Base Aérea º4 nas Lajes, Terceira |
Segundo notícia divulgada ontem pela Agência Lusa, a administração norte-americana informou o Governo português da sua intenção de reduzir significativamente a presença na Base Aérea das Lajes nos Açores.
Apesar de ser atualmente ponto de passagem e apoio para a aviação norte-americana, principalmente nas ligações de e para o Médio Oriente, novos tempos parecem avizinhar-se, com o consequente impacto que terá para a economia dos Açores e política externa nacional.
Esta decisão do executivo de Obama, vem na continuidade do que parece ser uma política de desinvestimento em bases externas, já que em 2006 os EUA abandonaram a utilização de outra base no Atlântico, mais concretamente em Keflavik na Islândia, tendo desde então o espaço aéreo desta nação nórdica sido patrulhado rotativamente pelos aliados da NATO (incluindo Portugal em agosto e setembro últimos).
Entretanto (e talvez por isso) têm circulado rumores do interesse da China na insular base aérea portuguesa, levantados especialmente pela passagem pouco previsível do Primeiro-Ministro chinês pelas Lajes em Junho passado, no regresso de uma visita oficial ao... Chile, que não fica propriamente em caminho.
O Primeiro-Ministro chinês e sua comitiva estiveram quatro horas de visita à base e ilha Terceira apesar de oficialmente a passagem ter sido designada como "escala técnica".
Do ponto de vista estratégico para a China, ter uma base no Atlântico Norte seria uma forma excelente de impor a sua presença entre EUA e a Europa, bem como contrabalançar o incómodo que é a a influência americana em Taiwan, um espinho cravado no orgulho chinês.
Se houver habilidade política nacional, é certamente uma situação a explorar no interesse do país.
2 Comentários:
E darmos guarida a um regime comunista, cuja organização social e produtiva dá cabo das economias ocidentais!? NUNCA!
É uma pena que o texto acabe com tamanha frase infeliz.
Caro amigo, o interesse chinês nas Lajes para já não passa de especulação. O seu aproveitamento pode ser feito de várias formas, tanto alimentando essa especulação para retirar dividendos dos adversários da China, como, a haver real interesse da China, através da própria China. Portugal é um país em grave situação económica (e mesmo que não estivesse)deve aproveitar as oportunidades que se lhe apresentam, que sejam vantajosas para o país e para os seus cidadãos. O falso moralismo de não negociar com países A ou B ou C, não o cumpre país nenhum, nem os EUA, nem Alemanha nem ninguém. Ou só o fazem quando daí podem tirar dividendos. Nós que somos pobres é que temos que o fazer? Se calhar por isso mesmo é que somos pobres. Esta é a minha opinião pessoal. Cumprimentos. Paulo Mata
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