quarta-feira, 13 de junho de 2012

CONFERÊNCIA RIO+20 (M667 - 60PM/2012)


Embora o Brasil não esteja entre os países-alvo de potenciais ameaças terroristas, um evento da magnitude da Conferencia das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, como o que hoje iniciou no Rio de Janeiro, implica inevitavelmente medidas de segurança especialmente cuidadas.
Assim, o plano de segurança foi concebido pelo comando do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), do Ministério da Defesa, com a coordenação do Comando Militar do Leste (CML) e aprovado pelo executivo da Presidente Dilma Rousseff.  O efetivo militar utilizado pertence à Marinha, ao Exército e a Força Aérea Brasileira. A Polícia Militar contará com efetivo de 2,5 mil a cada dia do evento e 1 mil guardas municipais. A Polícia Federal disporá de 1,4 mil delegados e agentes na operação.

F-5EM da FAB

A Força Aérea Brasileira (FAB) concretamente terá a participação de cerca de 5 mil militares. O contingente será utilizado no controlo das Bases Aéreas do Galeão (Ilha do Governador), dos Afonsos (Marechal Hermes) e de Santa Cruz, que receberão as delegações, na defesa aérea e no controlo de tráfego aéreo de áreas de segurança estabelecidas para o Rio de Janeiro.

Linha de A-29 Super Tucano

Caças A-29 Super Tucano e F-5EM estarão de prontidão para vigiar o espaço aéreo do Rio de Janeiro durante o evento, além de helicópteros AH-2 Sabre e H-60 Black Hawk e toda a estrutura de radares de controlo de tráfego aéreo e de defesa aérea da FAB. Aviões-radar E-99 também serão utilizados na vigilância do espaço aéreo da região. Haverá zonas de exclusão aérea na cidade, como por exemplo, nas imediações do Riocentro, que sediará a conferência, num raio que pode variar de 4km a 13km de acordo com a programação do evento. Todas as informações referentes à circulação de aeronaves estarão disponíveis aos pilotos por meio de publicações específicas da aviação (NOTAM).

A aeronave AWACS  da Embraer modelo R-99A (E-99)

A coordenação do fluxo de tráfego aéreo no Rio de Janeiro estará a cargo do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), da Força Aérea, instalado ao lado do Aeroporto Santos Dumont. De lá serão, transmitidas as orientações de aterragem e descolagem das aeronaves durante o período da conferência. Pelo menos 63 aviões utilizarão o pátio do Aeroporto Internacional Tom Jobim, além das áreas disponíveis nas três bases aéreas no Rio de Janeiro. A Força Aérea garantirá a segurança nas bases do Galeão, Afonsos e Santa Cruz, e manterá tropas em prontidão para eventuais emergências.
Pela Força Aérea, unidades ligadas ao Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e Terceiro Comando Aéreo Regional (III COMAR) estarão envolvidas na operação.
As comitivas terão a proteção de 29 helicópteros que farão a monitorização dos cerca de 50km da orla carioca. Além do Riocentro e do Aterro do Flamengo, os militares atuarão na região dos 38 hotéis onde estarão hospedados os oito mil delegados participantes da Rio+20.

No Riocentro, o Centro de Defesa Cibernebética montou ainda uma infraestrutura para proteger o sistema de telecomunicação de possíveis ataques de hackers. Somente no centro foram investidos 20M BRL (cerca de 8M EUR). O plano de segurança conta também com tropas especialmente treinadas para atuação, prevenção e reação a ataques terroristas. Há também contingente para atuar na defesa química e bacteriológica.

Fonte: Agência Força Aérea com adaptação Pássaro de Ferro

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