Apesar da excelente reputação o Su-35 Flanker E está atualmente em uso apenas na Rússia Foto: Sukhoi Company |
A Rússia e a China estão perto de assinar um contrato de
4000M USD para a entrega de 48 unidades de Sukhoi Su-35 Flanker E para a Força
Aérea Chinesa, foi revelado esta terça-feira por fontes militares em Moscovo. Os pormenores estão praticamente todos acertados, sendo o único
obstáculo ainda pendente para um acordo total, a exigência de Moscovo de que
Pequim garanta a proteção dos direitos de propriedade intelectual das aeronaves
e se comprometa a não produzir Su-35 sem o devido licenciamento.
O Su-35 é um caça de alta performance e longo raio de ação Foto: Sukhoi Company |
A Rússia pretende assim, não só assegurar a continuidade dos
seus aviões de caça no mercado chinês, como também prevenir a produção de cópias
pela indústria chinesa, com subsequente venda a terceiros a preços que
inviabilizem a concorrência. A China tem um longo registo de produção de aeronaves
baseadas em modelos russos e mais recentemente também de outras proveniências,
nomeadamente o Chengdu J-10 (baseado no cancelado Lavi israelita) o Shenyang
J-11 (cópia do Su-30 russo, de que falámos anteriormente no PF), o Chengdu FC-1
(motores russos e diversa tecnologia do Mig-29) ou ainda o J-15 que é uma variante chinesa do Sukhoi
T-10K-3, protótipo de um caça naval adquirido pela China à Ucrânia.
O Su-35, motorizado por dois turboreatores 117S com vetorização, combina a alta manobrabilidade com a capacidade de
enfrentar múltiplas ameaças através de armas guiadas pelo avião ou de orientação própria.
É uma aeronave classificada como sendo de Geração 4++ usando tecnologia de 5ª
Geração.
Os motores vetorizados do Su-35 são uma das chaves para a manobrabilidade do modelo Foto: Sukhoi Company |
A Rússia foi já a concurso com o Su-35 em várias praças, entre
as quais Coreia do Sul, Índia, Brasil, Malásia e Argélia tendo sido
desqualificado ou vencido pela concorrência. A compra de Su-35 esteve para ser concretizada
pela Líbia, mas a guerra civil no país inviabilizaria o negócio. A Austrália, tradicionalmente
próxima dos produtos Norte-Americanos, terá chegado a ponderar a aquisição de Su-35,
devido aos problemas com o programa F-35 em que está envolvida, não se sabendo
ao certo até que ponto não terá tudo passado de especulação. A Venezuela que
adquiriu recentemente Su-30, tem uma encomenda de 24 Su-35 pendente desde 2008
e será aparentemente o primeiro operador do Su-35 fora da Federação Russa.
Na China o Su-35 irá conhecer novas paisagens Foto: Sukhoi Company |
Fonte: RIA
1 Comentários:
É possivel que o Brasil tem interesse no caça SU 35, más, é necessário uma oferta russa que resultasse numa ampla cooperação que fosse rentável para ambas partes. Que teria lastros com carros, sistema de defesa etc.. Contudo, acho que a Russia não tem esse interesse, pois, o FX2 Brasil está arrastando devido o preço alto do Rafale e a não transferência de tecnologia do F18. Na pressão dos americanos é provável que o F18 vença, tudo isto, por falta de uma oferta que fosse irrecusãvel por parte da Rússia. Esta é uma opinião.
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