A Coreia do Sul reverteu a decisão de adquirir 60 caças F-15SE, apesar de apenas há alguns dias ter pre-selecionado o modelo da Boeing, para substituir os seus caças mais antigos (F-4 e F-5), em detrimento do EF-2000 Typhoon e do F-35 Lightning II.
Anteriormente considerado demasiado caro, o F-35 da Lockheed Martin, aparece agora à cabeça das preferências, depois do Ministro da Defesa sul-coreano ter descartado o Silent Eagle, em favor de um caça de 5ª Geração.
Na realidade, o F-15SE havia ganho o concurso, por ser o único concorrente a caber dentro do orçamento (7200M USD), condição perentória para poder ganhar um concurso na Coeria do Sul. Mas críticas de militares e do partido do Governo, rebateram esta opção, por não ter capacidades furtivas, consideradas cruciais. A margem de progressão para futuras modernizações ao F-15SE, foi também colocada em causa e um motivo mais para o descartar.
A decisão, veio assim dar uma segunda oportunidade à Lockheed Martin principalmente, que já no decorrer de 2013 anunciou descidas de custo no polémico JSF, ao mesmo tempo que na Coreia do Sul, um novo teto de custos para o programa está a ser discutido entre Governo, militares e a entidade que define as aquisições militares (DAPA).
Entretanto, a Boeing, que gastou quantias significativas a desenvolver o F-15SE, manifestou já a sua desilusão pela decisão de passada terça-feira, referindo que havia cumprindo com todos os requerimentos do programa, referindo ainda aguardar pormenores acerca da decisão, para "avaliar as suas opções futuras".
O representante do consórcio Eurofighter na Coreia do Sul, já fez saber por sua vez, que o Typhoon irá a concurso assim que o processo for recomeçado.
O processo de aquisição começará por isso de novo, mas se as prioridades para o novo caça não ficarem claramente definidas, os envelhecidos F-4 e F-5 terão que continuar a voar por mais algum tempo, antes de conhecerem a reforma. Em última análise, a DAPA estimou que um novo atraso no programa de aquisição do novo caça, terá como consequência uma falta de cerca de 100 caças, relativamente aos 430 considerados necessários em 2019.
Segundo notícias veiculadas, a decisão final será conhecida ainda antes do fim do corrente ano, mas o mais provável é a situação se arrastar por 2014.
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