sábado, 30 de junho de 2012
60º ANIVERSÁRIO DA FORÇA AÉREA - PROGRAMA DE ATIVIDADES (M680 - 69PM/2012)
sábado, 30 de junho de 2012 às 18:40
18:40
Paulo Mata
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sexta-feira, 29 de junho de 2012
SMOKEWINGS - PARTE 2 (M679 - 68PM/2012)
sexta-feira, 29 de junho de 2012 às 16:40
16:40
Paulo Mata
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Não se pense que formar e manter uma patrulha acrobática é
fácil. Além dos óbvios custos com a aquisição das aeronaves, combustível e
manutenção, há a contabilizar os custos na vida pessoal. Há que treinar para
manter a performance com treinos específicos. E se as manobras básicas podem
ser feitas nos batismos de voo, já o programa para as exibições requer atenção
especial antes da época de festivais aéreos.
Entre vida profissional, treinos e exibições, a família
acaba por sofrer algo com a dedicação à patrulha, embora Jorge Fachadas
ressalve que mantendo um calendário equilibrado, acaba por haver compreensão
por parte da família, que reconhece também a realização proporcionada pela
patrulha.
Os Yak-52 em que voam, apesar de serem aeronaves de grandes
dimensões (se compararmos com os Extra 300 por exemplo ou similares) sendo
usados militarmente como aeronaves de treino, são "dóceis" e perdoam
quase tudo, sendo de tato fácil e preciso.
São aeronaves no entanto que requerem bastante manutenção,
"trabalho de chão". Gastam muito óleo e combustível, o que levou a
equipa a estabelecer um regime de inspeções muito para além do indicado para o
modelo. Preocupações com as condições das máquinas são a última coisa que
pilotos e respetivas famílias precisam, bastando para tal o risco intrínseco
que encerra a atividade da acrobacia aérea em si.
Os custos, numa primeira fase completamente sustentados
pelos próprios pilotos são insustentáveis apenas nesse regime. Os
patrocinadores são por isso essenciais para manter a atividade. Alguns
patrocínios foram surgindo de forma pontual, embora segundo Jorge Fachadas,
seja de estranhar numa atividade que proporciona tanta visibilidade como a
acrobacia aérea, não haver mais adesão por parte de empresas que poderiam
beneficiar dessa visibilidade.
Quando confrontado com a pergunta acerca do futuro próximo
dos Smokewings, Jorge Fachadas não adianta muitos pormenores, deixando no
entanto subentender boas surpresas.
Qualquer que seja esse futuro, o público vai de certeza
querer estar lá para ver!
quinta-feira, 28 de junho de 2012
SMOKEWINGS - PARTE 1 (M678 - 67PM/2012)
quinta-feira, 28 de junho de 2012 às 08:01
08:01
Paulo Mata
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Habituados desde sempre a que o voo acrobático em formação
fosse praticamente monopolizado pelas formações militares, devido principalmente
a toda a logística e custos inerentes dificilmente suportáveis por
particulares, este status quo mudaria com os Smokewings.
Apresentando-se pela primeira vez ao público em 2007, após
cerca de dois anos de maturação da ideia, Marco Rodrigues e Jorge Fachadas,
embora com background distinto em termos de formação (o Marco na Nortavia e o
Jorge na Força Aérea), ambos pilotos da TAP, uniram esforços para criar aquela
que seria a primeira patrulha acrobática civil em Portugal.
Eleito o Yak-52 como a plataforma de voo destinada a dar
asas à dupla, pelas similaridades com os clássicos "warbirds" e pelas
performances acrobáticas de que é capaz, segundo Jorge Fachadas, a escolha
pelos Yakovlev foi "fácil e natural".
Escolhidos os aviões de entre os disponíveis no mercado, foi
uma outra aventura trazer as máquinas para Portugal.
Seguiram-se os treinos de manobras básicas individuais e em
formação e finalmente a preparação de um leque de manobras que permitissem
adaptar a demo às condições existentes, sendo por isso necessário treinar pelo
menos duas sequências novas todos os anos (uma mais flat para tetos baixos e
outra sem limitações de teto). Não repetir as demos de ano para ano, é mesmo um
dos pontos de honra da patrulha.
Durante os cinco anos que se seguiram a 2007, os Smokewings
exibiram-se um pouco por todo o território continental, tendo sido convidados
para praticamente todos os eventos aeronáuticos (civis e militares) realizados
no país, transformando-se num caso de popularidade inédito.
Nem toda a popularidade de que granjeiam no entanto, se deve
à forma como espalham pelos céus o prazer com que visivelmente voam. Tal como
falar dos Smokewings é fácil, também falar com os Smokewings o é. A simpatia
com que tratam todos os que com eles contactam também marcam pontos, mesmo
estando no chão.
Jorge Fachadas, invariavelmente de sorriso no rosto quando
entre os aviões, pertence também à Seleção Nacional de Acrobacia, que estará no
final de julho na Hungria a representar as cores nacionais uma vez mais. A
ambição de trazer mais praticantes para a modalidade, bem como proporcionar
batismos de voo acrobático, têm sido algumas das atividades extra-patrulha que
os Smokewing vão realizando.
