sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

REAL THAW 2012 (2) - (M591 - 9PM/2012)

 
O cenário desenvolvido para o exercício Real Thaw 2012 cria uma situação geo-política fictícia e com propósitos unicamente centrados na condução de um exercício para fins de treino específicos.
Deste modo, foram criados três países fictícios ocupando unicamente o espaço geográfico de Portugal continental. A norte, um país confinado pela fronteira natural de Portugal a norte e com a fronteira a sul delineada por uma linha imaginária traçada entre Sabugal, a este, e Figueira da Foz a oeste e que se designará para o presente fim como o país A. Mais abaixo, um segundo país, o país B, que outrora pertencera ao primeiro mas que após algumas disputas étnicas se tornou independente e ocupando uma pequena área junto à fronteira natural de Espanha e entre o Sabugal a norte e Monfortinho a sul. Finalmente, um terceiro país a sul, o país C, estendendo-se até o Algarve e caracterizado por políticas progressistas e abertas, típicas do mundo ocidental.
O país A apresenta um sistema político-militar com algumas semelhanças com outros reais e que normalmente potenciam situações de crise e conflito, devido ao seu autoritarismo, tentativa de limpeza étnica e dificuldade em aceitar e aplicar internamente os princípios das sociedades modernas e desenvolvidas.
O início da crise regional começa precisamente por decisões políticas exacerbadas no que diz respeito ao acesso aos recursos naturais disponíveis na zona em ambos os lados dos países A e B. Por outro lado, a fronteira física que ficou estabelecida após a independência do país B do país A, não reflecte verdadeiramente a distribuição étnica da região pelo que se poderá encontrar uma mistura das etnias destes dois países em ambos os lados da fronteira.
No seguimento das políticas expansionistas do país A, a minoria étnica do país B a viver no primeiro, sente-se perseguida e violada nos seus mais elementares direitos de cidadania pelo que se começa a gerar um conflito entre as autoridades do país A e a minoria étnica do país B a viver no primeiro.
As condições de segurança rapidamente se degradam provocando a deslocação forçada daquela minoria para o país B a fim de escapar à perseguição de que era alvo pelas forças militares e militarizadas do país A. Esta situação vai provocar o aparecimento de campos de refugiados junto da fronteira sem as condições mínimas de higiene pelo que acabam por aparecer os primeiros focos de doenças relacionados por má nutrição e falta de higiene.
Para agravar esta situação, existe ainda um terceiro fator destabilizador no cenário representado por um grupo armado de libertação, constituído por membros da etnia do país A e apoiados pelas autoridades deste país. Este grupo socorre-se de extremistas radicais a viverem no país B e cuja objectivo passa por sustentar a política do seu país de origem, pelo que desenvolvem acções terroristas separatistas no território do país B.
Esta situação de crise humanitária chamou a atenção da comunidade internacional, nomeadamente das Nações Unidas (UN), pelo que foram tomadas medidas no sentido de encontrar uma solução para o problema. Na sequência de várias resoluções emitidas pelas UN, foi implementada uma zona de exclusão, livre da influência das autoridades do país A e destinada a permitir uma zona de segurança para os refugiados. Adicionalmente, foi solicitada à NATO a responsabilidade de constituir e enviar para a região uma força militar no sentido de implementar e cumprir as resoluções das UN. Assim, esta força internacional constituída essencialmente por meios aéreos (representada pelos participantes do exercício) destacou para o país C (representado pela Base Aérea de Monte Real) de onde começará a operar a fim de cumprir as missões que lhe forem atribuídas.
Deste modo, os militares são essenciais não só para garantir que exista auxílio imediato às populações afectadas pelo conflito, como para garantir as condições securitárias para que as Organizações Não Governamentais (ONG's) possam prestar também o auxílio necessário.
A partir daqui serão planeados e executados diariamente vários tipos de missões como extracção de não combatentes e apoio sanitário e logístico, com recurso a largada de tropas aerotransportadas, transporte táctico por helicópteros e protecção armada facultada pelos aviões de combate F-16 e helicópteros ALLIII.

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