quinta-feira, 29 de março de 2012

A PATCHMANIA E UMA PINTURA ESPECIAL (M624-28PM/2012)


 MM7240 da Aeronautica Militare Italiana, mais conhecido por Green Lightning a partir de 8 de junho de 2009     
Foto: K.Bell/Airliners


MM7240 (Green Lighting) juntamente com o MM7249, comemorativos das 1000 horas dos comandantes dos 18º e 10º Gruppo   Foto: Dirk Geerts/Airliners

Em 1986 a USAF estabeleceu o programa ADF (Air Defence Fighter) durante o qual mais de 270 F-16A/B Bloco 15 foram atualizados para o padrão OCU (Operational Capability Update) e modificados para os diversos departamentos da ANG (Air National Guard - EUA). Estes aviões possuíam aviónicos melhorados, e tinham capacidade para utilizar os mísseis ar-ar guiados por radar AIM-7 Sparrow semiativos. A Aeronáutica Militar Italiana, adquiriu em contrato de leasing 45.000 horas de voo de 30 destes F-16 Bloco 15 ADF, atualizados ainda ao padrão "Falcon Up" e 4 F-16 Bloco 10, para utilizar entre 2003 e 2010. As operações começaram em junho de 2003 com a primeira unidade a aterrar na base siciliana. A 22 de maio de 2008, as aeronaves do 37º Stormo passaram a barreira das 30.000 horas de voo da frota F-16 em Itália. 

Base Aérea de Birgi na Sicília onde se pode distinguir o Green Lightning      Foto: Mick Bajcar/Airliners

Em 2009, para comemorar as 1000 horas de voo em F-16 do comandante do Gruppo 18, Maj. Maurizio “Masa” De Angelis, a célula s/n 61-403 (matrícula italiana MM7240) foi pintada com o esquema que ficaria conhecido como "Green Lightning" por razões óbvias. Do modelo foi ainda criada uma miniatura à escala 1/48, pela marca Italeri.



 
Esta célula, inicialmente um F-16A Bloco 15E entrou ao serviço dos EUA com a matrícula 81-722 a 15 de outubro de 1982 na 50th TFW com código de cauda "HR". Passou posteriormente pelas 31th TFW (código ZF e HS), 159th FIS e 186th FIS. No início dos anos 90 foi atualizado para o referido padrão ADF, servindo a partir de 15 de março de 1992 no 186th FS, até ser armazenado no AMARC a 21 de abril de 1995. 

Ao serviço do 186 FIS a escoltar um SU-27           Foto: Fernando Serna/USAF


Voltaria ao ativo ao abrigo do programa Peace Ceaser de leasing à Aeronáutica Militar Italiana a 7 de abril de 2005, onde passou pelo Gruppo 37 e 18. Apesar de inicialmente estar previsto voar até 2010, atrasos no programa Typhoon, que supostamente deveria substituir os F-16 em Itália, obrigaram ao prolongamento do contrato de leasing até pelo menos 2013, pelo que o MM7240 continua na Sicília.

O Green Lightning em Waddington em 2010               Foto: Stuart Freer/Airliners

E toda esta história à volta de um avião porquê? Porque há um par de meses atrás um amigo italiano me presenteou com um patch comemorativo da pintura "Green Lightning". Não tendo muitas saídas ao exterior (a assinalar apenas uma presença no Festival de Waddington em 2010) o patch foi imediatamente encaminhado para a secção de "cromos raros" no meu expositor, onde possui lugar de destaque. 


Grazie Massimo!

A subcultura dos patches é um fenómeno por vezes incompreensível para muitos, e durante algum tempo também para mim. Compreendi já algo tarde que mais do que "cromos raros" alguns patches (senão todos) são pedaços da história e memórias pessoais. Lamento hoje com pesar muitos patches que vi há 20 e por vezes mais anos atrás e que não adquiri. hoje seriam verdadeiras peças de museu.

