Termino o ano com a história em que estou a trabalhar neste momento. Durante grande parte da guerra ultramarina, os caças a jacto da Força Aérea foram decisivos em todas as frentes de combate e praticamente intocáveis até ao aparecimento do míssil Strela na Guiné, que limitou seriamente o uso do poder aéreo. Além do Strela, começou também a surgir a ameaça de uma possível intervenção de aviões MiG-17 da Guiné-Conacri, país vizinho da colónia, o que levou a Força Aérea e o governo português a procurar um novo avião de combate capaz de dar resposta a estas novas ameaças. A escolha recaiu no caça supersónico francês Mirage, capaz de executar tanto missões de combate aéreo como de ataque terrestre. No entanto, as negociações entre os dois países seriam difíceis com a França a levantar várias restrições quanto ao uso dos aviões em África. Já tinha contado uma parte desta história na revista Mais Alto nº 385, mas agora fiz uma pesquisa no arquivo francês do Ministério dos Negócios Estrangeiros e descobri os meandros da negociação até a designação da versão portuguesa: Mirage IIIEPL. É uma história para publicar em 2012.
sábado, 31 de dezembro de 2011
O negócio secreto dos Mirage (M578 - 13JM/2011)
sábado, 31 de dezembro de 2011 às 18:13
18:13
Jose Matos
No comments
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
PARA LER (M577 - 45PM/2011)
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011 às 01:49
01:49
Paulo Mata
1 comment
Encerrando o ano de 2011 foram levados à estampa mais dois artigos assinados pela equipa do "Comando" do Pássaro de Ferro (António Luís e Paulo Mata) em outras tantas publicações.
Na revista Mais Alto, edição nº394 de Nov/Dez 2011, o artigo intitulado "Voos de Experiência e Voos de Teste na Força Aérea Portuguesa", que pretende desmistificar e aclarar as diferenças entre estes dois tipos de voo muito específicos e amiúde confundidos. Inclui fotos inéditas de F-16 em voo em pintura primária (amarela). Nesta mesma edição e tal como comentado anteriormente, foi também publicada a primeira parte do artigo "A saga do Sabre Mk.6" da autoria de José Matos, colaborador do Pássaro de Ferro.
Na revista Fuerza Aérea (Espanha) foi publicado na edição de Dezembro 2011 o artigo "Las Garras del Jaguar" em seis páginas profusamente ilustradas com fotos de missões nocturnas da Esquadra 301- Jaguares.
Ficam por isso as sugestões de leitura para quem tenha acesso às referidas publicações.
No início de 2012 haverá mais novidades!
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
"DUTCH SPECIAL ONE" EM 2004 - (M576-40AL/2011)
terça-feira, 27 de dezembro de 2011 às 22:57
22:57
António Luís
No comments
Mais uma série de fotografias obtidas durante o FWIT2004, ocorrido em Leeuwrden, Holanda e do qual o Pássaro de Ferro já deu conta em várias edições.
Desta feita, uma edição especial alusiva ao F-16AM holandês, um dos aparelhos já tradicionais naquela arma aérea e que, por norma, arranca fantásticas exibições aéreas, um pouco por toda Europa. Este aparelho iniciou as suas demonstrações em 2003 e manteve-se em ação como "embaixador" da Real Força Aérea Holandesa por mais alguns anos.
Várias aspetos da máquina, com destaque para o enorme bocal de exaustão que denuncia a também enorme potência do motor...
Várias aspetos da máquina, com destaque para o enorme bocal de exaustão que denuncia a também enorme potência do motor...
Outros detalhes...
O "posto de comando"!...
...E o merecido tributo ao autor destas fotos e de todas as já editadas no Pássaro de Ferro relativamente ao FWIT2004 e a NAM2003.
domingo, 25 de dezembro de 2011
QUANDO A AJUDA VEM DOS CÉUS (M571 - 44PM/2011)
domingo, 25 de dezembro de 2011 às 09:30
09:30
Paulo Mata
No comments
Apesar das crenças populares, o Pai Natal na realidade viaja de Alouette III e é Recuperador-Salvador na Força Aérea! |
Nesta época natalícia, nem só o Pai Natal chega dos céus. As equipas de busca e salvamento (SAR), Evacuação Aeromédica (MedEvac), e Patrulhamento Aéreo (QRA), continuam de prontidão para servir quando e onde necessário.
