O Pássaro de Ferro, através da preciosa colaboração do Filipe Charana, marcou presença na cerimónia de apresentação oficial da plataforma C-295M "VIMAR", ocorrida ontem, dia 19 de Abril, na Base Aérea nº 6, no Montijo e da qual apresentamos a reportagem que se segue.
Lado a lado, o C-212-300 Aviocar e o C-295M "VIMAR"
A Comandante da Esquadra 502 "Elefantes", TCor Pilav Diná Azevedo fazendo a apresentação da aeronave que abaixo se transcreve.
Apresentação da plataforma C-295M pela TC Pilav Diná Azevedo:
«O Estado Português optou por uma solução que garante as provisões básicas dos equipamentos fixas nas aeronaves, colocando em “kits” amovíveis os equipamentos específicos de cada missão sendo possível utilizar todas as aeronaves em missões de:
• transporte aéreo,
• busca e salvamento
• evacuações aeromédicas.
Ao nível das capacidades e características o C-295M, em configuração VIMAR tem uma autonomia de aproximadamente 9 horas com uma velocidade de cruzeiro de 240 Kts e uma altitude de operação até 25,000fts, enquadrando-se na categoria de longo alcance.
A estas capacidades associamos tecnologia de última geração, com sistemas de comunicação assentes em equipamentos que usam a banda de VHF e UHF para curtas distâncias e HF para distâncias muito longas, podendo também ser utilizadas para transmissão de dados, tais como texto e imagem fotográfica e vídeo.
Para qualquer outro cenário o C-295 pode utilizar também a capacidade satélite à distância de um telefone ou de uma linha de internet. Para garantir a protecção destas comunicações o conjunto incorpora capacidades de agilidade de frequências e encriptação.
O seu sistema de navegação é baseado também na mais recente tecnologia cumprindo com todos os requisitos de navegação aérea na Europa e no espaço aéreo Norte-Americano.
A estas capacidades associamos tecnologia de última geração, com sistemas de comunicação assentes em equipamentos que usam a banda de VHF e UHF para curtas distâncias e HF para distâncias muito longas, podendo também ser utilizadas para transmissão de dados, tais como texto e imagem fotográfica e vídeo.
Para qualquer outro cenário o C-295 pode utilizar também a capacidade satélite à distância de um telefone ou de uma linha de internet. Para garantir a protecção destas comunicações o conjunto incorpora capacidades de agilidade de frequências e encriptação.
O seu sistema de navegação é baseado também na mais recente tecnologia cumprindo com todos os requisitos de navegação aérea na Europa e no espaço aéreo Norte-Americano.
Adicionalmente o Radar Frontal que equipa toda a frota, em conjugação com o Digital Moving Map, permite a operação táctica deste sistema de armas a baixa altitude, mesmo em condições de reduzida visibilidade.
Estes sistemas estão integrados pelos computadores de bordo e são apresentados aos pilotos através de um Glass Cockpit, permitindo o cumprimento de:
Missões em condições de voo visual a baixa altitude; Missões em condições de voo por instrumentos com operação a todo o tempo e missões em que a discrição é essencial para o sucesso da mesma ou para optimização da detecção de objectivos, como na Busca e Salvamento e Vigilância Marítima apoiadas pelo sistema de óculos de visão nocturna mesmo em cenários hostis.
Como tal, com estas características e capacidades, materializadas por uma avançada tecnologia embarcada, o C295 VIMAR permitirá a execução mais eficiente de importantes missões de Vigilância Marítima tais como a fiscalização das pescas, a detecção de actividades ilícitas no alto-mar ou na orla costeira, o controlo do tráfego marítimo, a detecção e controlo de poluição marítima, assim como o apoio a missões militares em ambiente marítimo.
Em termos de configurações, o desenho interior desta aeronave assenta em “kits“ amovíveis permitindo reconfigurar rapidamente o C295 conforme os tipos e características das missões a executar ou mesmo usar várias configurações na mesma aeronave.
No caso específico das missões de Vigilância existe uma área destinada à operação das consolas pelos operadores. Nesta área estão colocadas 2 estações de trabalho, complementares e redundantes, configuradas para explorar e gerir todas as capacidades dos sensores optimizando e potenciando os resultados obtidos através da integração dos dados recolhidos e constituindo o vector embarcado do sistema de missão. O outro vector, não menos importante, é composto por estação de trabalho em terra, que assegura a concretização das acções de planeamento comunicação e processamento pós missão.
No caso específico das missões de Vigilância existe uma área destinada à operação das consolas pelos operadores. Nesta área estão colocadas 2 estações de trabalho, complementares e redundantes, configuradas para explorar e gerir todas as capacidades dos sensores optimizando e potenciando os resultados obtidos através da integração dos dados recolhidos e constituindo o vector embarcado do sistema de missão.
O outro vector, não menos importante, é composto por estação de trabalho em terra, que assegura a concretização das acções de planeamento comunicação e processamento pós missão.
Um pouco atrás encontramos uma área de trabalho constituída por 4 cadeiras e uma mesa e ainda uma palete de observação, em tudo igual à utilizada para a configuração de Busca e Salvamento.
