O mítico gabinete de projetos da
Lockheed Martin "Skunk Works" revelou hoje estar em curso o sucessor do
SR-71, para já denominado SR-72.
Desde
que o inultrapassável SR-71 foi retirado de serviço da USAF, quase há
duas décadas atrás, que pairava no ar a pergunta se haveria algum sucessor de
nova geração para um avião ultra-sónico.
Após
anos de silêncio sobre o tema, a Lockheed Martin revelou finalmente
detalhes dos planos do que denomina como uma aeronave hipersónica de
reconhecimento não tripulada, de operação a preços comportáveis. A
aeronave poderá alegadamente ter capacidade opcional de ataque, entrar
em fase de demonstração já em 2018 e operacional em 2030. As
características atribuídas ao SR-72, são de uma plataforma bimotor,
capaz de atingir velocidades de cruzeiro de mach 6 (cerca do dobro do
seu predecessor).
Baseado
na longa experiência de voo hipersónico acumulada pela USAF, o SR-72
está a ser projetado para preencher o que é entendido pelos
planificadores da Defesa como crescentes falhas na recolha de informação
de reacção rápida, pelos satélites ou plataformas subsónicas tripuladas e
não tripuladas, que ocuparam o lugar do SR-71. Além disso, ameaças
móveis têm vindo a multiplicar-se em áreas de de espaço aéreo vedado ou
contestado, em países com sistemas de defesa aérea sofisticados e
conhecimento dos movimentos dos satélites de reconhecimento americanos.
Um
veículo a penetrar a grande altitude a uma velocidade de mach 6, é
considerado pela Lockheed Martin como a conjugação ideal para aeronaves
hipersónicas com combustão com ar ser praticável.
Com
estas características espera-se que o SR-72 possa sobreviver mesmo onde
veículos aéreos avançados furtivos, tripulados e não tripulados, podem
não conseguir resistir. A capacidade de ataque, permitirá adicionalmente
atacar alvos identificados, antes que consigam esconder-se.
Apesar
de a espaços terem surgido evidências de que um sucessor do SR-71
estaria em projeto, foi a primeira vez que tal foi oficialmente
admitido. Os custos astronómicos previstos para um projeto de tal
envergadura, foram sempre um dos argumentos a rebater a existência de um
programa secreto.
Mas
a Lockheed Martin pensa ter finalmente a resposta: "A Lockheed Martin,
tem vindo a trabalhar há sete anos com a Aerojet Rocketdyne, para
desenvolver um método de integrar uma turbina externa com um motor scramjet
(idêntico ao do SR-71) para permitir operar a aeronave desde parado até
mach 6" disse Brad Leland, gestor de tecnologias hipersónicas.
Já durante 2013, um teste bem sucedido foi anunciado pela Boeing e USAF, de uma aeronave hipersónica não tripulada,
o X-51 Waverider. A Lockheed Martin teve também um projeto financiado e
em desenvolvimento, que acabou por não ter seguimento (HTV-2 que voou a
mach 20 com uma temperatura externa de 3500ºF), mas segundo Brad
Leland, forneceu lições fundamentais para que um sucessor possa ser
viável. A maior dificulade estará mesmo em conciliar as características
de um jurbojet para o voo "convencional" até mach 2,5/3,0 e o ramjet para o voo hipersónico a partir dessas velocidades.
Segundo Leland, antes dessa fase ser ultrapassada, "eram tudo desenhos animados".
Das informações fornecidas, bem como conceção gráfica que aqui exibimos, recomenda-se cautela em assumir como dados fidedignos, já que em anteriores ocasiões similares, pouco ou nada tinham a ver com o que realmente se veio a provar como real.
Das informações fornecidas, bem como conceção gráfica que aqui exibimos, recomenda-se cautela em assumir como dados fidedignos, já que em anteriores ocasiões similares, pouco ou nada tinham a ver com o que realmente se veio a provar como real.
Fonte: Lockheed Martin e Aviation Week
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro
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