Liberator do museu da RAF em Londres |
A 30 de novembro de 1943, faz hoje portanto precisamente 70 anos, acidentou-se numa amaragem em frente a Faro, um bombardeiro americano PB4Y-1 (versão da US Navy do B-24 Liberator), então em plena II Guerra Mundial. Cinco dos tripulantes pereceram no acidente, enquanto outros seis tiveram mais sorte, tendo sido salvos por pescadores portugueses.
A história, incluída no livro de Carlos Guerreiro "Aterrem em Portugal" é por isso já conhecida, mas será lembrada na edição de Domingo do Correio de Manhã, por ocasião da efeméride.
O que talvez não seja tão conhecido, é que os destroços da aeronave são visitáveis, para os adeptos do mergulho arqueológico.
Do sítio de internet da empresa que localizou os destroços e efetua mergulhos guiados ao local pode ler-se o seguinte:
"• Características do local:
destroços do que restou da queda ao mar de um bombardeiro norte-americano perdido na noite, em plena 2ª Guerra Mundial, em 30 de Novembro de 1943. Tratava-se de um bombardeiro quadrimotor B-24 Liberator PB4Y da marinha americana, em patrulha anti-submarina no Golfo de Cádis, com 11 tripulantes a bordo. Seis faleceram no momento da queda, tendo os restantes sido salvos por um pescador que estava por perto naquela noite.
Pode-se ver a estrutura praticamente completa das duas asas, com 34 m de envergadura, em posição invertida. Apesar dos hélices terem sido deslocados, podem-se ver ainda os motores, assim como as cavidades para a recolha do trem de aterragem. A fuselagem, o corpo principal do avião, desapareceu e está ainda a ser alvo de buscas. Em redor há um extenso campo de destroços, donde se destacam dois dos hélices (cujas pás têm quase um metro de comprimento), um rotor do motor e um dos lemes verticais, possíveis de encontrar recorrendo um pequeno exercício de navegação subaquática.
destroços do que restou da queda ao mar de um bombardeiro norte-americano perdido na noite, em plena 2ª Guerra Mundial, em 30 de Novembro de 1943. Tratava-se de um bombardeiro quadrimotor B-24 Liberator PB4Y da marinha americana, em patrulha anti-submarina no Golfo de Cádis, com 11 tripulantes a bordo. Seis faleceram no momento da queda, tendo os restantes sido salvos por um pescador que estava por perto naquela noite.
Pode-se ver a estrutura praticamente completa das duas asas, com 34 m de envergadura, em posição invertida. Apesar dos hélices terem sido deslocados, podem-se ver ainda os motores, assim como as cavidades para a recolha do trem de aterragem. A fuselagem, o corpo principal do avião, desapareceu e está ainda a ser alvo de buscas. Em redor há um extenso campo de destroços, donde se destacam dois dos hélices (cujas pás têm quase um metro de comprimento), um rotor do motor e um dos lemes verticais, possíveis de encontrar recorrendo um pequeno exercício de navegação subaquática.
• Fauna:
O B-24 é hoje um belíssimo recife artificial, servindo a estrutura da asa de abrigo a uma verdadeira nuvem de fanecas. As longarinas da estrutura interna da asa são o “condomínio” perfeito para outros peixes e invertebrados: xarrocos, garoupas, cabozes, santolas, galateias, polvos, camarões e um lavagante! Inúmeros safios e ainda algumas moreias residem também neste naufrágio.
• Conselhos de mergulho:
Trata-se de uma estrutura de alumínio, com uma corrosão já bastante avançada em alguns pontos, e como tal muito frágil. Além disso é um monumento a todos os que combateram na 2ª Guerra, além de uma sepultura para os 6 jovens tripulantes que ali faleceram. Hoje constitui um oásis de vida no extenso areal que o cerca e por tudo isto deve ser por todos nós preservado. Desta forma, não se joga âncora, sendo unicamente colocada uma bóia de marcar, cujo cabo servirá unicamente como referência visual para a descida.
Trave a descida, controlando bem a flutuabilidade de forma a não “aterrar” em cima do avião! Explore com cuidado, devagar e ao pormenor a estrutura da asa. Há imensos detalhes que é necessário observar com atenção. Em seguida, dirija-se à extremidade sul da asa onde se encontra um cabo que liga ao estabilizador horizontal da cauda. Seguidamente, volte à asa e se ainda tiver tempo de fundo, ar e uma bússola, siga no rumo indicado pelo guia, em direcção aos restantes destroços. Este é um daqueles mergulhos em que a nossa curiosidade e capacidade de navegação podem ser postas à prova."
Foto: Hidroespaço |
Foto: Hidroespaço |
Esquema do local de mergulho:
Mais informações no sítio da Hidroespaço:
http://www.hidroespaco.com/saidas_onde.php?content&id_zona=5&id=11