Para mitigar lamentos como este e permitir a troca e venda de patches, existe hoje no ciberespaço um fórum nacional, que facilita a quem se quiser associar, porventura (re)encontrar aquele patch especial, caso ele exista perdido algures no fundo de uma gaveta, ou simplesmente adquirir a última novidade disponível.

terça-feira, 27 de março de 2012

UM REABASTECIMENTO NOTURNO E ALGUMAS INCÓGNITAS (M623 - 15AL/2012)




Fotos: Lockheed Martin

O programa F-35 completou recentemente nova etapa, com a execução bem sucedida do primeiro reabastecimento aéreo noturno, conforme as (belas) imagens documentam.  Os sucessos que a Lockheed Martin vem anunciando, não invalidam contudo, que o programa esteja ainda sob algumas reticências, avanços e recuos, sobretudo por parte de alguns países, factos de que o Pássaro de Ferro já deu nota em anteriores edições e dará hoje uma vez mais.
Assim, o governo australiano está a atrasar a sua encomenda dos aviões F-35, juntando-se a uma lista crescente de países que estão ligados ao programa, mas que agora estão a refrear um pouco o seu "entusiasmo", digamos, muito por causa da crise económica global.

As bandeiras das nações participantes do projecto JSF, visíveis na fuselagem       Foto: Lockheed Martin

Segundo o jornal australiano The Canberra Times, o vice-presidente da Lockheed Martin,  Tom Burbage disse a uma comissão parlamentar de defesa australiana que o adiamento de encomendas de aviões por parte dos EUA e outros países "foi  o maior contribuinte para o aumento no custo unitário do F-35.'' 
Por seu turno, no Canadá, o governo conservador hesitou recentemente  no seu apoio ao programa F-35, contrariamente ao que fez durante dois anos. Em 14 de Março passado, o Ministro Adjunto da Defesa do Canadá, Julian Fantino disse que o governo não descarta a possibilidade de se afastar do programa.

Testes com armamento interno num protótipo F-35B                    Foto: Lockheed Martin

Fantino revelou também que funcionários do Departamento de Defesa tem vindo a considerar "todos os tipos de contingências" no caso do F-35 não estar pronto para substituir a frota já algo envelhecida dos aviões CF-18. E reconheceu que o governo do Canadá não sabe quanto vai custar cada F-35 .No entanto, e por sua vez, o Ministro da Defesa do Canadá, Peter MacKay, disse ao jornal Toronto Sun que "é ainda seguro dizer que a plataforma F-35 é a aeronave certa para o Canadá. Para todos os efeitos, é a única aeronave stealth de quinta geração que corresponde  às necessidades do Canadá:"
Ainda no que toca a esta problemática, segundo a agência Reuters, o governo dos Estados Unidos decidiu adiar a sua encomenda de F-35, com o objetivo de economizar 15.100M USD  até ao ano fiscal de 2017 e permitir, também, mais tempo para testes e desenvolvimento da aeronave.

Modelo F-35B de descolagem curta e aterragem vertical (STOVL)               Foto: Lockheed Martin

De acordo com um memorando conhecido em Outubro de 2011, um alto funcionário do Pentágono encarregue de acompanhar os testes de equipamentos e sua avaliação, expressa sérias reservas sobre como iniciar o programa de treino de pilotos no F-35, adiantando que o avião precisou de mais 10 meses de testes. Também no mês passado, a Itália anunciou planos de reduzir a sua encomenda de 131 para 90 aviões F-35.
Recentemente também  a Grã-Bretanha levantou algumas dúvidas, na escolha do modelo para operar nos seus porta-aviões atualmente em construção. A escolha tinha recaído num modelo mais barato (F-35C de descolagem e aterragem convencional) que exigiria no entanto um porta-aviões mais caro, com catapultas e pista de aterragem com cabos de travagem. A escolha foi feita por se acreditar ser o acréscimo de custo nos porta-aviões, inferior aos custos associados ao modelo STOVL, (F-35B) necessário para operar em porta-aviões de menores dimensões. Esta escolha (F-35C) permitiria ainda uma interoperabilidade com os porta-aviões americanos e francês, todos convencionais. A dúvida instalou-se quando os acréscimos de custo na construção dos porta-aviões classe Queen Elizabeth dispararam, levando a crer que comprar o modelo F-35B STOVL mais caro, ficaria ainda assim mais barato que os custos acrescidos nos porta-aviões. No entanto, os Estados Unidos através da US Navy, rebateram recentemente essa ideia, referindo que os custos com os porta-aviões convencionais ficarão "em metade do que o Ministério da Defesa britânico julga". Esta tomada de posição da US Navy destina-se principalmente a salvaguardar o esquadrão de caças que terá a operar num dos porta-aviões britânicos (HMS Prince of Wales) e, embora não admitido oficialmente, às dúvidas de viabilidade técnica que o modelo F-35B continua a levantar, mesmo para os americanos.
Todas estas "peripécias" ensombram, em certa medida, o programa JSF/Lightning II, colocando ainda no plano das incógnitas a data em que estes aparelhos, finalmente, começarão a tomar o seu lugar nas forças aéreas dos países que nele apostaram.
Seja como for, o programa continua a avançar, embora seja como se diz nos países anglófonos, com "baby steps..." 