Esta configuração ampliada pela instalação na rampa de uma estrutura para o lançamento de balsas salva vidas concretiza a utilização de configurações múltiplas na mesma aeronave (neste caso Vigilância Marítima e Busca e Salvamento) aumentando significativamente a eficiência da exploração operacional deste meio.
Desta forma, em cada missão de Vigilância, é possível reforçar o dispositivo de Busca e Salvamento, que emprega permanentemente três aeronaves e as suas tripulações 24 horas por dia, 7 dias por semana ao longo de todo o ano, no Continente, Açores e Madeira.
Por estas razões, o C295M é sem dúvida um dos sistemas de armas mais versáteis da Força Aérea Portuguesa, garantindo uma elevada interoperabilidade e eficiência na execução do vasto leque de missões atribuídas
Tal como já referido, dois dos C-295 VIMAR têm também a possibilidade de integrar uma plataforma de fotografia aérea, a qual entre outras capacidades permite a recolha de informação para o mapeamento e construção de uma base de dados de imagem de terreno a alta e baixa altitude.
No que respeita aos sensores mais significativos e essenciais ao apoio, à detecção, classificação e avaliação de alvos em ambiente marítimo,fazem parte: o sensor eletro-óptico; RADAR que se encontra localizado na barriga do avião, sendo suas principais capacidades:
Estes sistemas estão integrados pelos computadores de bordo e são apresentados aos pilotos através de um Glass Cockpit, permitindo o cumprimento de:
Missões em condições de voo visual a baixa altitude; Missões em condições de voo por instrumentos com operação a todo o tempo e missões em que a discrição é essencial para o sucesso da mesma ou para optimização da detecção de objectivos, como na Busca e Salvamento e Vigilância Marítima apoiadas pelo sistema de óculos de visão nocturna mesmo em cenários hostis.
Como tal, com estas características e capacidades, materializadas por uma avançada tecnologia embarcada, o C295 VIMAR permitirá a execução mais eficiente de importantes missões de Vigilância Marítima tais como a fiscalização das pescas, a detecção de actividades ilícitas no alto-mar ou na orla costeira, o controlo do tráfego marítimo, a detecção e controlo de poluição marítima, assim como o apoio a missões militares em ambiente marítimo.
Em termos de configurações, o desenho interior desta aeronave assenta em “kits“ amovíveis permitindo reconfigurar rapidamente o C295 conforme os tipos e características das missões a executar ou mesmo usar várias configurações na mesma aeronave.
No caso específico das missões de Vigilância existe uma área destinada à operação das consolas pelos operadores. Nesta área estão colocadas 2 estações de trabalho, complementares e redundantes, configuradas para explorar e gerir todas as capacidades dos sensores optimizando e potenciando os resultados obtidos através da integração dos dados recolhidos e constituindo o vector embarcado do sistema de missão. O outro vector, não menos importante, é composto por estação de trabalho em terra, que assegura a concretização das acções de planeamento comunicação e processamento pós missão.
No caso específico das missões de Vigilância existe uma área destinada à operação das consolas pelos operadores. Nesta área estão colocadas 2 estações de trabalho, complementares e redundantes, configuradas para explorar e gerir todas as capacidades dos sensores optimizando e potenciando os resultados obtidos através da integração dos dados recolhidos e constituindo o vector embarcado do sistema de missão.
O outro vector, não menos importante, é composto por estação de trabalho em terra, que assegura a concretização das acções de planeamento comunicação e processamento pós missão.
Um pouco atrás encontramos uma área de trabalho constituída por 4 cadeiras e uma mesa e ainda uma palete de observação, em tudo igual à utilizada para a configuração de Busca e Salvamento.
Esta configuração ampliada pela instalação na rampa de uma estrutura para o lançamento de balsas salva vidas concretiza a utilização de configurações múltiplas na mesma aeronave (neste caso Vigilância Marítima e Busca e Salvamento) aumentando significativamente a eficiência da exploração operacional deste meio.
Desta forma, em cada missão de Vigilância, é possível reforçar o dispositivo de Busca e Salvamento, que emprega permanentemente três aeronaves e as suas tripulações 24 horas por dia, 7 dias por semana ao longo de todo o ano, no Continente, Açores e Madeira.
Por estas razões, o C295M é sem dúvida um dos sistemas de armas mais versáteis da Força Aérea Portuguesa, garantindo uma elevada interoperabilidade e eficiência na execução do vasto leque de missões atribuídas
Tal como já referido, dois dos C-295 VIMAR têm também a possibilidade de integrar uma plataforma de fotografia aérea, a qual entre outras capacidades permite a recolha de informação para o mapeamento e construção de uma base de dados de imagem de terreno a alta e baixa altitude.
