15130 - um dos F-16 nacionais listado para venda |
Após sondagens do Ministério da Defesa paquistanês, acerca
das condições de venda dos 10 F-16 nacionais que estão no mercado para venda
desde 2007, e que acabaria por gorar-se, surge na imprensa
internacional, o interesse declarado da Roménia na aquisição de F-16 de
Portugal e/ou Holanda.
Rumores deste interesse que circulavam já há alguns meses por comprovar, tiveram agora a confirmação do próprio Ministro da Defesa romeno,
Corneliu Dobritoiu, que alega ainda preferir as aeronaves europeias às
inicialmente consideradas de excedentes da USAF, embora salvaguarde que tudo
está ainda em aberto.
Técnicos romenos estão já a avaliar as condições das
aeronaves, as necessidades de atualizações, os custos e a viabilidade económica
da operação.
O Estado Português tem à venda 10 unidades (despacho do
Ministro da Defesa Nacional de 31 de outubro de 2007 definindo mesmo os números
de cauda das aeronaves a alienar: 15125, 15126, 15127, 15139, 15128, 15129,
15130, 15137, 15131, 15138 ou 15140 - entretanto acidentado). Estas unidades
pertencem todas ao programa de aquisição Peace Atlantis II, referente a modelos F-16A
Bloco 15 com cerca de 3000 horas de voo cada, adquiridos em 1998 aos EUA a partir de
excedentes da USAF e modernizados em Portugal para o padrão MLU, em condições
vantajosas.
A Holanda por sua vez, que já vendeu 36 unidades usadas ao
Chile e 6 outras à Jordânia, prepara-se para colocar no mercado mais 16 unidades das 68 que possui no
ativo atualmente (todas MLU). Esta decisão inclui ainda o encerramento dos
esquadrões baseados em Leeuwarden. A notícia que alegadamente só deveria ser
revelada depois das eleições no país em setembro, acabou por transpirar para a comunicação social, tal
como a razão para esta medida, que estará relacionada com os custos do programa
F-35, a
aeronave que deverá substituir gradualmente os F-16 na RNAF.
A vontade de alienar aeronaves F-16 por parte de Portugal e
Holanda, vai por isso ao encontro dos interesses da Roménia, que as pretende
adquirir até 2015, quando se esgota o potencial de voo das atuais aeronaves em
uso nas mesmas funções naquele país.
O número avançado pelo MD romeno aponta para as 48 unidades,
pelo que a confirmar-se o negócio, poderá eventualmente vir a estar envolvido
um terceiro país com F-16 da mesma geração para venda.