As variantes do F-35 Lightning II

 


segunda-feira, 26 de março de 2012

F/A-18 AUSTRALIANOS NO RED FLAG (M622 - 14AL/2012)




A Royal Australian Air Force (RAAF), participou no Red Flag 12-3, um exercício de combate ar-ar realizado na Base Aérea de Nellis - Nellis Air Force Base - no Nevada, Estados Unidos, de 27 de Fevereiro a 16 de Março  passados.
O capitão Vincent Iervasi disse que a RAAF participa no Red Flag a cada dois anos, porque o treino é fundamental para o desenvolvimento da arma aérea australiana e para a sua capacidade para se juntar e operar junto com os aliados do país, especialmente os EUA e a Grã-Bretanha, em operações de combate em grande escala em todo o mundo.



Tal como acontece com outras forças aéreas participantes, Iervasi referiu que a RAAF traz propositadamente pilotos menos experientes de forma a poderem realizar aprendizagens válidas e úteis no seu dia a dia de pilotos de combate. O realismo do Red Flag permite que os pilotos enfrentem cenários que só são possíveis neste exercício e que contribuem de forma efetivamente válida para a sua progressão como pilotos.




O Red Flag reúne muitos ativos voadores e tecnológicos, que não estão habitualmente disponíveis para a RAAF em exercícios de menor porte em que participa. Vincent Iervasi alude ainda que a participação da RAAF neste exercício proporcionou, também, o início de uma transição mais fácil para o Joint Strike Fighter, o F-35 "Lightning II" no futuro próximo, na medida em que se começa a preparar chegada dessa nova geração de aviões de combate em que a Austrália está interessada e de todos os desafios a isso inerentes, seja nos conceitos de operação da aeronave, seja na familiarização com um aparelho de vanguarda e novos procedimentos de voo/operação.



Texto: USAF - Adaptação Pássaro de Ferro
Fotos: USAF

sexta-feira, 23 de março de 2012

SEA SAND STORM (M621-27PM/2012)


Se a imagem satélite de uma tempestade de areia no mar pode ser bonita de ver, já o mesmo fenómeno para quem está  abordo de um porta-aviões, ou nele tem que aterrar, não deverá dizer o mesmo.
Foi isso que sucedeu recentemente na 5ª Esquadra Americana destacada no Mar Arábico.

Foto: James Evans/US Navy

Foto: James Evans/US Navy

Foto: James Evans/US Navy

O porta-aviões USS Carl Vinson e as suas aeronaves foram literalmente engolidos pelo ambiente sinistro causado pela enorme massa de partículas levantadas da Península Arábica e projetadas sobre o mar pelos ventos da região.
Se o mar é um meio inóspito e instável por natureza, uma tempestade de areia é uma dificuldade acrescida. Ser marinheiro não é fácil...
Quem tem que limpar tudo no fim, que o diga!

Foto: George Bell/US Navy

Foto: George Bell/US Navy

terça-feira, 20 de março de 2012

SERVICE THIS AIRCRAFT WITH BIOFUEL (M620-26PM/2012)

Gelo derrete no estabilizador de um dos F-16CM usados em testes de biocombustíveis  Foto: Beth Hollinker/USAF

Numa altura em que os preços dos combustíveis preocupam tanto companhias de aviação como o cidadão comum, na 180th Fighter Wing (Stingers) em Toledo, Ohio, (EUA) a unidade da Guarda Aérea Nacional local testa operacionalmente biocombustível como complemento aos combustíveis fósseis.
Não sendo uma novidade na Força Aérea Americana (USAF), que desde 2009 vem testando biocombustível - também designado Hydro-processed Renewable Jet Fuel - em caças e aviões de transporte e até mesmo na patrulha acrobática Thunderbirds, nos "Stingers" está a ser testado sem restrições, sendo das últimas etapas a cumprir antes de ser licenciado para uso corrente.

Entre 10 de janeiro e 16 de fevereiro de 2012, tinham-se voado 39 missões nos dois F-16CM atribuídos ao programa de testes. Nesse período foram também levadas a cabo 11 missões de reabastecimento aéreo e utilizados cerca de 225.000 litros de combustível.

