Parelha de F-86F Foto: AHFA |
Um dia à vertical de Monte Real, em F-86, num voo de treino de acrobacia em formação (losango com 5 aviões), o chefe, ao pretender executar um tonneaux, fez um erro grave – a meio da movimento hesitou e parou a manobra.
Consequências: os outros aviões por inércia e pelo inesperado continuaram o movimento, perdendo as referências, resultando que o avião que voava na minha “asa”, deu uma pancada na cauda do meu com o nariz do seu avião, tendo-me partido as superfícies do comando de profundidade do lado direito.
Cada um foi para o seu lado.
O avião que deu a pancada ficou com uma pequena amolgadela perto da entrada de ar.
O meu ficou com grandes vibrações, por ter ficado com parte da superfície de profundidade partida, agarrada ao avião e a abanar. Felizmente partiu-se definitivamente pouco depois e as vibrações pararam.
Pelo espelho retrovisor conseguia ver que mais de 2/3 do conjunto leme/estabilizador de profundidade do lado direito, tinham desaparecido.
Reduzi a velocidade e efetuei vários testes para me aperceber das condições de voo.
O meu problema realmente era não saber se estava com fuga no sistema hidráulico (sistema que aciona os comandos de voo).
Com o olho em cima do manómetro da pressão hidráulica pensei em tentar aterrar.
Da Base mandavam-me saltar de paraquedas, mas eu sendo “medroso”, após os referidos testes que incluíram subir e descer o trem e os flaps, pensei que aterraria em segurança, até porque estando sobre a Base podia executar uma manobra que treinávamos de vez em quando, o Simulacro de Aterragem Forçada.
Tive de declarar que a aterragem era à minha responsabilidade, para me autorizarem a manobra. Recorrendo ao dito treino de Simulacro de Aterragem Forçada, executei os procedimentos e correu tudo bem.
Consequências: os outros aviões por inércia e pelo inesperado continuaram o movimento, perdendo as referências, resultando que o avião que voava na minha “asa”, deu uma pancada na cauda do meu com o nariz do seu avião, tendo-me partido as superfícies do comando de profundidade do lado direito.
Cada um foi para o seu lado.
O avião que deu a pancada ficou com uma pequena amolgadela perto da entrada de ar.
O meu ficou com grandes vibrações, por ter ficado com parte da superfície de profundidade partida, agarrada ao avião e a abanar. Felizmente partiu-se definitivamente pouco depois e as vibrações pararam.
Pelo espelho retrovisor conseguia ver que mais de 2/3 do conjunto leme/estabilizador de profundidade do lado direito, tinham desaparecido.
Reduzi a velocidade e efetuei vários testes para me aperceber das condições de voo.
O meu problema realmente era não saber se estava com fuga no sistema hidráulico (sistema que aciona os comandos de voo).
Com o olho em cima do manómetro da pressão hidráulica pensei em tentar aterrar.
Da Base mandavam-me saltar de paraquedas, mas eu sendo “medroso”, após os referidos testes que incluíram subir e descer o trem e os flaps, pensei que aterraria em segurança, até porque estando sobre a Base podia executar uma manobra que treinávamos de vez em quando, o Simulacro de Aterragem Forçada.
Tive de declarar que a aterragem era à minha responsabilidade, para me autorizarem a manobra. Recorrendo ao dito treino de Simulacro de Aterragem Forçada, executei os procedimentos e correu tudo bem.
Texto:Cap (Ref) Fernando Moutinho
1 Comentários:
Tenho seguido atentamente as sua histórias do Sabre que tantas saudades nos causam... Tenho um blogue onde publico as minhas histórias e tenho-me servido do Pássaro de Ferro para tirar algumas dúvidas. Vou publicar esta semana a história do F-86 e utilizo alguns valiosos textos seus, devidamente identificados. São preciosas as suas memórias. Um grande abraço! Falcão Gabriel Cavaleiro. Leia-me em "Rio dos Bons Sinais" http://riodosbonssinais.blogspot.pt/
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