Foi na Base Aérea 2 que iniciei o meu percurso no F-86F, o “nosso” Sabre.
Efetuei o primeiro voo em 10 de Outubro de 1958 no avião nº 5317, com o último a ser realizado em 11 de Dezembro de 1974, nas OGMA. No total, completei 1.033:35 horas de voo.
Tenho agradáveis recordações vividas nessa admirável máquina e, reparem, decorreram 16 anos entre o primeiro e o último voo.
Antes de prosseguir com a “minha história”, gostaria de referir algo interessante:
1º - O F-86F esteve ao ativo na FAP de 1958 a 1980 (22 anos de brilhantes serviços);
2º - Foram “largados” neste avião - 188 pilotos portugueses.
(O autor destes números é o ex-piloto de F-86F – Adelino Pereira Lopes a quem apresento as minhas homenagens).
Tenho agradáveis recordações vividas nessa admirável máquina e, reparem, decorreram 16 anos entre o primeiro e o último voo.
Antes de prosseguir com a “minha história”, gostaria de referir algo interessante:
1º - O F-86F esteve ao ativo na FAP de 1958 a 1980 (22 anos de brilhantes serviços);
2º - Foram “largados” neste avião - 188 pilotos portugueses.
(O autor destes números é o ex-piloto de F-86F – Adelino Pereira Lopes a quem apresento as minhas homenagens).
O F-86F Sabre foi um avião quase tão mítico como o Spitfire. Não esqueçamos que a Guerra da Coreia ainda estava próxima e a fama do Sabre foi grande.
Como piloto de caça da FAP, o Sabre fazia parte do meu imaginário.
Foi um grande momento e deveras entusiasmante, a chegada dos primeiros exemplares à Ota. Possuo uma foto onde se vê um F-86F ainda com os emblemas da USAF.
O Agrupamento da USAF que acompanhou o MTU (Mobile Training Unit) era chefiado por dois pilotos veteranos da Guerra da Coreia, Maj Akola e Cap Brown e, mais um pequeno grupo de especialistas.
E, como nasceu a pintura dos aviões? Dum modo despretensioso e ocasional.
Sempre gostei de construir kits em plástico e, como se entenderá, o F-86 foi de imediato procurado e construído. Para não deixar o modelo "em branco”, pintei a ponta do nariz, as pontas das asas e a extremidade da cauda em azul.
Ao oferecer o modelo para embelezar a secretária ao Comandante da Esquadra, este ficou tão satisfeito que de imediato pôs à aprovação do restante pessoal, a proposta de adaptação daquele esquema de cor.
Concordaram, apenas com uma alteração: a pintura da deriva toda na mesma cor.
Como piloto de caça da FAP, o Sabre fazia parte do meu imaginário.
Foi um grande momento e deveras entusiasmante, a chegada dos primeiros exemplares à Ota. Possuo uma foto onde se vê um F-86F ainda com os emblemas da USAF.
O Agrupamento da USAF que acompanhou o MTU (Mobile Training Unit) era chefiado por dois pilotos veteranos da Guerra da Coreia, Maj Akola e Cap Brown e, mais um pequeno grupo de especialistas.
E, como nasceu a pintura dos aviões? Dum modo despretensioso e ocasional.
Sempre gostei de construir kits em plástico e, como se entenderá, o F-86 foi de imediato procurado e construído. Para não deixar o modelo "em branco”, pintei a ponta do nariz, as pontas das asas e a extremidade da cauda em azul.
Ao oferecer o modelo para embelezar a secretária ao Comandante da Esquadra, este ficou tão satisfeito que de imediato pôs à aprovação do restante pessoal, a proposta de adaptação daquele esquema de cor.
Concordaram, apenas com uma alteração: a pintura da deriva toda na mesma cor.
É a que se vê na foto abaixo.
Gostei especialmente desta aeronave. Dir-se-ia que nos completávamos. Parece exagerada esta afirmação mas, pelo menos para mim, era o que sentia.
Como qualidade de avião tinha uma soberba capacidade aerodinâmica possibilitando uma manobrabilidade excecional. Só lamentávamos a pouca potência do motor...
Um dia em manobras da NATO em Reims (França) numa saída de interceção acima de 35.000 pés, o meu “bandit” (pretenso inimigo) era um F-100 que resolveu defender-se com manobra em volta. Rapidamente foi apanhado porque o F-86F voltava muito melhor.
Optou depois por fugir aplicando o afterburner...
Seguro e fiável não causava problemas quanto a avarias. Por outro lado, não causou grande número de acidentes. Em todo o meu historial tive uma avaria (a relatar em próxima ocasião) com gravidade, mas sem consequências além da substituição do motor.
Vivi belos e exaltantes momentos com o F-86F.
Vivi belos e exaltantes momentos com o F-86F.
Por exemplo, o Dia da Inauguração da Base de Monte Real, onde a Esquadra 51 efetuou uma exibição acrobática com 16 aviões.
Recorte da revista Mais Alto da época |
Por razões várias, não houve possibilidades de constituir uma patrulha acrobática permanente. Não havia permissão superior para o fazer apesar de tanto quanto sei, ter havido pelo menos duas tentativas.
Uma, em 1962, comandada pelo Comandante da Esquadra na altura, constituída por 5 aviões.
Sei que houve outra tentativa mais tarde mas não possuo mais informações sobre isso. Estava eu então em Angola.
Mais haverá a contar, mas não quero tornar-me fastidioso por hoje.
Uma, em 1962, comandada pelo Comandante da Esquadra na altura, constituída por 5 aviões.
Sei que houve outra tentativa mais tarde mas não possuo mais informações sobre isso. Estava eu então em Angola.
Mais haverá a contar, mas não quero tornar-me fastidioso por hoje.
Texto: Cap. (Ref) Fernando Moutinho
0 Comentários:
Enviar um comentário