Só esta noite, duas missões de evacuação médica-sanitária foram efectuadas por aeronaves C295M Persuader da Força Aérea.
Esta é uma pequena homenagem do Pássaro de Ferro a todos os que passam o Natal longe da família para que o resto do país possa estar perto.
Bem-hajam e Feliz Natal!
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
PORTA-AVIÕES (M570 - 43PM/2011)
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011 às 01:41
01:41
Paulo Mata
No comments
Foto: US Navy/John E. Woods |
Foto: US Navy/Johnny Bivera |
Foto: US Navy/John E. Woods |
Foto: US Navy/Benjamin Crossley |
Foto: US Navy/James R. Evans |
Foto: US Navy/Benjamin Crossley |
Foto: US Navy/Benjamin Crossley |
Foto: US Navy/Benjamin Crossley |
Foto: US Navy/Benjamin Crossley |
Foto: US Navy/Kerryl Cacho |
Foto: US Navy/Kenneth Abbate |
Foto: US Navy/Kenneth Abbate |
Foto: US Navy/Will Tyndall |
Foto: US Navy/Jesse L. Gonzalez |
Foto: US Navy/Benjamin Crossley |
Os porta-aviões são porventura das estruturas mais complexas construídas pelo homem. É mesmo um lugar-comum dizer que são pequenas cidades flutuantes. Cidades com habitantes altamente especializados e organizados como colmeias.
Ir de missão num porta-aviões é algo como viver numa cidade
que é também uma máquina, que suporta outra máquinas menores que é preciso
cuidar e manter a funcionar. Os dias são longos e os meses ainda maiores
durante os destacamentos. Deixa-se tudo o que se conheceu a vida inteira para
viver na nave-mãe isolados do mundo exterior.
Há que dizer que não são lugares bonitos. São vasos de
guerra onde cada espaço tem uma utilização, cada pessoa tem uma função a
desempenhar. No convés de voo essas funções são identificáveis pelas cores dos
uniformes de trabalho.
Reina um caos organizado por essas cores, que dão
sentido aos gestos e aos rituais que se
desenrolam. Amarelo: movimentação de aeronaves. Branco: segurança e inspecção
de aeronaves. Verde: catapultas e cabos de travagem. Roxo: combustíveis.
Castanho: crewchief de aeronave individual. Azul: elevadores e parqueadores de
aeronaves. Vermelho: armas e munições. Prateado: bombeiros.
Podia até dizer-se que um porta-aviões não é um lugar bonito. Mas haveria de certeza quem não concordasse.
Foto: US Navy/James Evans |
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Histórias de aviões
terça-feira, 20 de dezembro de 2011 às 01:36
01:36
Jose Matos
No comments
Canadair F-86 Mk6 Sabre Foto: Royal Canadian AF |
Em tempos Georges Duby escreveu que a história é, antes de mais nada, um divertimento, ou seja, que o historiador sempre escreveu por prazer e para dar prazer aos outros. Há alguma verdade nisto, mas a história é também uma forma de revelar o passado obscuro. Quando pegamos na história de um avião é isso que fazemos. Revelamos um pouco do seu passado daquilo que poucos sabem. E há depois a revelação de descobrirmos algo que se passou nos bastidores, que não veio a público e que foi apenas vivido pelos protagonistas. Por isso, gosto de escrever histórias sobre aviões, não só pelo prazer da história, mas também pela revelação.
NR: Publicada na revista Mais Alto de Nov/Dez 2011, a primeira parte de um artigo de José Matos sobre a aquisição do F-86 Mk6 para a Força Aérea Portuguesa nos anos 60, que nunca viria a concretizar-se. A não perder!
domingo, 18 de dezembro de 2011
GANHAR ASAS (M569 - M39AL/2011)
domingo, 18 de dezembro de 2011 às 03:50
03:50
António Luís
No comments
Recentemente, numa incursão a Monte Real, tive a oportunidade de fotografar algumas aproximações à pista, protagonizadas por dois aviões Epsilon TB-30 da Esquadra 101.
