, para além da tripulação do aparelho, cuja operação dos sistemas da aeronave permite potenciá-la, demonstrando assim a importância que este moderno meio aéreo tem, presentemente, na FA, já pormenorizadamente dissecado aqui.
Recentemente, o C-295 regressou à BA 6 para rotação de tripulações e para rigorosas inspecções à aeronave e seus sistemas, depois de praticamente 60 horas de voo cumpridas em missões sobre uma vasta área do Mediterrâneo.
Esta missão, de índole europeia, como já se disse, não escamoteia o papel que Portugal desempenha como país do flanco Sul-Sudoeste da Europa, que sofre também com a imigração ilegal, pelo que o desempenho do C-295 é importante, também no plano estritamente nacional, precavendo situações que são potencialmente geradoras de problemas e tensões sociais.

quinta-feira, 24 de março de 2011

O "C'S" (M484 - 14/AL2011)

Os aviões de transporte são muitas vezes, digamos, uma das faces menos visíveis de uma arma aérea, sobretudo em tempos em que o mediatismo se faz no limbo da rapidez que os caças-bombardeiros imprimem à sua acção.
Porém,  e sempre que os caças-bombardeiros vão para o ar, se deslocam/destacam ou voam grandes distâncias, são os aviões de transporte e apoio que ou levam a dianteira ou, no final, "arrumam a casa".
Depois, quando os governos decidem que perante situações de urgência, é preciso recuperar compatriotas em situações de perigo, seja por falência de regimes políticos sob capas de violência, seja em situações de catástrofe natural, são os C's que se apresentam ma linha da frente para essas missões.
Portanto, é mais do que justo render-lhes um tributo de admiração e reconhecimento pelo seu potencial como aeronaves cujo voo e operação não se resume a minimalismos ou a normalidades. Vão e estão, como aliás toda a arma aérea, ao serviço da nação e dos seus desígnios!
O Pássaro de Ferro publica algumas imagens, já com cerca de 30 anos, alusivas a esses "pachorentos" aviões, contudo tão fieis e com tanta história sob as suas asas!

O C-130 Hércules, fotografado na BA5 - Monte Real, algures no início da década de 80, vendo-se um FTB-337G "por baixo" do seu nariz.
Tenho, no meu "currículo", praticamente 4 horas de voo numa aeronave destas, já contadas aqui.

 Um C-212 Aviocar, integralmente pintado em tons verde escuro, fotografado também na BA5.

 O s/n 6502, estacionado na Bravo 1 da BA5 - Monte Real.

 Outro C-212, desta feita fotografado a partir da Torre de Controle da BA5.

O C-212 Aviocar s/n 6501, "o primeiro", ainda com a camuflagem "muito à espanhola", fotografado, também, na BA5 - Monte Real.
Sobretudo para o Aviocar, fica um tributo singelo, na hora em que se despedem dos céus nacionais, depois de tantos e nobres serviços em prol da portugalidade!
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Nota: Fotos da colecção de Carlos Costa que as facultou, gentilmente, para publicação no Pássaro de Ferro, através do Paulo Moreno. Os nossos agradecimentos a ambos! 

domingo, 20 de março de 2011

ATAQUE À LÍBIA, VERSÃO 2011 - (M483-13AL/2011)


A História tem, em si mesma, os próprios mecanismos de repetição. Os ciclos históricos escrevem a sua regra no caminho do tempo e por isso não espanta que determinados acontecimentos se repitam.
Ora no que que respeita ao que se está a passar na Líbia, temos um quadro complexo, assente em pressupostos que tiveram a sua génese na Túnisia, com o levantamento popular que destronou uma ditadura de décadas e depois alastrou ao Egipto, deixando também a sua marca de revolução que levou à queda de Mubarak.
Não seria, pois, de espantar que esta movimentação com raíz "popular" chegasse a uma das ditaduras mais duradouras e algo "consentidas" do continente africano.
O problema na questão líbia é o petróleo do senhor Kadafi
Por mais malabarismos que a política internacional faça, com ou sem o aval da ONU, ou que os permeie com motivações humanitárias - dado Kadafi estar a atacar o seu próprio povo - é o petróleo que preocupa as nações, sobretudo as ocidentais, cujas economias assentam, justamente, sobre o petróleo e o acesso digamos "controlado" a ele. 
Pode ser cruel e básico estabelecer tão simplesmente estas premissas para "legitimar os ataques", mas são elas, ou, sobretudo ele (petróleo) que o motivam.
E o mais sintomático é perceber que Kadafi sobreviveu sempre aos ataques de que já foi alvo, nomeadamente depois de Lockerbie, em 1986 em que os EUA atacaram o regime e, mais baixa menos baixa, Kadafi permaneceu intocável, exercendo a sua ditudura com um enorme beneplácito da comunidade internacional, estabelecendo até relações construtivas e "estranhamente" pacíficas e alinhadas com aqueles que nessa altura o atacaram e hoje o voltam a fazer.
Digamos que tudo assenta numa hipocrisia quase global, de parte a parte diga-se, só explicável nos meandros mais obscuros e menos politicamente correctos de que é feita grande parte da diplomacia, fundamentada no superior interesse das economias ocidentais e não só, movidas, repito, pelo poder do petróleo.
Seja como for e analisando esta investida do ponto de vista mais caro ao Pássaro de Ferro, temos que a história já se escreveu quando os aviões Panavia Tornado ingleses estabeleceram um novo máximo de distância para lançar um ataque a partir da base-mãe (cerca de 5 mil quilómetros), ou os caças franceses Rafale tenham feito a sua estreia em combate, abrindo as hostilidades.
Vamos esperar para ver a evolução da situação sendo que será de prever e desejar - conceda-se - que desta feita, Kadafi ceda perante a força internacional mas, sobretudo, pela força do seu próprio povo que, finalmente, estará a "abrir os olhos" perante o país e a vida que um ditador e "senhor" lhes construiu ao longo de décadas, sob as mais variadas vestes.

