Tornados britânicos Foto:RAF |
Typhoons da Esq 10 da Real Força Aérea Saudita (RSAF) voaram desde a Base Aérea Rei Fahad em Taif, juntamente com Tornados da Esq 75 de Dhaharan, até Coningsby no Reino Unido para operação conjunta com Typhoons da Esq 3 da RAF e Tornados GR4 de Marham.
Durante o exercício de dez dias, as tripulações britânicas e sauditas voaram em conjunto, numa série de missões com aumento gradual de complexidade.
Como sempre, estas ocasiões são oportunidade para aprofundar relações e trocar conhecimentos sobre o modo de operação de outras forças aéreas, além de permitir explorar de modo aprofundado as potencialidades de cada tipo de avião, de modo a conseguir um resultado global mais satisfatório.
Typhoon saudita Foto: RAF |
O comandante da Base Johnny Stringer referiu a propósito: "Para Coningsby e para a RAF, este é um exercício bastante significativo, uma oportunidade de voar os mesmos tipos de aviões, com os nossos amigos da RSAF, partilhar o nosso pensamento tático e como utilizamos as nossas plataformas. Para nós é também importante, como base de suporte a um destacamento de uma força aérea longe do seu ambiente." Continuando depois: "no final do exercício chegaremos a um ponto em que o sucesso para nós, e penso que posso falar também pela RSAF, será que os nossos pilotos, navegadores, engenheiros e controladores - todas as pessoas que a RSAF trouxe e que acolhemos em Coningsby e pelo Reino Unido - não só se compreendam e conheçam entre si um pouco melhor, mas também que se alguma vez tivermos de voar lado a lado a sério, tenhamos confiança uns nos outros de que conseguiremos fazê-lo.
O Brigadeiro-General da RSAF Mohammed Al-Shahrani, comandante do destacamento disse: "Um objetivo muito importante que temos, é assegurarmo-nos de que todo o nosso pessoal, desde tripulações, a engenheiros, administrativos, controladores e todas as outras funções, trabalham lado a lado com a RAF, para estarem prontos, se alguma vez precisarmos de operar em conjunto".
Operação conjunta também na messe Foto:RAF |
Johnny Stringer acrescentou ainda:"em termos da tipologia do exercício, Coningsby foi obviamente escolhida por haver Typhoons e Tornados a operar em conjunto, mas também temos pessoal da RSAF a trabalhar noutras unidades de apoio ao exercício."
Do ponto de vista saudita, dois aspetos se revestem de especial importância: o exercício é o primeiro destacamento de um número significativo de Typhoons fora da Arábia Saudita e é também a primeira vez que o reabastecedor aéreo A330 MRTT foi usado operacionalmente para acompanhar aeronaves em destacamento de longa distância, por qualquer força aérea no mundo (NR: estas aeronaves fizeram testes e certificação de sistemas com os F-16 da Força Aérea Portuguesa). No caso, os Typhoons sauditas fizeram voo diretamente da Arábia Saudita até ao Reino Unido, com recurso ao A330 MRTT. Shahrani comentou a propósito: "é a primeira vez que destacamos Typhoons por um longo período fora do nosso país, o que significa que atingimos capacidade para o nosso apoio logístico a cerca de 3000 milhas, e é muito importante para nós testarmos isso. Também é a primeira vez que usamos o MRTT para sair da Arábia Saudita , o que tem decorrido bem até ao momento."
A330 MRTT saudita em certificação de sistemas sobre Monte Real |
A terminar Stringer acrescentou que "os sauditas têm sido nossos amigos e aliados há já longo tempo (...) e quando é preciso operar com aliados, saber que podemos pegar no telefone e falamos com alguém conhecido do outro lado, é algo de muito valioso".
Fonte: RAF
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro
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