Aqueles pequenos grandes aviões que voam com a bandeira nacional e a Cruz de Cristo há mais de 20 anos são a base das aprendizagens do voo para os futuros pilotos da Força Aérea. São aviões que marcam os pilotos, que formam homens militares, porque é neles e por eles que se consubstancia uma vontade que tem o céu como limite. E o céu é infinito, pois claro!...
Portanto, muito antes de vermos aviões como os F-16 ou o C-130 ou helicópteros como o EH-101 em evolução e no cumprimento eficaz e tão importante das respetivas missões, nem sempre nos lembramos que antes de tudo isso, os candidatos a pilotos treinam o voo no pequeno Epsilon.
Por isso, vistas bem as coisas, ou vistas sob um ângulo não tão imediato, o Epsilon é dos aviões mais importantes da Força Aérea Portuguesa, bem como a Esquadra que o opera. Sem um e outra, nada é possível da forma tão eficaz .
Aproximação à pista 19 de Monte Real, com o aluno no banco de trás, "cego e às voltas com as agulhas e os instrumentos", numa situação típica da instrução nos novos pilotos.
Subida do 11418 aos céus, depois de um "low aproach Ronco" à pista 01 da BA5 de Monte Real.
Mais um "low aproach" à 19, com um céu entre o plúmbeo e o azul...
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
NEGÓCIOS DA CHINA (M568 - 42PM/2011)
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011 às 08:57
08:57
Paulo Mata
No comments
Três J-11B em voo Foto: Associated Press |
Um ano após o colapso da União Soviética, um Kremlin
descapitalizado começou a vender à China grande parte do seu arsenal militar,
incluindo a então jóia da coroa da Força Aérea Russa, o Sukhoi Su-27.
Durante os 15 anos subsequentes, a Rússia foi o maior
fornecedor de armas da China, fornecendo 20 a 30 mil milhões de dólares em caças,
contratorpedeiros, submarinos, carros de combate, mísseis e parte de um porta-aviões. Venderam ainda a
Pequim uma licença para fabricar o Su-27, ainda que com componentes fabricados
na Rússia.
Hoje em dia o filão militar da Rússia acabou e o Chinês foi
recentemente descoberto.
Após décadas de importação e de desmontagem do armamento
russo, a China atingiu o ponto de inflexão: Já consegue fabricar as suas próprias
armas avançadas, incluindo caças de alta tecnologia como o Su-27 e o porta-aviões está em fase de conclusão.
Os engenheiros chineses não só clonaram os aclamados aviónicos
e radar do Su-27, como já fabricaram a última peça do puzzle: um motor chinês.
O J-11B, clone do Su-27, colocou a Rússia perante um dilema:
continuar a vender armamento à China e arriscar ser clonado também, ou parar e
perder definitivamente um mercado ainda lucrativo. Inicialmente a opção foi a segunda, ao cancelar a venda do
Su-33, versão do Su-27 com asas dobráveis para utilização em porta-aviões. Entretanto
contudo, as negociações foram reatadas, apesar da rejeição da proposta chinesa
que contemplava a compra de apenas duas unidades e insistindo numa encomenda
maior.
A posição da Sukhoi no entanto é firme e acredita que não só
a China acabará por comprar um largo número de Su-33, como também de Su-35, a versão melhorada do
Su-27 se o J-11B não se revelar fiável, tal como prevêem. Segundo Sergei Sergeev, director da
Sukhoi, "Uma coisa é fazer uma cópia de boa qualidade de uma colher, mas
outra muito diferente é fazê-la de um avião".
