Um Mil Mi-17-2 em uso na Venezuela em funções de busca e salvamento Foto: Russian Helicopters |
A Rússia planeia inaugurar ainda durante 2012, o primeiro
centro de manutenção destinado aos helicópteros registados na Venezuela. A
intenção é a de ampliar posteriormente a capacidade do mesmo para garantir o
ciclo de vida de todos os helicópteros de fabrico russo de toda a América
Latina.
Segundo o perito militar Igor Korotchenko, a escolha da Venezuela
não foi casual: "Muitos helicópteros russos foram fornecidos à América
Latina. A Venezuela foi escolhida por ser o maior comprador de equipamentos
militares russos. Isto é vantajoso para a Rússia, porque tendo um centro seguro
de serviços, será minimizado o tempo para restauração do potencial de voo dos
helicópteros. A Rússia, desse modo, revela-se como fornecedor seguro. Isto irá
contribuir para o aumento da parcela de fornecimento de helicópteros russos no
mercado local."
Este Kamov Ka-32A em uso no Brasil poderá vir a beneficiar do novo centro de manutenção Foto: Russian Helicopters |
A criação deste centro de manutenção na Venezuela está contudo
longe de agradar a todos, se tivermos em atenção que a maioria dos países
ocidentais não nutre especial simpatia pelo governo venezuelano. O Ministério
do Exterior russo lembrou por isso que a parceria Moscovo-Caracas em matéria de
defesa, é feita estritamente de acordo com as normas internacionais.
Para o perito militar Viktor Baranet "A exportação para a
Venezuela está na categoria dos novos mercados para a Rússia. Sendo que aqui se
incluem não apenas motivos puramente económicos, mas em certa medida também
políticos. Existem boas relações entre a Rússia e a Venezuela. E a própria
Venezuela apontou para o mercado russo de armamentos. A Rússia contribuiu para
isso. Há alguns anos foi destinado à Venezuela um crédito para a compra de
armamentos russos no valor de dois mil milhões de dólares. E o total da
capacidade do mercado venezuelano já atinge cinco mil milhões."
Estimando a receita anual russa
com a venda de armamentos em dez mil milhões, teoricamente a Venezuela garante
metade dessas vendas. Esta dinâmica trará naturalmente centros de manutenção
para os equipamentos, estando o primeiro dos quais a ser criado atualmente.
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