Embora o Brasil não esteja entre os países-alvo de
potenciais ameaças terroristas, um evento da magnitude da Conferencia das Nações
Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, como o que hoje iniciou no Rio de
Janeiro, implica inevitavelmente medidas de segurança especialmente cuidadas.
Assim, o plano de segurança foi concebido pelo comando do
Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), do Ministério da Defesa, com
a coordenação do Comando Militar do Leste (CML) e aprovado pelo executivo da
Presidente Dilma Rousseff. O efetivo
militar utilizado pertence à Marinha, ao Exército e a Força Aérea Brasileira. A
Polícia Militar contará com efetivo de 2,5 mil a cada dia do evento e 1 mil
guardas municipais. A Polícia Federal disporá de 1,4 mil delegados e agentes na
operação.
F-5EM da FAB |
A Força Aérea Brasileira (FAB) concretamente terá a
participação de cerca de 5 mil militares. O contingente será utilizado no
controlo das Bases Aéreas do Galeão (Ilha do Governador), dos Afonsos (Marechal
Hermes) e de Santa Cruz, que receberão as delegações, na defesa aérea e no
controlo de tráfego aéreo de áreas de segurança estabelecidas para o Rio de Janeiro.
Linha de A-29 Super Tucano |
Caças A-29 Super Tucano e F-5EM estarão de prontidão para
vigiar o espaço aéreo do Rio de Janeiro durante o evento, além de helicópteros
AH-2 Sabre e H-60 Black Hawk e toda a estrutura de radares de controlo de
tráfego aéreo e de defesa aérea da FAB. Aviões-radar E-99 também serão utilizados
na vigilância do espaço aéreo da região. Haverá zonas de exclusão aérea na
cidade, como por exemplo, nas imediações do Riocentro, que sediará a
conferência, num raio que pode variar de 4km a 13km de acordo com a programação
do evento. Todas as informações referentes à circulação de aeronaves estarão
disponíveis aos pilotos por meio de publicações específicas da aviação (NOTAM).
A aeronave AWACS da Embraer modelo R-99A (E-99) |
A coordenação do fluxo de tráfego aéreo no Rio de Janeiro
estará a cargo do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), da Força
Aérea, instalado ao lado do Aeroporto Santos Dumont. De lá serão, transmitidas
as orientações de aterragem e descolagem das aeronaves durante o período da
conferência. Pelo menos 63 aviões utilizarão o pátio do Aeroporto Internacional
Tom Jobim, além das áreas disponíveis nas três bases aéreas no Rio de Janeiro.
A Força Aérea garantirá a segurança nas bases do Galeão, Afonsos e Santa Cruz,
e manterá tropas em prontidão para eventuais emergências.
Pela Força Aérea, unidades ligadas ao Comando-Geral de
Operações Aéreas (COMGAR), Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro
(COMDABRA), Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e Terceiro Comando
Aéreo Regional (III COMAR) estarão envolvidas na operação.
As comitivas terão a proteção de 29 helicópteros que farão a
monitorização dos cerca de 50km da orla carioca. Além do Riocentro e do Aterro
do Flamengo, os militares atuarão na região dos 38 hotéis onde estarão
hospedados os oito mil delegados participantes da Rio+20.
No Riocentro, o Centro de Defesa Cibernebética montou ainda
uma infraestrutura para proteger o sistema de telecomunicação de possíveis
ataques de hackers. Somente no centro foram investidos 20M BRL (cerca de 8M
EUR). O plano de segurança conta também com tropas especialmente treinadas para
atuação, prevenção e reação a ataques terroristas. Há também contingente para
atuar na defesa química e bacteriológica.
Fonte: Agência Força Aérea com adaptação Pássaro de Ferro
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