Uma coisa é certa, enquanto entre 2001 e 2008 a China comprou 16 mil
milhões de dólares em armamento russo, representando 40% das exportações de
armamento daquele país, nos últimos 3
anos de Pequim não chegou a Moscovo nenhuma encomenda importante. Agora a China
começa a exportar muita da sua própria produção de armamento, ultrapassando a Rússia
nos países em vias de desenvolvimento, e potencialmente alterando o equilíbrio
militar em vários pontos nevrálgicos do mundo, como Taiwan, Sudão, Irão e todo
o Sul da Ásia.
A China começa a mostrar-se em feiras de material militar em
que nunca tinha comparecido antes. A diferença está em que há 15 anos não
tinham nada para mostrar, enquanto actualmente oferecem tecnologia razoável a
um preço razoável.
Em 2009, num concurso para aquisição de caças em Myanmar
entre o JF-17 chinês e os Mig-29 russos, o Mig-29 acabaria por vencer mas por valores
inferiores aos inicialmente pedidos pelos russos. Já em 2010, num concurso no
Egipto com os mesmo concorrentes, a China ofereceu o JF-17 por menos 10 milhões
de dólares que os Mig-29 russos. A partir deste episódio o Kremlin pondera
suspender o fornecimento de motores russos
para o J-11B.
Entre os potenciais compradores de caças de fabrico chinês
estão Sri Lanka, Bangladesh, Venezuela, Nigéria, Marrocos e a Turquia. Até ao
momento a China tem cumprido os embargos de armas ao Irão, mas é impossível
adivinhar o que o futuro trará.
A entrada em funcionamento do porta-aviões chinês para já, vai
colocar à prova a supremacia dos EUA no Pacífico ocidental.
Porta-aviões chinês em testes de mar a 8/12/2011 Foto: AP Photo/DigitalGlobe |
Fonte: The Wall
Street Journal
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
MISSÕES DE SALVAMENTO 13/12/2011 (M567 - 41PM/2011)
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011 às 22:14
22:14
Paulo Mata
No comments
A Força Aérea efectuou, no dia 13 de Dezembro, duas evacuações médicas de longa distância, empenhando o helicóptero EH-101 da Esquadra 751 e o C-295M da Esquadra 502, que percorreram mais de 2000 quilómetros em 15 horas de voo para salvar duas vidas.
A primeira, que decorreu durante a noite e terminou de madrugada,
consistiu no resgate de um tripulante, com 31 anos de idade e de
nacionalidade alemã, com diagnóstico de apendicite, que se encontrava a
bordo do navio porta-contentores BONN EXPRESS, a cerca de 491
quilómetros a noroeste da cidade do Porto.
Devido à longa distância e aos ventos fortes, na ordem dos 75km/h, um helicóptero EH-101, descolou da Base Aérea Nº6
(BA6), Montijo, pelas 21H05, em direcção ao Porto para efectuar
reabastecimento e seguir para a zona de operações em alto mar. Enquanto o
EH-101 se aprontava para a operação de resgate, delicada e com fortes
condicionantes a nível meteorológico, explorando as capacidades do
helicóptero ao máximo, um C-295M descolou da BA6, para o encaminhar até à
zona de operações e avaliar as condições do local para que o resgate se
efectuasse rapidamente e com sucesso.
Sob condições adversas, com vagas de 4 a 5 metros, a operação de resgate
em alto mar iniciou-se pelas 01H20. Após 15 minutos no local, o
helicóptero regressou ao Aeroporto de Sá Carneiro, no Porto, onde
aterrou pelas 03H05, transferindo depois o tripulante para uma
ambulância do INEM que aguardava no local e o transportou para o
Hospital de São João.
Ao início da tarde, uma segunda evacuação médica a navio, a cerca de 450
quilómetros a Sudeste da ilha Terceira, nos Açores, levou a Força Aérea
a empenhar um helicóptero EH-101, em destacamento na Base Aérea Nº4
(BA4), nas Lajes, que descolou pelas 13H10, para recuperar um
tripulante, com 51 anos de idade e de nacionalidade romena, vítima de um
traumatismo facial, a bordo do porta-contentores CMA CGM FORT SAINT
LOUIS, de pavilhão francês e com 197 metros de comprimento.
