Foto: Rick Sforza/USAF |
Quatro C-130 da Força Aérea dos EUA (USAF) ajudam as autoridades locais a combater os fogos calamitosos que grassam no estado do Arizona.
"Eles estão a levar os aviões até ao limite das performances" disse Ann Skarban, porta-voz da 302 Air Lift Wing. "Estão a voar devagar, baixo e pesados. Estão a trabalhar em linhas de contenção para quebrar ou parar as frentes de fogo", acrescentou.
Os C-130 tipicamente largam retardante à velocidade de 120 nós (aprox. 200 km/h) disse Dave Carey, engenheiro de bordo do 731 Air Lift Squadron. O retardante é largado ao longo do perímetro do fogo, ou contornando-o, ajudando assim os bombeiros no solo, ao conter o avanço das chamas.
O uso dos C-130 equipados com sistema MAFFS (Modulad Airborne Fire Fighting System) está a ser comandado pelos Serviços Florestais e a operar a partir do aeroporto Mesa-Gateway em Phoenix.
Com este sistema, as aeronaves são capazes de largar 3000 galões (cerca de 11.000 litros) de água ou retardante em menos de 5 segundos e cobrir uma área de 400 m de comprimento, por 30 de largura.
Assim que uma carga de retardante é largada, em terra podem começar a encher um novo módulo, o que é conseguido em menos de 12 minutos. A quantidade de retardante aplicada na água, varia com determinados fatores, como a pressão do ar, o terreno, altitude e peso, referiu ainda Dave Carey. Por exemplo, altitudes e temperaturas mais altas resultam em pressão atmosférica mais baixa, o que torna mais difícil manobrar a aeronave, especialmente um C-130 carregado com milhares de litros de combustível. Continuando depois: "controlamos sempre o volume que carregamos, porque nem sempre podemos carregar completamente o tanque, devido às restrições comentadas. Temos ainda que contar com restrições na razão de subida, para o caso de perdermos um motor. Temos que ser capazes de sair do local também nessas condições" continuou. A pressão e volume de retardante, controlados por uma válvula e um computador de bordo, variam ainda com o tipo de terreno e vegetação afetados pelo fogo, explicou ainda Carey. "Se a vegetação for muito densa, vai requerer muita pressão para conseguir penetrar na floresta, enquanto que se for vegetação rasteira típica de pradaria, pode utilizar-se uma pressão mais baixa. Com uma pressão elevada, a descarga dá-se muito mais rapidamente" concluiu.
Uma manobra de descarga típica é feita num corredor sobre a zona de incêndio a combater, seguindo cerca de 300 m atrás de um avião ligeiro, que estabelece o ponto de início, paragem e a pressão para a descarga do retardante.
Além dos quatro C-130 mobilizados para combater os fogos que afetam o sudoeste dos EUA neste início de mês de julho de 2013, quatro outros estão também em uso por unidades da Guarda Aérea Nacional na Carolina do Norte e Wyoming.
Fonte: Military.com
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro
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