Saiu hoje o primeiro número de uma colecção da Altaya “Aviões de Combate a Jacto”, que tem o apoio da Força Aérea e do Museu do Ar. A colecção tem 60 fascículos e tem vários jactos de combate da FAP. A ideia foi boa e começou hoje com o Fiat G.91.
O que me espanta é como é que uma colecção que teve o apoio de gente da Força Aérea tenha erros grosseiros na abordagem que faz do Fiat. Ao ler o fascículo com atenção reparei nos seguintes:
1- Diz o fascículo que o Fiat foi seleccionado pela comissão de avaliação da OTAN em Junho de 1955.
1- Diz o fascículo que o Fiat foi seleccionado pela comissão de avaliação da OTAN em Junho de 1955.
Falso – O Fiat foi escolhido pela OTAN em Janeiro de 1958. O que aconteceu em Junho de 1955 foi a adopção pela Itália do avião, antes das conclusões da avaliação.
2- Diz o fascículo que um acidente com um dos protótipos levou ao cancelamento das encomendas de vários países (França e Grã-Bretanha).
Falso – O acidente de Fevereiro de 1957, não teve nada a ver com o cancelamento da França, que chegou a encomendar a versão R/2. A França cancelou porque optou por desenvolver os seus próprios modelos de fabrico nacional. Quanto à Grã-Bretanha nunca encomendou o Fiat, forneceu foi o motor.
3- Diz o fascículo que o G.91 foi comprado para substituir o velho F-86.
Falso – O G.91 foi substituir apenas os F-86s que tinham estado na Guiné, mas não foi comprado para substituir o F-86 até porque o F-86 era um interceptor e o Fiat um avião de apoio táctico.
4- Diz o fascículo que o Fiat combateu em Angola a FNLA, UNITA e MPLA.
Falso – O G.91 apenas foi usado uma vez em Angola em combate e foi contra a FLEC em Cabinda.
5- Diz o fascículo que na metrópole o Fiat operou a partir de Tancos BA3.
Falso – Na metrópole o G.91 estava sedeado em Monte Real BA5.
Um erro ainda no poster central na parte do armamento. Diz que o Fiat podia carregar até 227 kg de armamento.
Falso – O Fiat podia levar uma carga externa de 1500 libras (680 kg). Em cada uma das estações internas podia levar 750 libras (340 kg), enquanto que em cada uma das externas podia levar 250 libras (113 kg). No entanto, o uso de armamento nas estações externas limitava a carga das estações internas a 500 libras (226 kg) em cada uma, o que dava na totalidade 1500 libras (680 kg) pelas 4 estações.
Finalmente uma nota muito positiva para o trabalho do Paulo Alegria e do Miguel Amaral, grandes ilustradores do Fiat.
2- Diz o fascículo que um acidente com um dos protótipos levou ao cancelamento das encomendas de vários países (França e Grã-Bretanha).
Falso – O acidente de Fevereiro de 1957, não teve nada a ver com o cancelamento da França, que chegou a encomendar a versão R/2. A França cancelou porque optou por desenvolver os seus próprios modelos de fabrico nacional. Quanto à Grã-Bretanha nunca encomendou o Fiat, forneceu foi o motor.
3- Diz o fascículo que o G.91 foi comprado para substituir o velho F-86.
Falso – O G.91 foi substituir apenas os F-86s que tinham estado na Guiné, mas não foi comprado para substituir o F-86 até porque o F-86 era um interceptor e o Fiat um avião de apoio táctico.
4- Diz o fascículo que o Fiat combateu em Angola a FNLA, UNITA e MPLA.
Falso – O G.91 apenas foi usado uma vez em Angola em combate e foi contra a FLEC em Cabinda.
5- Diz o fascículo que na metrópole o Fiat operou a partir de Tancos BA3.
Falso – Na metrópole o G.91 estava sedeado em Monte Real BA5.
Um erro ainda no poster central na parte do armamento. Diz que o Fiat podia carregar até 227 kg de armamento.
Falso – O Fiat podia levar uma carga externa de 1500 libras (680 kg). Em cada uma das estações internas podia levar 750 libras (340 kg), enquanto que em cada uma das externas podia levar 250 libras (113 kg). No entanto, o uso de armamento nas estações externas limitava a carga das estações internas a 500 libras (226 kg) em cada uma, o que dava na totalidade 1500 libras (680 kg) pelas 4 estações.
Finalmente uma nota muito positiva para o trabalho do Paulo Alegria e do Miguel Amaral, grandes ilustradores do Fiat.