MQ-9 Reaper um dos drones de ataque operacionais nos EUA Foto: Xavier Lockley/USAF |
Com mais um ataque realizado por aeronaves não tripuladas (UAV) norte-americanas no Paquistão esta segunda-feira 24 de setembro de 2012, voltaram a crispar-se as relações entre estes dois estados.
A questão coloca-se já desde há quase uma década atrás, quando os EUA iniciaram uma guerra "silenciosa" apoiada na tecnologia de aeronaves UAV, durante a qual as autoridades paquistanesas reclamaram já a morte de cerca de um milhar dos seus cidadãos.
Os EUA por seu lado, afirmam a intenção de prosseguir com este tipo de ações, por enquanto escudados no facto de serem das poucas nações a dominar a tecnologia UAV em ambiente completamente operacional e num vazio legislativo internacional que lhes permite levar a cabo este tipo de ações até ao momento impunemente sobre várias nações soberanas, e em zonas sem estado de guerra declarado.
A simples ausência de um humano a bordo deste tipo de aeronaves, leva até a que estas não sejam enquadradas dentro dos parâmetros normais mesmo para os próprios EUA, onde as suas ações fogem ao escrutínio de órgãos de soberania e vigilância como são as Comissões de Inquérito do Senado, ao serem usados por agências de informação, nomeadamente a CIA, e classificadas como "secretas".
Esta atitude dos EUA, começa a levantar questões um pouco por todo o mundo, chegando às Nações Unidas, até ao momento sem resultados práticos.
No Paquistão concretamente, no Iémen e Somália, a presença assídua de membros e lideres terroristas, continua a servir de justificação à administração de Obama para seguir com um procedimento que, se formalmente está num vazio legal, na prática são repetidas ações militares em estados soberanos, com vítimas que incluem muitas vezes pessoas não relacionadas com o terrorismo, que acorrem ao local em socorro, após um primeiro ataque.
A questão coloca-se já desde há quase uma década atrás, quando os EUA iniciaram uma guerra "silenciosa" apoiada na tecnologia de aeronaves UAV, durante a qual as autoridades paquistanesas reclamaram já a morte de cerca de um milhar dos seus cidadãos.
Os EUA por seu lado, afirmam a intenção de prosseguir com este tipo de ações, por enquanto escudados no facto de serem das poucas nações a dominar a tecnologia UAV em ambiente completamente operacional e num vazio legislativo internacional que lhes permite levar a cabo este tipo de ações até ao momento impunemente sobre várias nações soberanas, e em zonas sem estado de guerra declarado.
A simples ausência de um humano a bordo deste tipo de aeronaves, leva até a que estas não sejam enquadradas dentro dos parâmetros normais mesmo para os próprios EUA, onde as suas ações fogem ao escrutínio de órgãos de soberania e vigilância como são as Comissões de Inquérito do Senado, ao serem usados por agências de informação, nomeadamente a CIA, e classificadas como "secretas".
Esta atitude dos EUA, começa a levantar questões um pouco por todo o mundo, chegando às Nações Unidas, até ao momento sem resultados práticos.
No Paquistão concretamente, no Iémen e Somália, a presença assídua de membros e lideres terroristas, continua a servir de justificação à administração de Obama para seguir com um procedimento que, se formalmente está num vazio legal, na prática são repetidas ações militares em estados soberanos, com vítimas que incluem muitas vezes pessoas não relacionadas com o terrorismo, que acorrem ao local em socorro, após um primeiro ataque.
Este mais recente incidente, que os EUA reclamam mais uma vez ter sido direcionado a militares da rede al-Qaeda, veio incendiar os ânimos no Paquistão, numa altura em que a popularidade do Tio Sam está especialmente desgastada pelo recente caso do vídeo com teatralizações de Maomé, considerado uma afronta à religião muçulmana, com reações especialmente violentas neste país. A que há a adicionar a ação de captura de Bin Laden, realizada sem consentimento das autoridades paquistanesas, que embora perpetrada há mais de um ano, até hoje ficou numa zona cinzenta de acusações bilaterais.
Quando as atenções estão centradas em que o Irão não se torne numa potência nuclear, convém não esquecer que o Paquistão já o é. E que por mais que os seus líderes estejam dependentes dos seus amigos americanos, as coisas podem fugir de controlo quando o povo sai à rua.
Ainda assim, o único contrapeso que por agora se adivinha à impunidade com que os UAVs americanos atuam por todo o mundo, parece ser o espetro de num futuro não muito longínquo, outras nações (nomeadamente a China) poderem gozar do(a) mesmo(a) (ausência de) estatuto legal para fazer voar UAVs sobre território americano, ou qualquer outro que na altura dê jeito.
Mas por enquanto, isso não parece tirar o sono a ninguém em Washington e os drones continuarão seguramente os ataques.
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