O amanhecer no Ohio onde está a ser testado operacionalmente biocombustível    Foto: Beth Hollinker/USAF

A 12 de fevereiro, efetuou-se com sucesso a transição de biocombustível para o tradicional JP-8, e de novo para biocombustível, durante uma missão de treino: Como parte de uma missão de aproximadamente duas horas, as duas aeronaves descolaram com biocombustível e receberam JP-8 do reabastecedor aéreo (KC-135 Stratotanker). Completaram então a missão e receberam de novo biocombustível após aterragem.

Na fase de avaliação com estes dois F-16, deverão ser utilizados um total de 400.000 litros de biocombustível, de modo a avaliar performance e efeitos no motor e sistemas de combustível das aeronaves.

O biocombustível utilizado é uma mistura na proporção 50/50 entre Jet Propellant 8 (JP-8) e SPK (Synthetic Paraffinic Kerosene) produzido a partir da planta camelina, muito comum e facilmente cultivável nos EUA e grande parte do mundo. O processo de produção de SPK, além de se basear numa fonte renovável, emite também consideravelmente menos gases que contribuam para o efeito-estufa, do que a refinação do petróleo.

Esta bem-sucedida demonstração de fontes de combustível sustentáveis em ambiente operacional, tem vindo a dar resultados lucrativos, provando que o biocombustível é uma opção viável para as USAF, que planeia ter a utilização de biocombustível certificada em mais de 40 aeronaves diferentes em 2016.


Fonte: USAF

domingo, 18 de março de 2012

NORUEGA CONFIA NO PREÇO DO F-35 (M619-25PM/2012)



Após uma visita à base de testes do programa F-35 em Edwards na Califórnia, EUA, por parte do Segundo Oficial de Defesa Norueguesa, onde participou numa reunião com os responsáveis dos restantes países do programa, a Noruega anunciou através do Secretário de Estado da Defesa, Roger Ingebrigsten, a intenção de adquirir cerca de 50 unidades F-35. A posição da Noruega após a reunião em Edwards era bastante otimista em relação à evolução do programa, bem como aos custos unitários, mantendo as previsões para sensivelmente os mesmos números que em 2008.
O adiamento na encomenda de 179 unidades para a USAF em cerca de 5 anos, devido a pressões orçamentais de Washington, teme-se possa fazer aumentar os custos das primeiras unidades a entregar. As encomendas dos EUA, que prevêem adquirir um total de 2443 unidades a distribuir entre Força Aérea, Marinha e Fuzileiros, no valor de 382.000M USD (o programa de defesa mais caro de sempre) são logicamente uma variável importante na contabilidade dos custos do programa, que permitirá fazer baixar o custo unitário de cada avião, assim que a construção em série esteja estabilizada.
 no sentido inverso da Noruega, a Itália que pretendia comprar 131 unidades, havia reduzido este número em cerca de 30% precisamente devido ao adiamento das encomendas para as Forças Armadas dos EUA.


Numa segunda reunião em Washington, todos os países participantes no programa (EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália, Turquia, Dinamarca, Noruega, Itália e Holanda) reafirmaram o seu empenhamento e apoio.
A expectativa é de que, apesar dos cortes nas encomendas de EUA e Itália, as compras por parte de Japão e possivelmente Coreia do Sul e Singapura nos próximos anos equilibrem de novo as contas, mantendo-se os valores esperados.


A Noruega pretende substituir a sua frota de F-16 pelo F-35 a médio prazo.

Fonte: Reuters
Fotos: Lockheed Martin


sexta-feira, 16 de março de 2012

CONTRASTES (M618-24PM/2012)


UH-60 Black Hawk desembarca tropas algures nas terras áridas do Afeganistão          Foto: US Army

UH-60 Black Hawk nas montanhas geladas que cobrem grande parte do país             Foto: US Army


O Afeganistão é uma terra de contrastes. Desde as temperaturas tórridas e o pó sujo das planícies às temperaturas negativas e alvura da neve nas montanhas. Verões quentes e invernos frios. Uma constante no entanto ao longo dos séculos: a guerra e a violência que grassam no país sem que se vislumbre o fim. Os EUA invadiram o país em 2001 para depor o regime talibã, como resposta aos ataques de 11 de setembro. Se o objetivo imediato foi conseguido, como corolário viram-se a braços com as mesmas dificuldades que a União Soviética e o Reino Unido no século XX encontraram no país, numa guerra sem quartel e impossível de ganhar. Mesmo se Barack Obama anunciou a intenção de gradualmente abandonar a ocupação militar do país, uma solução estável no terreno, está longe de ser realidade.
Os últimos incidentes envolvendo militares norte-americanos em atitudes insultuosas para com os afegãos e os massacres que se vêm sucedendo, começam a ter demasiados paralelismos com o que foi o amargo fim da guerra americana no Vietname. 