No local, a intervenção da tripulação do helicóptero e do
recuperador-salvador possibilitou a recolha rápida do tripulante, que se
encontrava consciente e em situação estável. Assim permaneceu até ser
transferido para uma ambulância, às 17H10, que aguardava o EH-101 na
BA4, transportando depois o tripulante até ao Hospital de Santo
Espírito, em Angra do Heroísmo.
Fonte: RPFA
domingo, 11 de dezembro de 2011
O DIA DA INFÂMIA (M566 - 40PM/2011)
domingo, 11 de dezembro de 2011 às 18:53
18:53
Paulo Mata
No comments
Seguindo uma política de expansionismo territorial com vista
a suportar a pujança económica do país, que necessitava por um lado de matérias-primas
para alimentar a sua indústria e por outro, de novos mercados para onde escoar a
produção, o Japão foi alvo de vários embargos norte-americanos nos finais da década de 1930 e inícios dos anos 40, como
represália às também várias invasões que o país do sol-nascente vinha perpetrando por
todo o sudeste asiático.
A operação de 7 de Dezembro de 1941 seria preparada no mais
alto sigilo, tendo a enorme esquadra japonesa conseguido atravessar a
totalidade do Pacífico desde 26 de Novembro, sem ser detectada por voos de
reconhecimento americanos e atacar sem declaração de guerra prévia, a base onde sabiam
estarem atracados os mais valiosos vasos de guerra americanos.
Do ponto de vista dos EUA, uma série de más avaliações e
decisões contribuíram para a magnitude da tragédia, quando havia já vários indícios
de que um ataque contra as suas forças, estaria iminente. Julgava-se
por um lado que o porto de Pearl Harbour, de águas pouco profundas, fornecia
uma protecção natural contra ataques de torpedos, não tendo sido colocadas
redes anti-torpedo uma vez que estas dificultavam as operações normais diárias.
Não tinham sido colocadas armas anti-aéreas
em redor da base para evitar problemas com os proprietários dos terrenos
adjacentes e por fim os reconhecimentos aéreos de longa distância não estavam a
ser realizados por escassez de aeronaves. Na verdade, acreditava-se ser a distância
um dissuasor suficiente para qualquer ataque significativo.
A Marinha Imperial Japonesa provou o contrário: baseados em 6
porta-aviões (Akagi, Hiryu, Kaga, Shokaku, Soryu e Zuikaku), a maior força naval reunida até então, quase meio milhar de aviões "Zero", Nakajima 97 "Kate" e Aichi 99 "Val", afundaram ou inutilizaram os maiores navios de guerra americanos da época,
neutralizando qualquer capacidade de reacção durante os seis meses seguintes, enquanto
o Japão ocupava as Índias Holandesas e as suas reservas de petróleo, verdadeira
razão do ataque a Pearl Harbour (como se vê as guerras pelo "ouro
negro" vêm já de longe).
O índice de eficácia japonês foi assombroso, tendo
surpreendido até os próprios japoneses. Um sistema de estabilização dos
torpedos, evitava que estes se afundassem e detonassem ao serem largados em águas
pouco profundas e a oposição aérea e anti-aérea era quase inexistente.
8 couraçados, 6 cruzadores, 29 contratorpedeiros e 9
submarinos e cerca de 2500 vidas foram perdidos no porto de Pearl Harbour na
manhã de 7 de Dezembro de 1941, contra apenas 29 aviões, 5 submarinos e 64
vidas das forças atacantes.
O presidente Franklin Roosevelt classificaria este acto no
dia seguinte, ao declarar guerra ao Japão, como "o dia que viverá na infâmia"
e como tal ficaria conhecido na história.
O Japão conseguiu atingir os seus objectivos e neutralizar a
marinha americana pelo tempo necessário para se apossar da totalidade do sudeste asiático
quase sem oposição.
Os porta-aviões americanos (Enterprise, Saratoga e Lexington), em exercícios fora de Pearl
Harbour no dia do ataque e por isso intactos, foram a única ponta que ficaria solta
e que lhes iria causar dissabores a médio prazo.
