Linha de produção de F-35 em Fort Worth, EUA Foto: Lockheed Martin |
Enquanto a Lockheed Martin anuncia os avanços no programa de testes e a entrega dos primeiros F-35 a unidades operacionais, nalguns dos países pertencentes ao consórcio, que irão fabricar componentes e utilizar o aparelho nas suas forças aéreas, o projeto está ainda rodeado de dúvidas.
A Holanda é um desses países e o seu Ministro da Defesa, Hans Hillen, visitou recentemente as instalações da Lockheed Martin, não fugindo a qualquer dos assuntos "bicudos" relacionados com o F-35 Lightning II:
Preço: "O preço e os rumores acerca de problemas técnicos. São verdadeiros? Se não são, porque continuam a subsistir?" foram as primeiras questões colocadas pelo MD Holandês. E estes pontos são tão mais importantes, quando a decisão final de adquirir o modelo para a FA Holandesa ainda não foi tomada, apesar de estar em produção o primeiro protótipo de testes destinado à Holanda, que Hans Hillen teve até oportunidade de autografar.
Atrasos: "Os atrasos não nos afetam especialmente, uma vez que ainda não fizemos a encomenda" comentou Hans Hillen, " a nossa maior dor de cabeça será mesmo convencer a maioria dos cidadãos holandeses e do parlamento, a escolher este excelente avião como sucessor do F-16".
Encomenda: Presentemente a aquisição do F-35 pela Holanda, está longe de ser consensual. Hans Hillen reafirma que "a Holanda pode fazer muito mais dinheiro com este projeto, do que alguma vez ele venha a custar. Cria grandes oportunidades para a indústria holandesa: postos de trabalho e também inovação"
A aplicação dos painéis stealth na fuselagem Foto: Lockheed Martin |
Além de visitar a Lockheed Martin, Hans Hillen encontrou-se também com o seu homólogo Norte-Americano Leon Panetta. Enquanto isso, Barack Obama anunciou recentemente uma nova estratégia de defesa para os EUA, que passará a valorizar mais a Ásia e o Pacífico em detrimento da NATO e Europa. Acerca disso Hillen comentou que "a Europa só se pode culpar a si própria. Estamos sempre a confiar nos americanos para resolver muitos dos nossos problemas. Estarão eles a testar-nos até certo ponto? Sim. Mas não acredito que estejam a colocar a Europa de lado. Pelo contrário. Encaram o valor criado pela nossa cooperação, como demasiado importante para ser deitado fora."
Num programa em que muito pouco é tido como certo, como é o F-35, a única certeza insofismável é porventura que muita tinta há-de correr ainda sobre o tema, tanto dentro como fora dos EUA.
Fonte: Radio Netherlands
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