E mesmo se as terras áridas do médio oriente contrastam com o que foram os combates na selva do sudeste asiático, Cabul começa a parecer-se cada vez mais com Saigão.

quinta-feira, 15 de março de 2012

ROSWELL, PORTUGAL (M617-23PM/2012)


No seguimento de várias notícias que invadiram o espaço virtual que é a internet, dando conta de ocorrências estranhas no retângulo lusitano, o Pássaro de Ferro apresenta em exclusivo uma foto de atividade suspeita registada na BA5, onde podem ser observadas duas criaturas humanóides envergando o que aparentam ser fatos espaciais. 
O interesse despertado pelo F-16BM de cores nacionais nas referidas criaturas foi notório, tendo-se detido ambas de volta dele por largos minutos, sem que tenha havido interferência das entidades competentes, com certeza de conluio com tudo o que ia decorrendo. 
Visível a partir do exterior, mas notoriamente envolta em secretismo, a atividade não passou no entanto despercebida ao olho treinado do Pássaro de Ferro, que aqui a divulga publicamente. Embora negado oficialmente, ficam as provas de que eles andam aí...

Ou isso, ou uma simples descontaminação de hidrazina efetuada de acordo com os procedimentos de segurança apropriados, realizada por profissionais qualificados.

Mas nunca se sabe. Ao que consta a aterragem na Lua também foi filmada no Estúdio 51 em Hollywood. E em Ovar há uma base secreta com uma pista subterrânea. E Roswell ainda está por explicar.

Nota: Não vá alguém levar a sério o que leu, excetuando a parte da descontaminação de hidrazina, o texto acima é obviamente para ler com ceticismo.



segunda-feira, 12 de março de 2012

SWEET FIFTEEN (M616 - 13AL/2012) - Adendado (2)

Perfil da autoria de Miguel Garrana Amaral, que foi também o autor e executor da pintura comemorativa dos 50 anos da BA5 no Lockheed Martin F-16A Figting Falcon s/n 15115,  num evento eternizado como "O voo do Sabre"!
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O magnífico trabalho de pintura que celebrizou o "15".

O F-16, agora AM, s/n 15115 (93-0479) voltou recentemente à vida operacional, já no padrão MLU.
É a nova etapa na vida de um aparelho que se tornou já lendário, seja pela pintura "Sabre" que ostentou, seja por todas as faces que já teve desde que chegou a Portugal em 13 de Dezembro de 1994.
O 15115 foi, juntamente com o 15114, o último dos 20 F-16 do lote Peace Atlantis I a chegar a Monte Real.

 Aqui, fotografado em Maio de 1997, por Carl Brent, ainda com a pintura original.

Como curiosidades "biográficas" e de "spotting" aqui ficam alguns tópicos alusivos à vida deste avião, que não pretendem ser de modo algum catalogados como os mais importantes, nem uma descrição rigorosa e obediente ao calendário. São notas resultantes da recolha de informação e registos do autor desta edição e que está, obviamente, aberta a adendas que ajudem a escrever a história e percurso desta aeronave.
- Chegou a Monte Real em 13 de Dezembro de 1994 com 20 horas e 15 minutos de voo e com o motor nº série 703459;
- Em 1996 protagonizou uma "corrida"/comparativo de performance com um Ferrari F50, em plena pista da BA5, em Monte Real;

Descolagem do F-16A 15115 ao lado do Ferrari F50, na pista da BA5-Monte Real - Foto: Octávio Novo - Airliners.net

- Esteve na Base Aérea de Aviano, em Itália, inserido no destacamento aéreo português, em operações CAP e SWEEP sobre território do Kosovo, no âmbito da Operação Allied Force, em duas ocasiões: Outubro de 1998 e Janeiro de 1999;
- Foi notado em Florennes - Bélgica, em Abril de 1998; 
- Na Primavera de 2000 integrou, com mais 5 aparelhos, a primeira e até agora única participação portuguesa no exercício Red Flag, nos Estados Unidos da América, altura em que lhe foi pintado, bem como aos restantes aparelhos do destacamento e depois de toda a frota, o "Falcão" na deriva.