No que respeita aos sensores mais significativos e essenciais ao apoio, à detecção, classificação e avaliação de alvos em ambiente marítimo,fazem parte: o sensor eletro-óptico; RADAR que se encontra localizado na barriga do avião, sendo suas principais capacidades:
- uma cobertura de 360° com um alcance até 200NM;
- capacidade de apresentar até 1000 alvos
- seguir até 250, segundo diferentes modos de classificação e de imagem, detectando e acompanhando automaticamente alvos Marítimos e Aéreos; reconhecendo a assinatura radar dos diferentes alvos de interesse o que permite recolher as suas dimensões e recolhendo imagem de alta resolução através do Modo SPOT SAR.
Um outro equipamento importante é o sensor RF Scanner.
Este equipamento permite uma busca automática de frequências na gama apresentada, incluindo Banda Marítima e com capacidade de gravação para posterior análise.
Ao ser detectada uma frequência, esta pode ser introduzida no equipamento Direction Finding permitindo obter a localização do transmissor.
Um outro equipamento importante é o sensor RF Scanner.
Este equipamento permite uma busca automática de frequências na gama apresentada, incluindo Banda Marítima e com capacidade de gravação para posterior análise.
Ao ser detectada uma frequência, esta pode ser introduzida no equipamento Direction Finding permitindo obter a localização do transmissor.
• Sob a asa esquerda do C-295M é possível também instalar um farol de Busca para as missões que decorrem em ambiente nocturno.
• Para detecção de poluição esta aeronave está equipada com um Termómetro de precisão.
O sistema integra ainda outros sensores, mais tradicionais, tais como:
- Uma câmara de vídeo e fotográfica com registo de coordenadas, data e hora;
e um conjunto de binóculos giro-estabilizados.
Assim, na costa de Portugal continental, podemos cobrir aproximadamente 1400 NM, com combustível para 3 horas sobre alvos suspeitos.
- Uma câmara de vídeo e fotográfica com registo de coordenadas, data e hora;
e um conjunto de binóculos giro-estabilizados.
Assim, na costa de Portugal continental, podemos cobrir aproximadamente 1400 NM, com combustível para 3 horas sobre alvos suspeitos.
No arquipélago dos Açores, que pode ser dividido em 2 partes, norte e sul, podemos cobrir cerca de 1600 NM, com combustível para 2 horas sobre alvos suspeitos ou 1 hora, se o interesse for a cobertura da área total com um plano de voo para mais de 1800 NM
No cenário da Madeira, conseguimos permanecer sobre os alvos aproximadamente 2 horas considerando as 1600 NM da rota.
O último exemplo realça a rota Lisboa – Madeira a Sudeste da nossa Zona Económica Exclusiva, onde as mais previsíveis ameaças poderão surgir no que diz respeito a actividades ilícitas, tais como a imigração ilegal proveniente do Norte de África.
No cenário da Madeira, conseguimos permanecer sobre os alvos aproximadamente 2 horas considerando as 1600 NM da rota.
O último exemplo realça a rota Lisboa – Madeira a Sudeste da nossa Zona Económica Exclusiva, onde as mais previsíveis ameaças poderão surgir no que diz respeito a actividades ilícitas, tais como a imigração ilegal proveniente do Norte de África.
• Por fim e em jeito de conclusão estamos convictos que Portugal adquiriu um sistema de armas:
• Moderno; Multirole; capaz de voar no espaço aéreo sem restrições com equipamentos state-of-the-art e com um excelente conjunto de comunicações para qualquer cenário.
• O C295M possui ainda a capacidade de efectuar missões em ambientes semi-permissivos, nos quais é exigida uma operação discreta … isto é “ver sem ser visto”
Desta forma, a aposta na modernização da plataforma aérea da Vigilância Marítima, não foi apenas ganha pelo incremento das capacidades dos sensores embarcados, mas também, por uma economia de recursos financeiros, visto que com o mesmo valor, o C295 em relação ao seu antecessor, triplica a área coberta.»
• Moderno; Multirole; capaz de voar no espaço aéreo sem restrições com equipamentos state-of-the-art e com um excelente conjunto de comunicações para qualquer cenário.
• O C295M possui ainda a capacidade de efectuar missões em ambientes semi-permissivos, nos quais é exigida uma operação discreta … isto é “ver sem ser visto”
Desta forma, a aposta na modernização da plataforma aérea da Vigilância Marítima, não foi apenas ganha pelo incremento das capacidades dos sensores embarcados, mas também, por uma economia de recursos financeiros, visto que com o mesmo valor, o C295 em relação ao seu antecessor, triplica a área coberta.»
Alocução do Ministro da defesa, Augusto Santos Silva
Augusto santos Silva, Ministro da Defesa, o General CEMFA, José Pinheiro e o Comandante Aéreo da Força Aérea, General José Tareco.
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Nota: O Pássaro de Ferro agradece ao Filipe Charana pela cedência das fotografias e da informação para a elaboração deste trabalho.
Aconselha-se, também, a consulta deste trabalho, relativo à plataforma C-295.
Aconselha-se, também, a consulta deste trabalho, relativo à plataforma C-295.
2 Comentários:
Ena, ena!!!
Haverá também um comandante terrestre da Força Aérea?
Bom, aconselho-o a ler este link: http://www.emfa.pt/www/biografia.php?lang=pt&cod=ca
Cumprimentos.
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