Apesar da redução de exibições ditada pela crise económica,
a parceria estabelecida com a marca de relógios Bell&Ross permite traçar
planos para o futuro e eventualmente abrir portas além-fronteiras, para a
próxima época.
terça-feira, 26 de junho de 2012
EXERCÍCIO AERONAVAL COMPTUEX 2012 (M677 - 66PM/2012)
terça-feira, 26 de junho de 2012 às 01:23
01:23
Paulo Mata
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O Grupo 8 da US Navy de proteção ao porta-aviões USS Eisenhower Foto: US Navy/Julia Casper |
Um Super Lynx AH-11A visível na fragata brasileira BNS Independência Foto: US Navy/Julia Casper |
Os rituais que precedem a descolagem num porta-aviões Foto: US Navy/Julia Casper |
Marinheiros de uniforme amarelo têm por função movimentação de aeronaves no convés Foto: US Navy/Rob Rupp |
O sempre emocionante momento da descolagem com catapulta Foto: US Navy/Nathanael Miller |
A fragata espanhola Blas de Leso acompanha a descolagem de um F-18 no "Ike" Foto: US Navy/Julia Casper |
O não menos emocionante momento da aterragem e enganchamento do cabo de travagem Foto: US Navy/ Nathanael Miller |
Os SH-60F Sea Hawk cumpriram missões de luta anti-submarino Foto:US Navy/Nathanael Miller |
A luta anti-submarino a bordo do SH-60F Sea Hawk Foto: US Navy/Julia Casper |
A tripulação do convés de voo atenta a mais uma descolagem de um E-2C Hawkeye Foto: US Navy/Ridge Leonis |
Decorreu nas águas do Atlântico (entre os estados da
Virginia e Florida) desde 24 de abril até 17 de maio de 2012, o exercício conjunto de forças aeronavais que reuniram
o grupo de proteção e apoio do porta-aviões americano USS Eisenhower (Grupo 8),
a 7ª Air wing e incluindo também a fragata brasileira BNS Independência (F44),
a fragata espanhola Blas de Leso (F103), os contratorpedeiros USS Laboon, USS
Oscar Austin, as fragatas USS Klakring e USS Carr e o navio multi-usos USS Fort
McHenry americanos.
O COMPTUEX 2012 destinou-se a assegurar que o grupo de
combate possuía capacidade para executar a estratégia marítima dos países
envolvidos. Os cenários idealizados proporcionaram às tripulações, experiência
no campo dos ataques marítimos, guerra anti-superfície, anti-submarina, anti-aérea,
assistência humanitária e socorro em situações de catástrofe. Situações de
guerra assimétrica, anti-pirataria e operações de interdição marítima foram também
treinadas.
As aterragens noturnas proporcionam um espetáculo acrescido Foto: US Navy/Nathanael Miller |
"Estas três semanas de intensos treinos para as forças
envolvidas (...) levaram as embarcações e respetivas tripulações ao limite das suas
capacidades bélicas e refinaram missões passivas como interceção marítima e
cooperação em teatro de guerra. Ao completar o COMPTUEX, estou mais que nunca confiante
na nossa capacidade de nos deslocarmos para qualquer lugar no mundo, a
qualquer hora e efetuar uma grande variedade
de missões, que poderemos ser chamados a cumprir", referiu o comandante do
Grupo 8, o Contra-almirante Michael Manazir em jeito de epílogo do exercício terminado.
O USS Eisenhower navio-almirante do Grupo 8 da US Navy Foto: US Navy/Julia Casper |
domingo, 24 de junho de 2012
V-22 OSPREY - O "HELIAVIÃO" (M676 - 28AL/2012)
domingo, 24 de junho de 2012 às 00:22
00:22
António Luís
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Foto: USMC
O Bell Boeing V-22 Osprey é uma daquelas aeronaves em que, de certa forma, a realidade sempre ficou aquém do conceito.
É sem dúvida uma aeronave revolucionária, sim. Foi pensada e concebida para ser uma espécie de "sandes mista" de potenciais:
- Potencial de um avião propeller, com boa capacidade de carga, suficientemente rápido e com raio de ação considerável no seu segmento;
- Potencial de um helicóptero, sobretudo no que toca às operações cirúrgicas e com sérias reservas de espaço.
Contudo, o Osprey ainda não é considerada uma aeronave suficientemente fiável para que, por exemplo, não tivesse sido preterida na operação que os Estados Unidos efetuaram há pouco mais de um ano atrás e que culminou na morte de Oshama Bin Laden, no Paquistão.
A operação não podia falhar e tendo em conta alguns incidentes e acidentes com o Osprey, os especialistas e os próprios militares norte-americanos entenderam por bem não arriscar. O Osprey não participou, assim, numa das mais bem sucedidas operações militares norte-americanas da sua história.
A operação não podia falhar e tendo em conta alguns incidentes e acidentes com o Osprey, os especialistas e os próprios militares norte-americanos entenderam por bem não arriscar. O Osprey não participou, assim, numa das mais bem sucedidas operações militares norte-americanas da sua história.
Foto: USMC
Foto: Kevin O'Brien
Foto: Bill Lisbon
Seja como for, ele não deixa de ser utilizado pelos Estados Unidos em algumas operações que desenvolvem, sobretudo no Afeganistão, de que estas imagens dão conta.
Independentemente dos problemas que a sua operação tem tido e que, como já se aludiu, lhe "castram" um pouco a ação, é uma aeronave revolucionária e que quebra muitos estereótipos durante muito tempo julgados inquebráveis...
Foto: Ian Carver
Foto: Joshua Young
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