Nota: Este texto e a opinião nele expressa apenas vinculam o seu autor.

sábado, 19 de março de 2011

FORCEVAL 2011 (M482-11PM/2011)

Avaliadores nacionais durante um treino para o FORCEVAL

Durante a semana de 7 a 12 de Março de 2011, realizou-se no AM1 o FORCEVAL 2011, exercício que visa aquilatar os níveis de prontidão e eficiência das forças atribuídas à NATO, segundo os padrões estabelecidos por esta organização.
Assim, e como culminar de aproximadamente um ano de preparação, as Esquadras 201 e 301 da FA, foram submetidas a um intenso e rigoroso escrutínio por parte dos delegados da NATO, que visou avaliar as capacidades destas esquadras, bem como da logística associada para as destacar numa base avançada em ambiente hostil. Nesse sentido foram por isso avaliadas independentemente as áreas de Comando e Controlo, Operações, Logística e Protecção de Força para um destacamento autónomo das referidas esquadras.
Na avaliação são montados vários cenários críticos hipotéticos, tais como ataques inimigos com armas nucleares, químicas ou biológicas (NRBQ), acidentes, primeiros socorros, etc, tendo as forças sob avaliação que responder de modo adequado a cada situação.
Esta avaliação é realizada periodicamente com as forças atribuídas por cada país à NATO e foi realizada pela última vez em Portugal em 2003, então apenas direccionada à Esquadra 201 - Falcões.
Desta avaliação resultou que receberam ambas as Esquadras a Certificação NATO de "Mission Capable" (certificação mais alta concedida pela NATO), estando por isso doravante Falcões e Jaguares aptos a desempenhar operacionalmente, qualquer das missões que lhe possam ser atribuídas na qualidade de High Readiness Forces, dentro da Aliança Atlântica.

quinta-feira, 17 de março de 2011

PORTUGUESE NIGHT HUNTERS - Air Forces Monthly (M481-10PM/2011)


Encontra-se finalmente à venda no mercado nacional a revista Air Forces Monthly (Reino Unido), edição de Abril de 2011, que contém o artigo produzido pelo "comando" do Pássaro de Ferro, intitulado "Portuguese Night Hunters".
Com texto de António Luís e fotos de Paulo Mata, o artigo agora publicado na revista de aviação de maior divulgação em todo o mundo, é a adaptação para a língua inglesa do texto publicado na Mais Alto nº385, sobre as operações nocturnas da Esquadra 301- Jaguares.
A revista Air Forces Monthly pode ser encontrada em quiosques ou tabacarias que recebam regularmente imprensa estrangeira, bem como na cadeia de lojas "Yellows" entre outras.

domingo, 13 de março de 2011

A AJUDA QUE VEM DO CÉU - "Para que outros vivam!" (M480-12AL/2011)

EH-101 Merlin sobre o atlântico, na costa Sul da Ilha da Madeira, rumo ao Hospital do Funchal.

Recentemente, a Esquadra 751 comemorou 2500 vidas salvas.
Certamente que, entre elas, algumas o foram na RAM - Região Autónoma da Madeira, através do destacamento daquela unidade no Aeródromo de Manobra nº3, na Ilha de Porto Santo.
É frequente ver o EH-101 Merlin a cruzar o mar, rumo ao Hospital do Funchal, evacuando doentes e/ou feridos; em buscas na costa - recentemente durante os temporais no mar em Fevereiro passado - mas sendo sempre uma esperança e um conforto que os ilhéus e a sua condição "isolada" mantêm, ainda que muitas vezes no seu subconsciente.
O Helicóptero assume um papel vital na qualidade de vida destas pessoas. Elas sabem que está ali um meio aéreo pronto para a ajuda. O temporal de 20 de Fevereiro de 2010, na sua carga dramática, teve o Merlin como um dos pilares nas operações de socorro e viram-se rostos que o olhavam como se por ele, o céu lograsse dar uma trégua e a esperança voasse sobre as águas velozes e barrentas das ribeiras, sobrevivendo à sua fúria devastadora.
Há sempre a certeza que estão ali, perto, homens permanentemente prontos para a ajuda, enfrentando, muitas vezes, condições climatéricas adversas e a brutalidade do relevo, sobretudo o da Ilha da Madeira, nunca relegando das suas mentes e da sua acção o seu lema: "Para que outros vivam!"