Do ataque a Pearl Harbour resultou uma forte união interna
nos EUA, que relutava até então em entrar no conflito mundial. O gigante adormecido
acordou por fim para uma guerra na qual já estava inserido, mas que teimava em recusar. Após os primeiros meses de vitórias, os japoneses pagariam bem
caro a ousadia, num conflito longo e penoso, que acabaria apenas no uso de armas nucleares.
Do ponto de vista militar, resultou o emergir do porta-aviões
como a peça principal de poderio naval, substituindo o couraçado e os
cruzadores de linha na escala de importância, doutrina que ainda prevalece nos
dias de hoje.
Deste
episódio marcante da história norte-americana e mundial, foram
produzidos 2 famosos filmes: "Tora! Tora! Tora!" de 1970 e reconhecido historicamente
como sendo o mais fiel e já em 2001 "Pearl Harbour"
que cruza um romance ficcional com episódios reais e excelentes imagens
reconstituindo os acontecimentos de 7 de Dezembro de 1941 e meses
subsequentes.
Passados 70 anos sobre a data de 7 de Dezembro de 1941, os Estados Unidos não deixam de prestar homenagem àqueles que pereceram e sobreviveram ao "Dia da infâmia".
À direita Frank Chebetar sobrevivente do navio USS Phelps (DD 360) afundado em Pearl Harbour a 7/12/1941 Foto:US Navy/Maria Melchor |
John Busma sobrevivente do USS Medusa assinala a hora do ataque a Pearl Harbour Foto: US Navy/Eli Medellin |
Memorial USS Arizona navio em que se perderam mais vidas Foto: US Navy/Daniel Barker |
Cerimónia a assinalar o 70º aniversário do ataque à base de Pearl Harbour Foto: US Navy/Mark Logico |
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
A saga do Sabre 6
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011 às 00:37
00:37
Jose Matos
1 comment
O último número da revista Air Magazine traz o meu artigo sobre a saga do Sabre 6, que em breve será também publicado na Mais Alto. Como a saga mete os franceses à mistura, acho que os leitores da revista vão gostar de saber da história. Mas fico contente de ver o artigo publicado em França. Aliás, outros trabalhos surgirão nesta revista no futuro.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
FLYING HIGH AGAIN (M564 - 39PM/2011)
terça-feira, 6 de dezembro de 2011 às 23:35
23:35
Paulo Mata
1 comment
Voou hoje, 6 de Dezembro de 2011, após sensivelmente 14 meses em que foi submetido a transformação MLU, o F-16 s/n 15115, que ostentou a famosa pintura "Sabre" que marcou os 50 anos da Base Aérea nº5.
Agora já sem as cores garbosas, das quais apenas sobrou um pequeno triângulo na base da deriva, elevou-se nos céus de Monte Real pela 15:03 horas, no amarelo típico dos F-16 recém-nascidos MLU.
E ainda se brevemente passará a usar o típico esquema cinza da frota nacional, o 15 será para sempre o Sabre!
ARTIGOS MAIS VISUALIZADOS
-
Não se sabe para já se o modelo a adquirir já está escolhido, ou se a aquisição será por concurso aberto O Ministério da Defesa publicou h...
-
C-390 nas cores suecas Ilustração: Embraer A Embraer anunciou em nota de imprensa ao final do dia 9 de novembro de 2024, a escolha do ...
-
Na sequência da postagem anterior , vem o autor trazer às hostes Pássaro-Ferrosianas um pequeno apontamento fotográfico de uma visita recent...
-
P-3C CUP+ Orion da Esquadra 601 da Força Aérea Portuguesa A frota de aviões de patrulhamento marítimo P-3C CUP+ Orion da Força Aérea Portugu...
-
Chipmunk Mk.20 com a pintura azul comemorativa dos 70 anos de serviço, em formação com outro na última versão da pintura standard da frota, ...
CRÉDITOS
Os textos publicados no Pássaro de Ferro são da autoria e responsabilidade dos seus autores/colaboradores, salvo indicação em contrário.
Só poderão ser usados mediante autorização expressa dos autores e/ou dos administradores.
Só poderão ser usados mediante autorização expressa dos autores e/ou dos administradores.