O desenho do F-100 é o típico "flecha", um estereótipo que fez escola durante muitos anos e que, em bom rigor, revela a verdadeira apetência da aviação de combate daquela época para a rapidez. Era essa a valência maior, já que a tecnologia ainda não albergava grandes veleidades no que respeitava à "defesa" do avião.
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O North American F-100 "Super Sabre" é uma das encarnações mais típicas dos aviões de combate concebidos num tempo em que a corrida ao armamento era desenfreada e radicava na omnipresente disputa Leste-Oeste que, quanto mais não seja, suscitou enormes avanços tecnológicos no domínio da aviação militar que, seguramente, também tiveram extrapolações para a aviação civil.
A série "centenária", como ficou conhecida, foi muito famosa e será algo discriminatório estar a escrever sobre qual o mais representativo dessa série histórica. Seja como for, o F-100 foi o mais produzido desta série. Inicialmente foi concebido como caça, concebido para enfrentar os caças soviéticos, mas acabou por se tornar num polivalente, capaz de missões de ataque e reconhecimento.
O F-100 foi uma das aeronaves que equipou os "Thunderbirds". Talvez uma das provas maiores de que o F-100 era de facto um belo avião e que, por isso, foi merecedor de representar o orgulho alado da nação Ianque em todo o mundo.
Uma imagem que ficou nas memórias da guerra do Vietname. O "Super Sabre" foi também usado noutras zonas de conflito, nomeadamente na Argélia, pela França e na questão cipriota pela FA turca. Este aparelho, apesar da foto ser em preto-branco, revela a tradicional camuflagem (verdes-castanho e cinza nas superfícies inferiores) usada pela aviação Norte Americana no Vietname, bem como o armamento necessário à especificidade das operações naqueles cenários.
Um F-100 com as cores da França, um dos países fora dos EUA que o operou.
A Dinamarca foi outro utilizador europeu do "Super Sabre". A Turquia foi o outro dos operadores europeus.
O Taiwan (um "enclave" chinês) chegou a operar também o F-100, na sua versão A.
Um F-100D preservado pelos EUA e que ainda hoje faz as delícias dos aficionados.
O F-100 era um avião de Mach 1.13 (cerca de 1400 km/h), capaz de voar a 15 mil metros de altitude, com um motor Pratt&Whitney J57-P-21 Turbojet, com afterburner.
A sua característica entrada de ar, oval, integrada na fuselagem, segue de certa forma o "legado" do F-86 e confere-lhe um aspeto curioso quando observado de frente.
A sua característica entrada de ar, oval, integrada na fuselagem, segue de certa forma o "legado" do F-86 e confere-lhe um aspeto curioso quando observado de frente.
No geral, foi um avião de linhas agradáveis e que representou já uma mudança de paradigmas e marcou progressos que, como já se aludiu, marcaram gerações vindouras de aviões de combate.