Os caças MiG são conhecidos por todo o mundo e tiveram também um papel importante em África, onde fazem parte do inventário de muitas forças aéreas e participaram em várias guerras.
Tom Cooper, um conhecido investigador em aviação militar, lançou-se há vários anos na aventura de escrever um livro sobre os MiGs em África. A primeira versão desta investigação pessoal foi publicada em 2004 “African MiGs - MiGs and Sukhois in Service in Sub Saharan Africa,” SHI Publications; baseada em informação recolhida ao longo do tempo pelo autor. O trabalho não era fácil, pois a informação disponível era escassa e o acesso a fontes locais difícil. Mesmo assim, o autor deu um primeiro passo com esse trabalho, apesar das insuficiências e deficiências que a investigação continha.
A partir deste primeiro trabalho, Tom Cooper desenvolveu uma nova abordagem com outros autores, mais completa, que desaguou na publicação de dois volumes sobre os MiGs e Sukhois em África na Harpia Publishing em 2010. Tive agora a oportunidade de ver os livros.
Estes novos volumes representam um avanço considerável em relação ao primeiro trabalho do Tom e são sem dúvida uma referência na aviação militar contemporânea e no estudo das forças aéreas africanas. Obviamente que uma investigação desta envergadura nunca está isenta de erros devido à natureza nebulosa das fontes e à dificuldade de recolher informação em tantos países.
Para ser uma obra mais profunda precisava de contar com mais autores, que a nível local conseguissem investigar fontes e histórias e fornecer novas abordagens aos temas abordados. Mesmo assim, a investigação desenvolvida é significativa e fica para já como o melhor projecto de investigação que temos sobre as forças aéreas do continente africano.
Os dois volumes não são baratos, mas fornecem a melhor informação escrita que temos sobre o assunto, embora nunca esquecendo que o tema é muito complexo e que nós podemos facilmente ser enganados pela natureza nebulosa das fontes. Além do conteúdo, que deve ser sempre analisado com cuidado, há a salientar o aspecto gráfico que é muito bom e o Tom conseguiu a esse nível melhorias significativas que tornam os livros muito agradáveis. Uma obra destas merece de facto um bom grafismo e, nesse aspecto, quem comprar os livros não vai ficar desiludido.
Outra mais-valia dos livros são as fotos, nem sempre fáceis de conseguir, mas que os dois volumes têm em abundância. Por outro lado, além dos MiGs e Sukhois, os livros cobrem também os jactos de origem chinesa presentes em várias forças aéreas africanas.
Em suma, posso dizer que não vai ser fácil alguém conseguir fazer melhor. É espantosa a quantidade de informação que os autores conseguiram recolher. Desta forma, os investigadores têm um bom ponto de partida para futuros trabalhos e, os entusiastas, uma grande enciclopédia para consultar sempre que quiserem saber mais. É indiscutível que os autores e a editora fizeram um bom trabalho e que não deve ficar por aqui. Espero que, no futuro, possa evoluir para uma nova obra.
Tom Cooper, um conhecido investigador em aviação militar, lançou-se há vários anos na aventura de escrever um livro sobre os MiGs em África. A primeira versão desta investigação pessoal foi publicada em 2004 “African MiGs - MiGs and Sukhois in Service in Sub Saharan Africa,” SHI Publications; baseada em informação recolhida ao longo do tempo pelo autor. O trabalho não era fácil, pois a informação disponível era escassa e o acesso a fontes locais difícil. Mesmo assim, o autor deu um primeiro passo com esse trabalho, apesar das insuficiências e deficiências que a investigação continha.
A partir deste primeiro trabalho, Tom Cooper desenvolveu uma nova abordagem com outros autores, mais completa, que desaguou na publicação de dois volumes sobre os MiGs e Sukhois em África na Harpia Publishing em 2010. Tive agora a oportunidade de ver os livros.
Estes novos volumes representam um avanço considerável em relação ao primeiro trabalho do Tom e são sem dúvida uma referência na aviação militar contemporânea e no estudo das forças aéreas africanas. Obviamente que uma investigação desta envergadura nunca está isenta de erros devido à natureza nebulosa das fontes e à dificuldade de recolher informação em tantos países.
Para ser uma obra mais profunda precisava de contar com mais autores, que a nível local conseguissem investigar fontes e histórias e fornecer novas abordagens aos temas abordados. Mesmo assim, a investigação desenvolvida é significativa e fica para já como o melhor projecto de investigação que temos sobre as forças aéreas do continente africano.
Os dois volumes não são baratos, mas fornecem a melhor informação escrita que temos sobre o assunto, embora nunca esquecendo que o tema é muito complexo e que nós podemos facilmente ser enganados pela natureza nebulosa das fontes. Além do conteúdo, que deve ser sempre analisado com cuidado, há a salientar o aspecto gráfico que é muito bom e o Tom conseguiu a esse nível melhorias significativas que tornam os livros muito agradáveis. Uma obra destas merece de facto um bom grafismo e, nesse aspecto, quem comprar os livros não vai ficar desiludido.
Outra mais-valia dos livros são as fotos, nem sempre fáceis de conseguir, mas que os dois volumes têm em abundância. Por outro lado, além dos MiGs e Sukhois, os livros cobrem também os jactos de origem chinesa presentes em várias forças aéreas africanas.
Em suma, posso dizer que não vai ser fácil alguém conseguir fazer melhor. É espantosa a quantidade de informação que os autores conseguiram recolher. Desta forma, os investigadores têm um bom ponto de partida para futuros trabalhos e, os entusiastas, uma grande enciclopédia para consultar sempre que quiserem saber mais. É indiscutível que os autores e a editora fizeram um bom trabalho e que não deve ficar por aqui. Espero que, no futuro, possa evoluir para uma nova obra.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarOk obrigado..
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