Gelo derrete no estabilizador de um dos F-16CM usados em testes de biocombustíveis Foto: Beth Hollinker/USAF |
Numa altura em que os preços dos combustíveis preocupam
tanto companhias de aviação como o cidadão comum, na 180th Fighter Wing (Stingers) em
Toledo, Ohio, (EUA) a unidade da Guarda Aérea Nacional local testa operacionalmente biocombustível como complemento aos combustíveis fósseis.
Não sendo uma novidade na Força Aérea Americana (USAF), que
desde 2009 vem testando biocombustível - também designado Hydro-processed Renewable Jet Fuel - em caças e aviões de
transporte e até mesmo na patrulha acrobática Thunderbirds, nos "Stingers" está
a ser testado sem restrições, sendo das últimas etapas a cumprir antes de ser
licenciado para uso corrente.
Entre 10 de janeiro e 16 de fevereiro de 2012, tinham-se voado 39
missões nos dois F-16CM atribuídos ao programa de testes. Nesse período foram também levadas
a cabo 11 missões de reabastecimento aéreo e utilizados cerca de 225.000 litros de
combustível.
O amanhecer no Ohio onde está a ser testado operacionalmente biocombustível Foto: Beth Hollinker/USAF |
A 12 de fevereiro, efetuou-se com sucesso a transição de
biocombustível para o tradicional JP-8, e de novo para biocombustível, durante
uma missão de treino: Como parte de uma missão de aproximadamente duas horas,
as duas aeronaves descolaram com biocombustível e receberam JP-8 do
reabastecedor aéreo (KC-135 Stratotanker). Completaram então a missão e
receberam de novo biocombustível após aterragem.
Na fase de avaliação com estes dois F-16, deverão ser
utilizados um total de 400.000
litros de biocombustível, de modo a avaliar performance
e efeitos no motor e sistemas de combustível das aeronaves.
O biocombustível utilizado é uma mistura na proporção 50/50
entre Jet Propellant 8 (JP-8) e SPK (Synthetic Paraffinic Kerosene) produzido a partir da planta
camelina, muito comum e facilmente cultivável nos EUA e grande parte do mundo. O
processo de produção de SPK, além de se basear numa fonte renovável,
emite também consideravelmente menos gases que contribuam para o efeito-estufa,
do que a refinação do petróleo.
Esta bem-sucedida demonstração de fontes de combustível
sustentáveis em ambiente operacional, tem vindo a dar resultados lucrativos,
provando que o biocombustível é uma opção viável para as USAF, que planeia ter
a utilização de biocombustível certificada em mais de 40 aeronaves diferentes em 2016.
Fonte: USAF
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