Nota explicativa: Em agosto de 1961, foram enviados para a Guiné, numa demonstração de força e soberania, duas esquadrilhas de quatro F-86F, pertencentes à Esquadra 51 - Falcões (hoje Esquadra 201).
O voo ferry dos oito F-86F Sabre, entre Monte Real e Bissalanca, foi batizado com o nome "Operação Atlas" e terminaria num destacamento dos F-86 na Guiné até outubro de 1964. Após longo braço de ferro com os EUA, que reivindicavam o regresso dos aviões (fornecidos ao abrigo do apoio aos países NATO e para uso dentro da mesma estrutura) o destacamento seria finalmente dado por concluído.
O Cap. (Ref) Fernando Moutinho, foi um dos pilotos que voou o F-86F Sabre na Guiné, durante esses três anos, e conta-nos agora as suas memórias desses tempos:
"As missões de F-86F na Guiné incluíam missões de treino, especialmente navegação baixa, alguns instrumentos e as missões mais bélicas.
O armamento utilizado foi, sempre metralhadoras, bastantes Foguetes, duas ou três variedades de bombas de demolição (entre 100 e 500 Kgs) e algumas saídas com napalm.
As bombas eram utilizadas para as densas matas e eram largadas em picada para permitir que entrassem por entre os ramos das árvores e rebentassem no solo e não na ramagem.
A brincar, referíamos que as bombas pouco fariam devido às árvores mas, de certeza, provocavam surdez em alguns e uma grande dor de cabeça em todos... os que estavam por perto.
As metralhadoras e foguetes eram utilizados em flagelação perto das povoações e locais suspeitos.
A minha última missão, na Guiné, em F-86F foi no dia 18 de Outubro de 1964 no avião 5317, numa saída para bombardeamento, foguetes e metralhamento.
O armamento utilizado foi, sempre metralhadoras, bastantes Foguetes, duas ou três variedades de bombas de demolição (entre 100 e 500 Kgs) e algumas saídas com napalm.
As bombas eram utilizadas para as densas matas e eram largadas em picada para permitir que entrassem por entre os ramos das árvores e rebentassem no solo e não na ramagem.
A brincar, referíamos que as bombas pouco fariam devido às árvores mas, de certeza, provocavam surdez em alguns e uma grande dor de cabeça em todos... os que estavam por perto.
As metralhadoras e foguetes eram utilizados em flagelação perto das povoações e locais suspeitos.
A minha última missão, na Guiné, em F-86F foi no dia 18 de Outubro de 1964 no avião 5317, numa saída para bombardeamento, foguetes e metralhamento.
Mas não acabaram então os meus voos em F-86. De volta a Monte Real continuei a usufrui-los até 1966. Daí fui para Angola, de onde voltei em Outubro de 1972 para as OGMA.
Aí, nos Voos de Experiência, voltei a voar neles e o último voo foi no 5360 de Alverca para Monte Real.
O regresso seria num Alouette III."
Texto: Cap (Ref) Fernando Moutinho