 Foto obtida em Junho de 2000, nos antigos abrigos da Alfa 1 de Monte Real.

- Em Junho de 2000 esteve na Base Aérea nº 4, nas Lajes-Açores;
- Marcou presença no NATO Air Meet de 2001;
- A partir do final de Abril de 2004 esteve novamente em Florennes - Bélgica, participando no TLP 2004-3;
- No final de 2004, 10 anos depois de ter chegado a Portugal, o 15115 tinha já no seu registo mais de 1500 horas de voo.

 Aqui, fotografado sem motor, algures em Agosto de 2000...


Descolagem e regresso de uma missão, em 22 de Janeiro de 2008.

Nestas duas imagens, o avião surge equipado com um TGM-65 Maverick, um  AIM-9Li Sidewinder e, visível, na primeira imagem, o pod ACMI. O 15115, juntamente com o 15112 e 15114 foram pintados com um esquema low vis da deriva, com a simbologia de Monte Real - Falcão e  5 triângulos no topo, bandeira portuguesa em dois tons de cinzento e a Cruz de Cristo também em tom de cinzento de baixa visibilidade. Este esquema de pintura foi aplicado em 2007.

Fulgurante rapada à pista 19, do "Sabre", magnificamente pilotado pelo TCor PILAV Eugénio "Harpoon" Rocha, na altura Comandante da Esquadra 201 - Falcões, no dia 22 de Julho de 2009.

Uma potente descolagem, desta vez registada a 26 de Julho do mesmo ano, novamente com o Comandante da Esquadra 201 - Falcões aos comandos, desta feita na pista 01.

- A 22 de Julho de 2009, por ocasião das comemorações do 50º aniversário da Base Aérea nº5 - Monte Real, é apresentado ao mundo com um esquema de pintura que retrata o "meio século" de história daquela unidade, ostentando nas suas asas o "Sabre", nome pelo qual ficou e ficará eternizado, bem como as silhuetas das outras aeronaves que operaram a partir daquela unidade, T-33, T-38 e A-7P e a simbologia dos "Falcões";
- No final de Agosto de 2009, o 15 integra uma "embaixada" lusitana de 4 F-16 no festival aéreo "Al Fatah Air Show" na Líbia;

Patch da autoria de Miguel Amaral.

- No ano seguinte, centra de novo as atenções nas comemorações do "Dia da Família/Dia de Base aberta", na BA5, sendo de longe a maior atração, onde quer que esteja presente;

Modelo  radio controlo do "Sabre" apresentado no dia de Base Aberta em Maio de 2010.

À chegada a Monte Real numa das 3 formações four ship nas comemorações do Dia de Portugal a 10 de junho de 2010.

- Integra uma formação de 12 aparelhos na comemoração do Dia de Portugal, Camões e Comunidades Portuguesas a 10 de junho de 2010;
- Pouco depois, a 3 julho de 2010, integra a formação de 10 F-16 que participaram nas comemorações dos 58 anos da Força Aérea Portuguesa no Arquipélago da Madeira.


O "Sabre" fotografado no AM3, na Ilha de Porto Santo-Madeira, a 3 de Julho de 2010.

  Aqui, fotografado frente à Torre de Controle da BA5, a 14 de Outubro de 2010, no ocaso da pintura do "Sabre"

O "quinze" surge aqui fotografado em 18 de Outubro de 2010, tripulado pelo TCor PILAV Dionísio - Comandante da Esquadra 201 - Falcões, dia em que efetuou o voo para a OGMA em Alverca para ser submetido ao processo MLU.


Na edição de Nov/Dez de 2010 foi capa e poster central da revista Mais Alto como símbolo da frota e "Geração" de profissionais que trabalhou com os F-16 Bloco 15 (mais conhecidos por OCU), que conheceu o seu fim em missões operacionais precisamente com o 15115 em setembro de 2010.

Em 6 de Dezembro de 2011, o 15115 regressa aos céus, já como F-16AM (MLU), no seu voo de experiência, efetuado pelo TCor PILAV Morais, Comandante da Esquadra 301 - Jaguares.

De regresso de uma missão operacional, já no padrão MLU e com a pintura característica, ainda quase imaculada. Foto obtida no passado dia 1 de Março.
Depois de tanta história e memória, ao longo destes quase 18 anos ao serviço da arma aérea portuguesa, o que reserva o futuro a este avião?

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