quarta-feira, 9 de março de 2011

PASSATEMPO "100 MIL" (M479-11AL/2011)

Muito provavelmente o Pássaro de Ferro cruzará, durante o dia de amanhã, os 100 mil visitantes únicos.
Para o assinalar de forma mais interactiva, lançamos uma espécie de "passatempo" em que ao visitante número 100 mil será dada a oportunidade de poder publicar no Pássaro de Ferro, um texto e fotos sobre um tema da sua preferência, obviamente ligado à aviação.
Para tal, basta que o visitante corra a página principal do Pássaro de Ferro até ao final, onde encontrará o "sitemeter" com o número de visitante.
O leitor que conseguir "gravar" a imagem do 100 000 - clicando com o botão direito do rato e guardando a imagem no seu disco - deverá depois enviá-la por email para: passarodeferro@gmail.com, identificando-se e, depois de verificados com exactidão os detalhes do visitante 100 mil, a partir daí, iniciar-se-á a dinâmica já explicada.
Acresce também que o visitante 100 mil terá direito a uma fotografia impressa - em  grande formato -  à sua escolha, de entre as publicadas no Pássaro de Ferro e da autoria do Paulo Mata.
Esperamos a vossa colaboração para, de uma forma dinâmica e intercativa, assinalarmos o momento com aqueles que nos lêem e vêem!
Desde já o nosso MUITO OBRIGADO A TODOS os que nos visitam!

O "Comando" do Pássaro de Ferro.
António "Sniper" Luís
Paulo "Wildething" Mata

terça-feira, 8 de março de 2011

CAMPO DE TREINO DE ACROBACIA (M478-9PM/2011)


Mais uma vez com a ajuda de Nicolas Ivanoff, piloto das Red Bull Air Races,  realizou-se mais um training camp de acrobacia aérea no nosso país. Com início na passada Quinta-feira e fim no Domingo, os elementos da selecção nacional treinaram mais uma vez tendo em vista a segunda participação no Mundial da especialidade.
O aeródromo que acolheu os pilotos e aeronaves foi, desta vez, o de Santa Cruz - Torres Vedras, tendo-se realizado ainda, ao longo dos vários dias, outras iniciativas, tais como um debate sobre a modalidade, com participação de comunicação social, pilotos, elementos de associações de spotters e entusiastas de aviação e entidades reguladoras.
No fim de semana realizou-se ainda a segunda parte do curso de juízes de provas de acrobacia e um Spotters day no Sábado, no qual estiveram presentes elementos das duas associações nacionais.
A selecção nacional pretende realizar ainda mais três campos de treino com Nicolas Ivanoff até ao Mundial em Agosto, na Eslováquia.

quinta-feira, 3 de março de 2011

SEMPRE O A-7P (M477-10AL/2011)

Mais uma mão cheia de imagens do velho "SLUF - Short Litle Ugly Fellow" da Força Aérea Portuguesa, um avião que, quase uma dúzia de anos depois de ter deixado os céus nacionais, continua a ser uma das marcas mais impressivas e sobre a  qual mais se escreve, relativamente à aviação militar nacional.


O A-7P s/n 5527, ainda com a numeração e marcas originais, estacionado num dos "shelters" da zona Alfa 1, rodeado da respectiva panóplia de armamento, típica daquela altura e um ícone incontornável do tempo da "guerra fria". De notar que este aparelho apresenta, tal como muitos outros na altura, a ausência das estações do meio.
Até hoje, nunca se soube com certeza, o porquê da retirada temporária desta estação das asas da frota.
Fica, obviamente o repto lançado aos nossos leitores, no sentido de esclarecer o assunto.

 Mais uma foto obtida na Alfa 1, de um A-7P.

O A-7P s/n 5522 em Monte Real. De notar a presença do símbolo da Esquadra 304 - Magníficos na cauda do avião, por cima do número de matrícula, uma vez mais ainda com os dígitos "arredondados", originais dos primeiros tempos da frota e com que foram entregues pela Vought a Portugal.

O A-7P s/n 5532, com as marcas originais de fábrica, os números de matrícula "arredondados" e sem número nas portas do trem traseiro, estacionado na zona Bravo 1, frente à manutenção, na BA5 - Monte Real.

Fotos da autoria de um antigo militar da BA5, obtidas em meados da década de oitenta, quando os A-7P preenchiam os espaços e os sons de Monte Real e dominavam, em tons verde-castanho, os céus de Portugal.
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Nota: Fotos cedidas por um antigo militar da BA-5 - Andrade - via Paulo Moreno a quem o Pássaro de Ferro agradece, uma vez mais.

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